Ano A Roteiro de Leitura Orante do
Evangelho Nº 1036
Dia 21/02/2023
| 7ª Semana do Tempo Comum | Terça-feira
Evangelho
segundo Marcos (9,30-37)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “A Palavra de Deus vai chegando, vai” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=lWUng2ouMHc)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Marcos 9,30-37
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· No episódio evangélico de ontem meditamos sobre a
fraqueza da fé dos discípulos diante daqueles que não ouviam o Evangelho
· No episódio de hoje o tema continua, mas agora a questão se apresenta
como dificuldade de assimilar a vulnerabilidade de Jesus
· Os discípulos não compreendem o aceno ao “fracasso”
do “Filho do Homem”, e não perguntam, por medo do que poderiam entender
· Diante da incompreensível resistência daqueles que
o seguiam com resistência, Jesus sublinha sua proposta de forma audiovisual
· Abraçando uma criança e colocando-a no centro,
propõe a atenção aos marginalizados e desprezados como sinal da adesão a ele
·
O que a Palavra O que a
Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Retome, com todas nuances, a cena, a atitude dos
discípulos, o gesto e as palavras de Jesus neste trecho do Evangelho
·
Quais são as posições
sociais que almejamos e os modelos humanos que nos inspiram e que gostaríamos
de imitar?
·
Será que a
indiferença de alguns setores cristãos à leitura dos evangelhos não se deve ao
medo de entender a proposta de Jesus?
·
Você, sua família e
sua comunidade estão tirando as consequências e levando a sério a afirmação de
Jesus: “Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que está
acolhendo”?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Recorde e agradeça ao Senhor por aqueles em que
você percebeu servir a ele nas pessoas concretas
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como
mudar a hierarquia dos valores que orientam nossas opções?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, que vens a nós na família de Nazaré, mantém nossa comunidade generosa
e criativa na fé!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Ouça e cante canção de São Francisco (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=OPzXNjH38Ac)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Anotações sobre Marcos
9,30-37
Um pouco antes da
cena de hoje, alguns discípulos haviam visto Jesus transfigurado e ouvido uma
voz pedindo que escutassem o que ele lhes dizia. A multidão acorria a Jesus,
impressionada pela cura de um menino mudo. É neste contexto que Jesus não quer
que ninguém saiba para onde vai. Jesus fez isso “porque estava ensinando seus
discípulos”.
A difícil arte de
formar discípulos o ocupa inteiramente. Eles haviam fracassado na tentativa de
curar um menino mudo. Faltava-lhes a abertura e a confiança em Deus, cultivadas
especialmente na oração. Eles corriam atrás de ações poderosas e lugares de
honra, e não conseguiam admitir um Messias vulnerável, que não busca o sucesso
e que, inclusive, padece a morte na mão dos líderes nacionais.
Por isso, Jesus
repete o ensinamento apresentado anteriormente: “O Filho do Homem vai ser
entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão. Mas, quando estiver morto,
depois de três dias ele ressuscitará”. O resultado não foi muito animador, pois
“os discípulos não compreendiam o que Jesus estava dizendo e tinham medo de
fazer perguntas”. É o medo de enfrentar a verdade, de descobrir as exigências
do caminho que leva à vida plena.
O mais
impressionante é que, além de não compreender os repetidos anúncios da rejeição
e da humilhação e de demonstrar medo de perguntar, os discípulos se envolvem
com outras questões complicadas. Jesus está atento às conversas de estrada, e
quando chegam em casa, pergunta-lhes: “Sobre o que vocês estavam discutindo no
caminho?” Ninguém se atreve a dizer que discutiam sobre qual deles seria o
maior.
Será que não é
isso também o que muitos pais e mães sonham para seus filhos e filhas: sucesso,
fama, prosperidade? Mas claramente não é essa a perspectiva proposta e trilhada
por Jesus Cristo. Jesus desmascara as aspirações de poder, coloca fim às nossas
discussões sobre quem é o maior. Insistindo que o seu caminho passa pela
rejeição e recorrendo ao símbolo das crianças, Jesus aponta claramente para
outra direção.
(Itacir Brassiani msf)
Palavra do Papa
Francisco
“A pacificação que a graça realiza permite-nos manter uma segurança
interior e aguentar, perseverar no bem ainda que atravesse vales tenebrosos ou ainda
que um exército me cerque. Firmes no Senhor, a Rocha, podemos cantar: «deito-me
em paz e logo adormeço, porque só Tu, Senhor, me fazes viver em segurança». Cristo
é a nossa paz, e veio dirigir os nossos passos no caminho da paz. Ele fez saber
que a humanidade não encontrará paz, enquanto não se dirigir com confiança à
Sua Misericórdia. Por isso, não caiamos na tentação de procurar a
segurança no sucesso, nos prazeres vazios, na riqueza, no domínio sobre os
outros ou na imagem social: «Dou-vos a minha paz. Mas não é como a dá o mundo,
que Eu vo-la dou»” (Gaudate et Exsultate, § 121).
Leitura Orante do
Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus
encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente
difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
www.msfamericalatina.org | Passo Fundo/RS
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