Ano A Roteiro de Leitura Orante do
Evangelho Nº 1034
Dia 19/02/2023
| 7ª Semana do Tempo Comum | Domingo
Evangelho
segundo Mateus (5,38-48)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “A Palavra de Deus vai chegando, vai” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=lWUng2ouMHc)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 5,38-48
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Este texto está situado
no conjunto de exemplos de releitura e consumação da Lei e dos costumes que
Jesus dá aos discípulos/as
· Espera-se que os
discípulos/as de Jesus sejam capazes de não reagir na mesma moeda, de romper
com o ciclo de violência
· Aqueles/as que seguem
Jesus precisam superar a lei da retribuição em igual medida pela gratuidade,
por um estilo de vida alternativo
· O princípio que diz
“bateu, levou” não tem nada a ver com Jesus e com o seu Evangelho, é justiça
pequena e medíocre
· É próprio dos/as
seguidores/as de Jesus Cristo tomar a iniciativa e dar o primeiro passo na
superação da espiral da violência
·
O que a Palavra O que a
Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· O que significa hoje
oferecer a outra face, dar o manto a quem quer se apropriar da túnica, andar o
dobro daquilo que nos impõem?
· Deixe ressoar em você
este ensino inovador de Jesus, que ele viveu em primeira pessoa: não pagar com
a mesma moeda, não ser uma pessoa reativa, mas inovadora, revolucionária
· Como poderíamos
praticar o princípio ensinado por Jesus nas relações violentas que infestam
hoje as redes sociais, especialmente em relação aos migrantes e indígenas?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Peça a Jesus a
serenidade e a mansidão para não revidar com a mesma prática o desprezo ou a
violência que você venha a sofrer
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como reeducar os
cristãos de nossas comunidades numa prática alternativa à que predomina na
sociedade?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, que vens a nós na família de Nazaré, mantém nossa comunidade generosa
e criativa na fé!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Ouça e cante canção de São Francisco (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=OPzXNjH38Ac)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Anotações sobre Mateus
5,38-48
No sermão da
montanha, que é um curso de iniciação dos/as discípulos/as ao Evangelho do
Reino de Deus, Jesus se apresenta como o intérprete e consumador da lei e dos
costumes do judaísmo. Hoje nos deteremos no quinto exemplo de releitura da Lei
que, como Mestre que ensina com autoridade e ousadia, Jesus desenvolve nós.
A vingança, que nasce no ventre
do medo, faz parte da condição humana e da história das sociedades. O judaísmo
quis limitar este princípio ao “olho por olho e dente por dente”. E isso já
representou um avanço diante da violência ilimitada que a vingança atraía. Mas
Jesus pede aos seus discípulos e discípulas muito mais que isso. Ele pede que
quebremos o círculo da violência, que passemos da simples reação à violência
sofrida à iniciativa e à gratuidade. “Não enfrenteis quem é malvado (com a
mesma prática)!”
Jesus dá alguns exemplos de como podemos
fazer isso na prática. Num contexto em que o tapa no rosto era um insulto e uma
violência física de uma pessoa superior sobre outra tratada como inferior,
oferecer a outra face a quem bate é expressão de dignidade e superioridade, de
capacidade de iniciativa, de não-violência ativa. Isso jamais pode ser visto
como sinal de fraqueza e submissão.
Num ambiente no qual era comum um
proprietário rico penhorar judicialmente a túnica de um pobre endividado,
entregar também o manto, ou seja, todas as vestes, era uma forma de expor a
humanidade nua que iguala a todos os seres humanos, um jeito de protestar e de
desmascarar a violência dos prepotentes.
Num contexto em que os soldados
romanos, que garantiam com violência a ocupação colonialista, obrigavam o povo
nativo a caminhar com eles e carregar as armas que serviam para intimidá-los,
caminhar o dobro do que lhes era imposto significa não entrar no jogo dos
opressores, tomar a iniciativa e ser mais digno que eles.
Não há qualquer sombra de
dúvidas! O ensinamento de Jesus não tem nada de submissão. O seu Evangelho tudo
de alternativo, de maturidade humana, de uma nova ética. Trata-se de viver
contracorrente e antecipar na própria vida os valores do Reino.
(Itacir Brassiani msf)
Palavra do Papa
Francisco
“Pode acontecer também que os cristãos
façam parte de redes de violência verbal através da internet e vários fóruns ou
espaços de intercâmbio digital. Mesmo nos media católicos, é
possível ultrapassar os limites, tolerando-se a difamação e a calúnia e
parecendo excluir qualquer ética e respeito pela fama alheia. Gera-se, assim,
um dualismo perigoso, porque, nestas redes, dizem-se coisas que não seriam toleráveis na vida pública e procura-se
compensar as próprias insatisfações descarregando furiosamente os desejos de
vingança. É impressionante como, às vezes, pretendendo defender outros
mandamentos, se ignora completamente o oitavo: «não levantar falsos
testemunhos» e destrói-se sem piedade a imagem alheia” (Gaudate et Exsultate, § 115).
Leitura Orante do
Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre
em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente
difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
www.msfamericalatina.org | Passo Fundo/RS
Nenhum comentário:
Postar um comentário