Ano A Roteiro de Leitura Orante
do Evangelho Nº 966
Dia 14/12/2022
| 3ª Semana do Advento | Quarta-feira
Evangelho
segundo Lucas (7,19-23)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando “Ó vem, Senhor, não tardes mais!” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=GV-waMJLivY)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 7,19-23
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· No
templo, onde voltou para curar e ensinar, Jesus é questionado pelos chefes dos
sacerdotes e anciãos (judiciário leigo)
· Jesus
os provoca com uma parábola, e diz que eles são piores que os cobradores dos
impostos e as prostitutas
· Escutando
a pregação de João Batista, estes endireitaram seus caminhos em direção à
justiça e a retidão
· O
cumprimento da vontade de Deus não se resume a declarações formais ou adesões
pontuais e simplesmente teóricas
· A
preparação para o Natal implica em ações concretas e coerentes com Jesus e seu
Evangelho
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Releia
atentamente a parábola e a interpretação que o próprio Jesus dá a ela,
chamando-nos a um caminho de justiça
· Será
que às vezes também nós estaríamos reduzindo a fé a puras intenções, palavras e
promessas?
· Será
que também hoje, nós, que animamos nossas Igrejas, não estaríamos sentindo-nos
melhores e superiores que os outros/as?
· Será
que a adesão ao Evangelho e a mudança de vida de muitas pessoas pobres e
incultas não nos chamam a uma mudança?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Cante
ou reze: Eis-me aqui, Senhor! Eis-me aqui, Senhor! Pra fazer tua vontade, pra
viver no teu amor! Eis-me aqui, Senhor!
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como
superar a tentação de aprisionar a força da fé em declarações formais, essa
tentação que ronda muitos/as de nós?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite e reze com a canção “Lapinha da
mata”
(Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=721FUDHcs6Q)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Breves notas sobre Mateus 7,19-23
Os versículos do evangelho de hoje
ressoam em nossos ouvidos e orientam nossos passos em pleno caminho do advento.
Jesus continua no mesmo lugar (o templo) e a discussão prossegue com os mesmos
interlocutores: a elite religiosa e social (chefes dos sacerdotes e anciãos). A
menção a João Batista e o tempo litúrgico de Advento que vivemos dão conotações
especiais a esta passagem.
Esta é a primeira de três parábolas
que Jesus dirige à elite religiosa que o persegue, nas imediações do templo,
destino de todas as romarias populares, em Jerusalém. Ele começa com uma
pergunta, convocando os interlocutores a tomarem posição, e é Jesus mesmo quem
propõe uma interpretação da parábola. A ênfase está colocada claramente na
figura do pai e na prática concreta da sua vontade.
Os dois filhos mencionados na
parábola são personagens que correspondem, por um lado, aos pecadores/as, que
aceitam a pregação de João Batista e de Jesus e se tornam discípulos/as, e, por
outro lado, à elite religiosa, que se fecha tanto a João como a Jesus. Ambos
são chamados a trabalhar na vinha. Um se nega, mas depois vai; o outro responde
sim, e depois não faz nada. A própria interpretação de Jesus não deixa dúvidas.
Convocados a emitir um juízo sobre a atitude contrastante dos personagens, os
sacerdotes e anciãos se autocondenam.
A sentença de Jesus é clara e
provocadora: os cobradores de impostos e as prostitutas (dois grupos sociais
catalogados entre os piores pecadores) precedem (no presente!) a elite
religiosa no Reino de Deus, porque aceitaram o caminho da justiça e da
conversão pregado por João. A elite, em vez disso, não acreditou em João, e,
nem mesmo vendo o testemunho deles, mudou de atitude.
Nossa adesão à vontade do Pai deve
ser firme e duradoura, e ser demonstrada em ações concretas. Trata-se de um
“caminho de justiça”, ou seja, de ação coerente com a pauta de justiça,
solidariedade e transformação do Reino de Deus. Nossa adesão ao espírito
natalino é coerência com o Evangelho de Jesus, e não pode se resumir a belos
cânticos e palavras bonitas.
(Itacir Brassiani msf)
Mensagem do Papa Francisco
“Sobre a
essência da santidade, podem haver muitas teorias, abundantes explicações e
distinções. Jesus explicou, com toda a
simplicidade, o que é ser santo, quando nos deixou as bem-aventuranças. Estas
são como que a carteira de identidade do cristão. Se um de nós se
questionar sobre como fazer para chegar a ser um bom cristão, a resposta é
simples: é necessário fazer aquilo que Jesus disse no sermão das
bem-aventuranças. Nelas está delineado o rosto do Mestre, que somos
chamados a deixar transparecer no dia-a-dia da nossa vida” (Gaudete
et Exsultate, § 63).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus
encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
www.msfamericalatina.org | Passo Fundo/RS
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