Que nossa união demonstre
que Jesus é o Enviado do Pai | 734 | 05.06.2025 | João
17,20-26
Os
versículos propostos para a nossa reflexão na liturgia de hoje são a parte
final da chamada “oração sacerdotal” de Jesus, que representam suas últimas
palavras antes da sua prisão, realizada com a ajuda de Judas, membro do grupo
dos discípulos. Estando prestes a fazer a travessia da cruz e antevendo a
fragilidade e a grandeza dos discípulos de todos os tempos, Jesus os recomenda
ao Pai e pede por eles, por nós.
Jesus pede ao
Pai tendo diante de si a humanidade inteira e a consciência de que sua missão
está chegando ao ápice e ao fim. Ele alarga o horizonte da sua oração, e pede
pelos futuros discípulos, seguro de que neles e por eles sua missão continuará.
É nesta perspectiva que ele insiste na unidade radical, dinâmica e profunda de
todos aqueles que acreditam nele. Esta unidade é o movente e a condição para
que o mundo creia nele.
A unidade em
torno da novidade e da ação de Jesus e seu Evangelho se baseia no conhecimento
e na comunhão recíproca de discípulos, comunidades e Igrejas, que por sua vez,
é fruto do amor incondicional. Essa unidade é condição para a união com Deus e
alternativa às relações de dominação. Sem essa unidade vivida na comunidade, o
próprio Jesus Cristo será visto apenas como um sonhador ou teórico a mais.
A glória que
Jesus nos revela e nos transmite não é outra coisa que o dinamismo do amor com
que nos amou, um amor incondicional pelos não-amados, prova de que ele foi
enviado pelo Pai e força que nos torna filhos e irmãos. Contemplar essa glória
significa reconhecer, acolher e corresponder ao amor que ele manifesta na cruz.
O que brilha, o que dá “peso” e relevância, o que resplandece (=glória) é
sempre o amor-doação.
Jesus manifesta seu desejo de que os discípulos
estejam com ele, gozem com ele da vida plena e da filiação do Pai. Ele quer
que, diante do Pai, sejamos como ele, gozemos com ele do mesmo amor com que o
Pai o amou e vivamos em profunda comunhão com ele e com todos os que nele
creem. Ele mesmo se identifica conosco, vive uma união viva e dinâmica com a comunidade
que reuniu.
Sugestões para a meditação
· Situe-se
junto de Jesus, compartilhe seus sentimentos e pensamentos, e entre com ele no
espírito da oração
· Identifique
com clareza o que você, sua família e o povo de Deus mais necessitam hoje e
faça seu os pedidos de Jesus
· Como
essa oração de Jesus pode instruir e orientar nossa oração pessoal e familiar e
estimular e dirigir as relações ecumênicas?
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