Ano A Roteiro de Leitura Orante do
Evangelho Nº 1022
Dia 07/02/2023
| 5ª Semana do Tempo Comum | Terça-feira
Evangelho
segundo Marcos (7,1-13)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se ouvindo a canção “Chegou
a hora da alegria...” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=QIW1hHYT6PE)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Marcos 7,1-13
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Depois
de um período dedicado ao socorro e libertação dos pobres e doentes, Jesus é de
novo chamado à discussão com os escribas
· Eles
questionam o ensino de Jesus na prática dos discípulos, pois acham que Jesus
desconsidera e esvazia a Lei de Deus
· Jesus
contra-ataca, e desmoraliza os próprios escribas, dizendo que a piedade deles é
apenas exterioridade e aparência
· A
questão será resolvida na cena seguinte (Mc 7,14-23), que será objeto da nossa
reflexão amanhã
· Eles
dizem defender a tradição, mas na verdade a esvaziam e colocam a serviço de
seus interesses egoístas
·
O que a Palavra O que a
Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Releia
o texto, procurando entender bem as práticas dos doutores da lei e o que eles
criticam em Jesus e seus discípulos
· Leia
com atenção e procure compreender a crítica de Jesus aos escribas, e o exemplo
de como eles esvaziam a Palavra de Deus
· Você
percebe também hoje a tentação de esvaziar a Palavra de Deus e substitui-la por
interesses mesquinhos?
· Foi
realmente superada, na sua família e na sua comunidade, a tentação de “torcer”
o Evangelho e transformá-lo em pedras que jogamos contra as pessoas que
consideramos culpadas?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Peça
a Deus a graça da pureza do coração, do olhar e da palavra
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como
enfrentar na Igreja de hoje a tentação da exterioridade e do esvaziamento da
Palavra de Deus?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, que vens a nós na família de Nazaré, mantém nossa comunidade generosa
e criativa na fé!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite a canção “Se calarem a voz dos profetas”
(Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=t24vkBOM-o0)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Anotações sobre Marcos
7,1-13
Vindo de
Jerusalém e representando os interesses do templo, um grupo de doutores da lei
faz cerco a Jesus e questiona seu ensino na prática pouco ortodoxa dos
discípulos. Como sabemos, os escribas, ou doutores da lei, defendem o
cumprimento rigoroso dos preceitos para garantir a identidade, a separação e a
influência do grupo. O núcleo do conflito é doutrinário, e só será solucionado
no trecho de Mc 7,14-23. Aqui, Jesus apenas ataca, desmascara e desqualifica as
práticas defendidas pelos doutores da lei.
Os doutores da
lei criticam os discípulos de Jesus por desrespeitarem as tradições tomando os
alimentos sem lavar as mãos. E a crítica fundamental que Jesus faz a eles (extensiva
aos fariseus) é que, defendendo falsamente a tradição e colocando toda a
atenção nos ritos exteriores de purificação, eles vivem uma piedade e uma
religiosidade apenas exterior e aparente: lavar mãos, copos, pratos e vasos, e
assim por diante.
Jesus vai a fundo
na sua crítica aos doutores da lei e na defesa da nova prática do reino de
Deus. Para ele, os defensores da tradição do templo já foram denunciados pelo
profeta Isaías, que diz que eles fazem de conta que honram a Deus com os
lábios, mas suas práticas e decisões passam bem longe da vontade de Deus. Mais
ainda, eles esvaziam a lei de Deus e a substituem pelas suas próprias
tradições.
E Jesus dá um
exemplo: segundo o ensino dos doutores da lei, os bens que os filhos devem
destinar ao cuidado e sustento dos pais podem ser ofertados ao templo e, assim,
ficarem sob o controle e administração deles mesmos. E assim, a lei e a
tradição, que, segundo a vontade de Deus, devem proteger os fracos, acabam
explorando os mais vulneráveis em nome de Deus. E o ensino de Deus, para salvar
a vida dos fracos, acaba virando preceito interesseiro a serviço de alguns.
Assim, podemos
dizer que “o feitiço virou contra o feiticeiro”: a crítica dos doutores da lei a
Jesus virou crítica de Jesus contra os doutores da lei. Não é Jesus que desrespeita
a Palavra de Deus; aqueles que deviam ensiná-la, na verdade a esvaziam e
manipulam.
(Itacir Brassiani msf)
Palavra do Papa
Francisco
“Não posso deixar de lembrar a questão
que se colocava São Tomás de Aquino ao interrogar-se quais são as nossas ações
maiores, quais são as obras exteriores que manifestam melhor o nosso amor a
Deus. Responde sem hesitar que, mais do que os atos de culto, são as obras de
misericórdia para com o próximo: não praticamos o culto a Deus com
sacrifícios e com ofertas exteriores para proveito d’Ele, mas para benefício
nosso e do próximo: de fato Ele não precisa dos nossos sacrifícios, mas quer
que lhe ofereçamos para nossa devoção e para utilidade do próximo. Por isso a
misericórdia, pela qual socorremos as carências alheias, ao favorecer mais
diretamente a utilidade do próximo, é o sacrifício que lhe agrada” (Gaudate et Exsultate, § 106).
Leitura Orante do
Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar
a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus
encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
www.msfamericalatina.org | Passo Fundo/RS
(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)
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