Ano A Roteiro de Leitura Orante do
Evangelho Nº 1033
Dia 18/02/2023
| 6ª Semana do Tempo Comum | Sábado
Evangelho
segundo Marcos (9,2-13)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, ouvindo ou cantando “Tua
Palavra é luz no meu caminho” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Marcos 9,2-13
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Jesus
havia interrogado seus discípulos sobre o que o povo e o que eles mesmos
pensavam dele
· Diante
da resposta de Pedro e da sua tentativa de desviar Jesus do caminho do amor
despojado de poder, Jesus fala em doar a vida
· Como
Pedro e os demais discípulos “não dão ouvidos” a Jesus, ele toma três deles e
se retira numa montanha
· Ali,
diante deles e com o testemunho de Moisés e Elias, Jesus aparece revestido de
roupas brancas, como os mártires
· Enquanto
Pedro pretende adular e honrar Jesus, mas não escutá-lo e segui-lo no caminho
da cruz, é advertido por uma voz
· A
fé e adesão a Jesus não se esgota em declarações mais ou menos formais, mas
comporta o caminho da compaixão e do serviço
·
O que a Palavra O que a
Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
·
Releia o texto e contemple a cena, procurando
dar atenção a cada gesto e a cada palavra, tanto as de Jesus como as de Pedro
·
Relacione esta cena com a cena anterior (Mc
8,27ss), e evite reduzi-la a um analgésico para amenizar o anúncio da paixão
·
Qual é o ensino ou o gesto de Jesus que mais
lhe incomoda e custa entender e aceitar?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Jesus,
tu és a luz dos olhos meus! Jesus, brilhe esta luz nos passos meus seguindo os
teus!
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Permita
que esta cena e estas palavras mudem a concepção triunfalista e pouco séria da
ressurreição que ainda prevalece
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, que vens a nós na família de Nazaré, mantém nossa comunidade generosa
e criativa na fé!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Ouça e cante canção de São Francisco (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=OPzXNjH38Ac)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Anotações sobre Marcos
9,2-13
Jesus dissera que quem quiser segui-lo precisa
identificar-se com se programa “subversivo”. Quem renuncia a si mesmo acabará
naturalmente carregando a cruz da perseguição e da execração pública, mas terá
exatamente nisto sua grandeza. O próprio Jesus se orgulhará de tê-lo como amigo
e discípulo e o defenderá.
Mas será que seus discípulos têm ouvidos para isso?
Parece que não, e é a partir disso que a cena de hoje faz todo sentido. Jesus
toma Pedro, Tiago e João para uma aula particular sobre discipulado. Aquilo que
chamamos de transfiguração não ameniza a fala de Jesus para aliviar a tensão
dos discípulos, mas eleva ainda mais a tom.
A montanha recorda a conhecida cena do monte Sinai.
Tendo vivido momentos fortes de crise e desânimo, a presença de Moisés e Elias
põe em evidência o que vive o trio e todos os demais discípulos e confirma o
anúncio de Jesus. As vestes brancas de Jesus não apontam para triunfo e pureza,
mas para a realidade do martírio.
Mais uma vez, Pedro se engana, e mostra que não
entendeu nada. Ele pensa em construir um memorial que honre e adule a Jesus, em
vez de escutar, compreender e aceitar o que ele diz. Mais uma vez ele tende a
distorcer a palavra de Jesus, e mais uma vez é advertido, dessa vez por uma voz
vinda do céu.
A voz diz: “Este é o filho que eu amo; escutem o
que ele diz!” Não se trata de escutar toda e qualquer palavra grafada nos
evangelhos, mas de abrir os ouvidos para escutar e o coração para acolher seu
caminho de despojamento e enfrentamento da ordem estabelecida, aceitando
compartilhar o destino das vítimas e dos vulneráveis.
A cena nos previne também contra a tentação de
imaginar a ressurreição de Jesus como uma espécie de triunfo escatológico. Como
Elias que já voltou em João Batista e foi eliminado, Jesus levará até o fim a
sua missão pelos caminhos da compaixão.
A transfiguração de Jesus é mais uma confirmação do
caminho que Jesus abraçou, e nenhum discípulo pode ceder à tentação de buscar
atalhos mais confortáveis e tranquilos. Temos ouvidos para escutar?
(Itacir Brassiani msf)
Palavra do Papa
Francisco
“Os próprios meios de distração que
invadem a vida atual levam-nos também a absolutizar o tempo livre, no qual
podemos utilizar, sem limites, aqueles dispositivos que nos proporcionam
divertimento e prazeres efêmeros. Em consequência disso, ressente-se a
própria missão, o compromisso esmorece, o serviço generoso e disponível começa
a retrair-se. Isto desnatura a experiência espiritual. Poderá ser saudável um
fervor espiritual que convive com a acídia na ação evangelizadora ou no serviço
dos outros? Precisamos dum espírito de santidade que impregne tanto a solidão
como o serviço, tanto a intimidade como a tarefa evangelizadora, para que cada
instante seja expressão de amor doado sob o olhar do Senhor” (Gaudate et Exsultate, § 30-31).
Leitura Orante do
Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus
encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
www.msfamericalatina.org | Passo Fundo/RS
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