terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 966

Ano A Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 966

Dia 14/12/2022 | 3ª Semana do Advento | Quarta-feira

Evangelho segundo Lucas (7,19-23)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se cantando Ó vem, Senhor, não tardes mais!” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=GV-waMJLivY)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de Lucas 7,19-23

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    No templo, onde voltou para curar e ensinar, Jesus é questionado pelos chefes dos sacerdotes e anciãos (judiciário leigo)

·    Jesus os provoca com uma parábola, e diz que eles são piores que os cobradores dos impostos e as prostitutas

·    Escutando a pregação de João Batista, estes endireitaram seus caminhos em direção à justiça e a retidão

·    O cumprimento da vontade de Deus não se resume a declarações formais ou adesões pontuais e simplesmente teóricas

·    A preparação para o Natal implica em ações concretas e coerentes com Jesus e seu Evangelho

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Releia atentamente a parábola e a interpretação que o próprio Jesus dá a ela, chamando-nos a um caminho de justiça

·    Será que às vezes também nós estaríamos reduzindo a fé a puras intenções, palavras e promessas?

·    Será que também hoje, nós, que animamos nossas Igrejas, não estaríamos sentindo-nos melhores e superiores que os outros/as?

·    Será que a adesão ao Evangelho e a mudança de vida de muitas pessoas pobres e incultas não nos chamam a uma mudança?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Cante ou reze: Eis-me aqui, Senhor! Eis-me aqui, Senhor! Pra fazer tua vontade, pra viver no teu amor! Eis-me aqui, Senhor!

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    Como superar a tentação de aprisionar a força da fé em declarações formais, essa tentação que ronda muitos/as de nós?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Medite e reze com a canção “Lapinha da mata” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=721FUDHcs6Q)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Feche a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração

 

Breves notas sobre Mateus 7,19-23

Os versículos do evangelho de hoje ressoam em nossos ouvidos e orientam nossos passos em pleno caminho do advento. Jesus continua no mesmo lugar (o templo) e a discussão prossegue com os mesmos interlocutores: a elite religiosa e social (chefes dos sacerdotes e anciãos). A menção a João Batista e o tempo litúrgico de Advento que vivemos dão conotações especiais a esta passagem.

Esta é a primeira de três parábolas que Jesus dirige à elite religiosa que o persegue, nas imediações do templo, destino de todas as romarias populares, em Jerusalém. Ele começa com uma pergunta, convocando os interlocutores a tomarem posição, e é Jesus mesmo quem propõe uma interpretação da parábola. A ênfase está colocada claramente na figura do pai e na prática concreta da sua vontade.

Os dois filhos mencionados na parábola são personagens que correspondem, por um lado, aos pecadores/as, que aceitam a pregação de João Batista e de Jesus e se tornam discípulos/as, e, por outro lado, à elite religiosa, que se fecha tanto a João como a Jesus. Ambos são chamados a trabalhar na vinha. Um se nega, mas depois vai; o outro responde sim, e depois não faz nada. A própria interpretação de Jesus não deixa dúvidas. Convocados a emitir um juízo sobre a atitude contrastante dos personagens, os sacerdotes e anciãos se autocondenam.

A sentença de Jesus é clara e provocadora: os cobradores de impostos e as prostitutas (dois grupos sociais catalogados entre os piores pecadores) precedem (no presente!) a elite religiosa no Reino de Deus, porque aceitaram o caminho da justiça e da conversão pregado por João. A elite, em vez disso, não acreditou em João, e, nem mesmo vendo o testemunho deles, mudou de atitude.

Nossa adesão à vontade do Pai deve ser firme e duradoura, e ser demonstrada em ações concretas. Trata-se de um “caminho de justiça”, ou seja, de ação coerente com a pauta de justiça, solidariedade e transformação do Reino de Deus. Nossa adesão ao espírito natalino é coerência com o Evangelho de Jesus, e não pode se resumir a belos cânticos e palavras bonitas.

 (Itacir Brassiani msf)

 

Mensagem do Papa Francisco

Sobre a essência da santidade, podem haver muitas teorias, abundantes explicações e distinções. Jesus explicou, com toda a simplicidade, o que é ser santo, quando nos deixou as bem-aventuranças. Estas são como que a carteira de identidade do cristão. Se um de nós se questionar sobre como fazer para chegar a ser um bom cristão, a resposta é simples: é necessário fazer aquilo que Jesus disse no sermão das bem-aventuranças. Nelas está delineado o rosto do Mestre, que somos chamados a deixar transparecer no dia-a-dia da nossa vida” (Gaudete et Exsultate, § 63).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

www.msfamericalatina.org | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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