Ano A Roteiro de Leitura Orante
do Evangelho Nº 979
Dia 27/12/2022
| Terça-feira | Festa de São João, Apóstolo
Evangelho
segundo João (20,2-8)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se ouvindo a canção “Quando
chegar o Natal” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=A7Bhr2LHeww)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de João 20,2-8
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Na celebração da festa
de São João, apóstolo e evangelista, o texto ressalta o caráter testemunhal do
texto que ele nos brinda
· Madalena, discípula de
Jesus, inconformada com o cruel destino de Jesus, vai à sua sepultura para
prantear o Amigo e Mestre
· O sepulcro aberto é um
sinal de alerta, sinal de algo inesperado, e ela busca Pedro e João para
testemunhar e interpretar o fato
· Eles comprovam que o
sepulcro está aberto e vazio, e se parece com um leito nupcial, no qual uma
aliança foi ratificada
· O discípulo Amigo
(João) vê e dá crédito (acredita) à vida, à missão e à ressurreição de Jesus, e
confirma sua decisão de seguir Jesus
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Observe a teimosa
inconformidade de Maria Madalena, suas buscas, suas intuições, mas também sua
dependência do passado
· Esta cena deixa o
desfecho em aberto, como que convidando-nos a assumir o protagonismo e dar-lhe
um final adequado
· Acreditaremos num fato
ocorrido apenas no passado, ou daremos crédito à vida e à proposta de Jesus,
fazendo-a nossa?
· O que o testemunho de
João sobre a ressurreição de Jesus significa para as famílias enlutadas pelas
mortes pelo Covid-19, e outras?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Prossiga sua
contemplação de Deus no presépio, acolhendo o abraço daquele que tanto nos amou
que deu sua vida por nós
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· O que devemos mudar a
partir da convicção de que a vida de Jesus não termina em fracasso, mas que
caminha à nossa frente?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, que vens a nós na família de Nazaré, mantém nossa comunidade generosa
e criativa na fé!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Reze com a canção Pai Nosso dos Mártires
(Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=lsPDR_912ls)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Breves notas sobre João 20,2-8
A primeira
manifestação da ressurreição de Jesus se dá na visita de Madalena à sepultura.
Vendo a pedra afastada, Maria vai avisar os discípulos. O amigo de Jesus, que
identificamos com o apóstolo e evangelista João, é o primeiro a chegar. Vê a
sepultura vazia e as vestes, mas não entra. Pedro chega depois, entra na
sepultura e vê o sudário dobrado, em separado, “à parte”. Hoje, o texto
sublinha o papel de João, evangelista e apóstolo de Jesus.
A tumba vazia não
é o único fundamento da fé na ressurreição, mas é seu sinal. Parece que João
conhecia a liturgia do templo, por isso resiste a entrar na sepultura. Para
ele, os panos “enrolados” e colocados no “lugar” à parte são a Lei, e a Palavra
que se fez carne em Jesus de Nazaré substitui o Templo.
A tumba vazia é
um indicativo insuficiente para sustentar a fé na ressurreição de Jesus. Sua
base é a experiência pessoal que o/a discípulo/a faz do encontro com Jesus
ressuscitado. Mais tarde, Madalena chora diante da sepultura e “se inclina”
para olhar. Vê anjos que a interrogam sobre sua dor, e só reconhece Jesus
quando ele a chama pelo nome.
Depois de tê-lo
desejado, buscado, conhecido e amado em vida, Maria precisa se inclinar para
dentro de si mesma, na profundidade do seu desejo, para reconhecê-lo e amá-lo
sem retê-lo. É ao voltarmo-nos para nossa interioridade que encontraremos o
ressuscitado que nos ama, chama e envia.
O texto termina
com reticências, como que convocando-nos a entrar na cena como protagonistas, e
a darmos um final adequado àquela manhã misteriosa. João, discípulo, apóstolo e
escritor, cuja festa hoje celebramos, viu e acreditou. E deixou seu testemunho
inscrito na vida e registrado no quarto evangelho.
Acreditaremos e
viveremos em seu nome? Estaremos dispostos a ser semente que, caindo na terra e
morrendo, não fica só, e se multiplica incrivelmente? É isso que queremos e
decidimos? Daremos essa boa notícia a toda a humanidade?
(Itacir Brassiani msf)
Mensagem do Papa Francisco
“É verdade
que precisamos de abrir a porta a Jesus Cristo, porque Ele bate e chama. Mas,
pensando no ar irrespirável da nossa autorreferencialidade, pergunto-me se às
vezes Jesus não estará já dentro de nós, batendo para que O deixemos sair. No
Evangelho, vemos como Jesus «ia de cidade em cidade, de aldeia em aldeia
proclamando e anunciando a Boa-Nova do Reino de Deus». Mesmo depois da ressurreição, quando os discípulos partiram para toda a
parte, «o Senhor cooperava com eles». Esta é a dinâmica que brota do verdadeiro
encontro” (Gaudete et Exsultate, § 136).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre
em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente
difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
www.msfamericalatina.org | Passo Fundo/RS
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