sábado, 11 de fevereiro de 2023

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 1027

Ano A Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 1027

Dia 12/02/2023 | 6ª Semana do Tempo Comum | Domingo

Evangelho segundo Mateus (5,17-37)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Reze, ouvindo ou cantando “Tua Palavra é luz no meu caminho” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de Mateus 5,17-37

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    O trecho do Evangelho que ilumina este domingo está inserido na primeira grande catequese de Jesus, chamada “catequese (ou sermão) da montanha”

·    Depois de apresentar seu inusitado e paradoxal caminho para uma vida plenamente realizada, Jesus diz que não veio abolir a lei e a profecia, e se apresenta como Mestre e Intérprete das Escrituras

·    Ele exercita uma justiça que não fica na aparência ou na formalidade, e pede o mesmo de quem se aventura a segui-lo

·    Nas cenas desse domingo, ele dá alguns exemplos concretos de como isso pode se dar em alguns campos da vida

·    O que a Palavra O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Releia o relato, dando atenção às palavras e exemplos que Jesus oferece de uma justiça superior àquela dos doutores da lei

·    Qual é o procedimento que a sociedade de hoje considera justo em relação à violência, ao culto, às relações conjugais e ao sexo?

·    Concordamos verdadeiramente com a radicalização de Jesus nesses campos, e tiramos as consequências disso?

·    Procure dar sequência aos exemplos de Jesus em outras áreas da vida, como a economia, a política, as relações internacionais...

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Peça humildemente a graça de manter-se discípulo/a e aprendiz de Jesus, sem medo de viver uma justiça radical e transformadora

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    O que fazer para superar a tentação da superficialidade e da formalidade que sempre rondam nossas igrejas?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus, que vens a nós na família de Nazaré, mantém nossa comunidade generosa e criativa na fé!”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Ouça e cante canção de São Francisco (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=OPzXNjH38Ac)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Feche a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração

 

Anotações sobre Mateus 5,17-37

Jesus nos propõe uma justiça mais ampla, profunda e humana que aquela ensinada e praticada pelos escribas e fariseus. Sua advertência é clara e inequívoca: “Se vossa justiça não for maior que a dos escribas e dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus”. Já diante de João Batista, Jesus já antecipara: “Devemos cumprir toda a justiça”! (3,16)

Jesus oferece alguns exemplos de cumprimento radical da Lei. O primeiro é no campo das tensões nas relações interpessoais, contemplada pelo mandamento “Não matarás”! Para ele, o conteúdo desta lei não se resume em evitar o homicídio, mas passa pela pacificação das relações e pela superação das posturas raivosas e da linguagem eivada de desprezo, preconceito e violência, como aquela tão comumente usada hoje nas redes sociais.

O segundo exemplo está situado no campo da liturgia. Jesus critica o culto que ignora as tensões e não leva à reconciliação. A vida concreta é mais importante que os ritos religiosos, e a percepção dos conflitos tem primazia sobre a ortodoxia. “Deixa a tua oferenda diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão”. Devemos nos reconciliar antes da chegada ao tribunal do incerto fim da vida.

Os dois exemplos seguintes estão no âmbito das relações homem-mulher. O primeiro focaliza a questão do adultério, e afirma que a lei tem a função de educar para uma relação que não seja possessiva. Sabemos que o dinamismo que sustenta comportamentos sexuais descontrolados é sutil: passa do olhar viciado e interesseiro, que não reconhece a dignidade da pessoa, à palavra que humilha e despreza

Jesus também reprova a dominação do homem sobre a mulher, mesmo quando sancionada pela cultura e pela lei. Dizer que a lei permite ou que é costume não desculpa nem justifica ninguém. Este é o horizonte da proposta de Jesus no caso do divórcio. A permissão legal do divórcio legitimava o descompromisso do marido com a mulher, e garantia ele o direito de maltratá-la e execrá-la publicamente, mas a ética do Reino de Deus restringe o poder ilimitado e violento dos homens.

 (Itacir Brassiani msf)

 

Palavra do Papa Francisco

Mas a justiça, que Jesus propõe, não é como a que o mundo procura, uma justiça muitas vezes manchada por interesses mesquinhos, manipulada para um lado ou para outro. A realidade mostra-nos como é fácil entrar nas súcias da corrupção, fazer parte dessa política diária do «dou para que me deem», onde tudo é negócio. E quantas pessoas sofrem por causa das injustiças, quantos ficam assistindo, impotentes, como outros se revezam para repartir o bolo da vida. Alguns desistem de lutar pela verdadeira justiça, e optam por subir para o carro do vencedor. Isto não tem nada a ver com a fome e sede de justiça que Jesus louva (Gaudate et Exsultate, § 78).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

www.msfamericalatina.org | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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