Ano A Roteiro de Leitura Orante do
Evangelho Nº 1032
Dia 17/02/2023
| 6ª Semana do Tempo Comum | Sexta-feira
Evangelho
segundo Marcos (8,34-9,1)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, ouvindo ou cantando “Tua
Palavra é luz no meu caminho” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Marcos 8,34-9,1
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Jesus
havia interrogado seus discípulos sobre o que o povo e o que eles mesmos
pensavam dele
· Diante
da resposta de Pedro e da sua tentativa de desviar Jesus do caminho do amor
despojado de poder, Jesus retoma a palavra
· No
texto de hoje, Jesus faz um convite público ao discipulado, mas não deixa de
apresentar claramente as exigências que comporta
· Uma
delas é abrir mão de assegurar a todo custo a própria vida, evitando manter
intactas o sistema que oprime e ameaça
· Outra
é participar da humilhação de Jesus, aceitando ser publicamente execrado e
condenado como rebelde
· O
ônus da marginalização e da perseguição são o bônus que Deus concede àqueles
que ousam trilhar seu caminho de vida
·
O que a Palavra O que a
Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Releia
o texto frase por frase, percebendo o significado político e social das
expressões utilizadas por Jesus
· O
que você está disposto/a a dar para conservar sua vida? O que você estaria
disposto/a a fazer para que venha o Reino de Deus?
· Quais
são as consequências dessas exigências de Jesus para quem adere ele e deseja seguir
seus passos hoje?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Jesus,
tu és a luz dos olhos meus! Jesus, brilhe esta luz nos passos meus seguindo os
teus!
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Por
onde começar a superação da espiritualização e privatização da fé em Jesus
Cristo e do seguimento dos seus passos?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, que vens a nós na família de Nazaré, mantém nossa comunidade generosa
e criativa na fé!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Ouça e cante canção de São Francisco (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=OPzXNjH38Ac)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Anotações sobre Marcos
8,34-9,1
Depois do papel contraditório de Pedro diante da
pergunta de Jesus sobre o que os discípulos pensavam dele, Jesus faz um convite
público ao discipulado, colocando também sua exigência fundamental: “Quem
quiser vir após mim tome sua cruz e siga-me”.
Naquele tempo, a semântica da cruz era claramente
política: era a pena de morte que o Império Romano impunha aos revoltosos das
classes populares. Carregar a cruz fazia parte do rito de condenação política:
desfilando publicamente com a cruz às costas, o condenado ajudava a divulgar a
ideia de que ele era mesmo um criminoso.
Por isso, tomar a cruz e carregá-la atrás de Jesus significava
aceitar ser marginalizado pelo sistema injusto que legitimava a injustiça. Na
mesma linha está a exigência de “renunciar a si mesmo”: faz parte do estímulo
aos soldados temerosos diante de uma batalha iminente. Quem se deixa tomar pelo
medo, acaba fortalecendo quem intimida.
A ameaça de morte é a extrema manifestação de
poder. O medo diante dessa ameaça mantém intacto o poder dos dominadores.
Resistindo ao medo e assumindo a prática alternativa do Reino de Deus, mesmo
que isso custe a própria vida, os seguidores de Jesus contribuem para a
superação da injusta ordem dominante.
Questionando o que adianta ganhar “mundos e fundos”
e perder a vida, e perguntando o que uma pessoa estaria disposta a dar em troca
da vida, Jesus sublinha que a fidelidade a ele não tem preço. Sua proposta é o
confronto com as instituições e grupos que oprimem, e não a adequação medrosa e
infantil a elas.
Assim, quem quiser seguir Jesus precisa
identificar-se com se programa “subversivo”. A “prova dos nove” do discípulo
será sua atitude diante das autoridades. Quem renuncia a si mesmo acabará
naturalmente carregando a cruz da perseguição e da execração pública, mas terá
exatamente nisso a sua grandeza. O próprio Jesus se orgulhará de tê-lo como
amigo e discípulo e o defenderá. E isso pode significar reconhecer e
testemunhar o Reino de Deus se realizando com força e clareza, ainda em vida.
(Itacir Brassiani msf)
Palavra do Papa
Francisco
“É verdade que não há amor sem obras de
amor, mas esta bem-aventurança lembra-nos que o Senhor espera uma dedicação ao
irmão que brote do coração, pois «ainda que eu distribua todos os meus bens e
entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, de nada me vale».
Também vemos, no Evangelho de Mateus, que é «o que provém do coração que torna
o homem impuro», porque de lá procedem os homicídios, os roubos, os falsos
testemunhos. Nas intenções do coração, têm origem os desejos e as decisões mais
profundas que efetivamente nos movem” (Gaudate et Exsultate, § 85).
Leitura Orante do
Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus
encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
www.msfamericalatina.org | Passo Fundo/RS
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