Ano A Roteiro de Leitura Orante do
Evangelho Nº 1026
Dia 11/02/2023
| 5ª Semana do Tempo Comum | Sábado
Evangelho
segundo Marcos (8,1-10)
(1)Coloque-se em atitude
de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se ouvindo a canção “Chegou
a hora da alegria...” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=QIW1hHYT6PE)
(2)Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Marcos 8,1-10
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Enquanto
na primeira distribuição de alimento aos famintos (Mc 6,30-44) se dá no contexto
da missão entre os judeus, nesta segunda os beneficiados são os pobres
estrangeiros, ou pagãos
· O
milagre é, na verdade, o triunfo da economia da partilha dentro de uma
mentalidade de consumo egoísta
· O
segredo está na compaixão de Jesus pelas pessoas necessitadas, na partilha
comunitária de recursos e na organização do povo
· Esta
é a lição que, mesmo repetida por Jesus, seus discípulos/as (de ontem e de
hoje) tem dificuldade de assimilar
·
O que a Palavra O que a
Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3)Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Releia
o relato, dando atenção à atitude e às palavras de Jesus diante das
necessidades do povo e à reação e à ação dos discípulos
· Você
consegue perceber qual é o segredo ou o dinamismo que desabrocha na abundância
de alimento para todos?
· Você
acha correto dizer “só Jesus pode dar uma solução” quando ele começa
perguntando “quantos pães vocês têm”?
· Como
esta ação de Jesus, e as lutas atuais pelo direito à alimentação, se relacionam
com a Eucaristia?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4)Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Recorde
e visualize pessoas, movimentos e organizações que enfrentam a ideologia do
mercado praticando a partilha
(5)Contemple a vida
à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como
você, sua família e sua comunidade podem viver hoje e concretamente a compaixão
e o companheirismo?
(6)Retorne à vida
cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, que vens a nós na família de Nazaré, mantém nossa comunidade generosa
e criativa na fé!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite a canção “Se calarem a voz dos profetas”
(Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=t24vkBOM-o0)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Anotações sobre Marcos
8,1-10
O episódio de
hoje é uma provocativa lição de economia política, e está centrada em dois
princípios gêmeos: a compaixão e o companheirismo. A segunda distribuição de
alimento ao povo faminto, além de ser uma lição de solidariedade econômica, é
uma lição de reforço na formação dos discípulos e discípulas.
Sem querer chocar
ninguém, precisamos reconhecer que o núcleo deste acontecimento não é a
multiplicação milagrosa de pães e peixes, mas a distribuição solidária e justa
de alimentos a quem dele tem necessidade. Isso fica claro quando Jesus,
chamando os discípulos, diz: “Tenho compaixão dessa multidão, porque faz três
dias que está comigo e não tem nada para comer”.
E não se trata de
cidadãos plenos e integrados, de gente que pertence ao povo judeu, mas de estrangeiros,
ou pagãos. Para Jesus, aqueles que os judeus consideravam pagãos, malditos,
impuros, cães, são os pobres e muito queridos de Javé. Por isso, este segundo
relato de distribuição de alimentos aos famintos é guiado pelo tema da acolhida
e do socorro aos que “vieram de longe”.
Ao que parece, fazendo
isso Jesus também enfrenta e contesta o jejum ritual pregado e praticado pelos
fariseus, especialmente quando se defronta com o jejum ou a fome real do povo.
Quando a fome é concreta, o jejum, por mais piedoso que seja, deve ser superado
pela prática de ir ao encontro das necessidades humanas, para que haja pão em
todas as mesas, e para que haja festa.
Os discípulos,
apegados aos seus princípios e costumes, mas também contaminados pela ideologia
do mercado, ficam confusos: não veem no deserto ou da “lei do mercado” nenhuma
possibilidade de encontrar meios e recursos para saciar a fome do povo.
A lição de Jesus
é mais do que clara: a satisfação econômica das massas empobrecidas passa pela
economia do dom, ou da partilha. A vontade do Deus não é o jejum, mas a
abundância de pão para todos/as mediante a partilha e o companheirismo. Deixar
alguém morrer de fome num país com imensas riquezas é um assassinato.
(Itacir Brassiani msf)
Palavra do Papa
Francisco
“A pessoa que, vendo as coisas como
realmente estão, se deixa trespassar pela aflição e chora no seu coração, é
capaz de alcançar as profundezas da vida e ser autenticamente feliz.
Assim pode ter a coragem de compartilhar o sofrimento alheio, e deixa de fugir
das situações dolorosas. Desta forma, descobre que a vida tem sentido
socorrendo o outro na sua aflição, compreendendo a angústia alheia, aliviando
os outros. Esta pessoa sente que o outro é carne da sua carne, não teme
aproximar-se até tocar a sua ferida, compadece-se até sentir que as distâncias
são superadas” (Gaudate et Exsultate, § 76).
Leitura Orante do
Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus
encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
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