Ano A Roteiro de Leitura Orante do
Evangelho Nº 1027
Dia 12/02/2023
| 6ª Semana do Tempo Comum | Domingo
Evangelho
segundo Mateus (5,17-37)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, ouvindo ou cantando “Tua
Palavra é luz no meu caminho” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 5,17-37
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· O
trecho do Evangelho que ilumina este domingo está inserido na primeira grande
catequese de Jesus, chamada “catequese (ou sermão) da montanha”
· Depois
de apresentar seu inusitado e paradoxal caminho para uma vida plenamente
realizada, Jesus diz que não veio abolir a lei e a profecia, e se apresenta
como Mestre e Intérprete das Escrituras
· Ele
exercita uma justiça que não fica na aparência ou na formalidade, e pede o
mesmo de quem se aventura a segui-lo
· Nas
cenas desse domingo, ele dá alguns exemplos concretos de como isso pode se dar
em alguns campos da vida
·
O que a Palavra O que a
Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Releia
o relato, dando atenção às palavras e exemplos que Jesus oferece de uma justiça
superior àquela dos doutores da lei
· Qual
é o procedimento que a sociedade de hoje considera justo em relação à
violência, ao culto, às relações conjugais e ao sexo?
· Concordamos
verdadeiramente com a radicalização de Jesus nesses campos, e tiramos as
consequências disso?
· Procure
dar sequência aos exemplos de Jesus em outras áreas da vida, como a economia, a
política, as relações internacionais...
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Peça
humildemente a graça de manter-se discípulo/a e aprendiz de Jesus, sem medo de
viver uma justiça radical e transformadora
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· O
que fazer para superar a tentação da superficialidade e da formalidade que
sempre rondam nossas igrejas?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, que vens a nós na família de Nazaré, mantém nossa comunidade generosa
e criativa na fé!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Ouça e cante canção de São Francisco (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=OPzXNjH38Ac)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Anotações sobre Mateus
5,17-37
Jesus nos propõe uma justiça mais ampla, profunda e humana que aquela
ensinada e praticada pelos escribas e fariseus. Sua advertência é clara e
inequívoca: “Se vossa justiça não for maior que a dos escribas e dos fariseus, não
entrareis no Reino dos Céus”. Já diante de João Batista, Jesus já antecipara:
“Devemos cumprir toda a justiça”! (3,16)
Jesus oferece alguns exemplos de
cumprimento radical da Lei. O primeiro é no campo das tensões nas relações interpessoais,
contemplada pelo mandamento “Não matarás”! Para ele, o conteúdo desta lei não se
resume em evitar o homicídio, mas passa pela pacificação das relações e pela
superação das posturas raivosas e da linguagem eivada de desprezo, preconceito
e violência, como aquela tão comumente usada hoje nas redes sociais.
O segundo exemplo está situado no campo da liturgia. Jesus critica o
culto que ignora as tensões e não leva à reconciliação. A vida concreta é mais
importante que os ritos religiosos, e a percepção dos conflitos tem primazia
sobre a ortodoxia. “Deixa a tua oferenda diante do altar e vai primeiro
reconciliar-te com teu irmão”. Devemos nos reconciliar antes da chegada ao
tribunal do incerto fim da vida.
Os dois exemplos seguintes estão no âmbito das relações homem-mulher. O
primeiro focaliza a questão do adultério, e afirma que a lei tem a função de
educar para uma relação que não seja possessiva. Sabemos que o dinamismo que
sustenta comportamentos sexuais descontrolados é sutil: passa do olhar viciado
e interesseiro, que não reconhece a dignidade da pessoa, à palavra que humilha
e despreza
Jesus também reprova a dominação do homem sobre a mulher, mesmo quando
sancionada pela cultura e pela lei. Dizer que a lei permite ou que é costume
não desculpa nem justifica ninguém. Este é o horizonte da proposta de Jesus no
caso do divórcio. A permissão legal do divórcio legitimava o descompromisso do
marido com a mulher, e garantia ele o direito de maltratá-la e execrá-la
publicamente, mas a ética do Reino de Deus restringe o poder ilimitado e
violento dos homens.
(Itacir Brassiani msf)
Palavra do Papa
Francisco
“Mas a justiça, que Jesus propõe, não é como a que o
mundo procura, uma justiça muitas vezes manchada por interesses mesquinhos,
manipulada para um lado ou para outro. A realidade mostra-nos como é fácil
entrar nas súcias da corrupção, fazer parte dessa política diária do «dou para
que me deem», onde tudo é negócio. E quantas pessoas sofrem por causa das
injustiças, quantos ficam assistindo, impotentes, como outros se revezam para
repartir o bolo da vida. Alguns desistem de lutar pela verdadeira justiça, e optam
por subir para o carro do vencedor. Isto não tem nada a ver com a fome e sede
de justiça que Jesus louva” (Gaudate et Exsultate, § 78).
Leitura Orante do
Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar
a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus
encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
www.msfamericalatina.org | Passo Fundo/RS
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