segunda-feira, 17 de maio de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 391

Dia 18/05/2021 | 7ª Semana da Páscoa | Terça-feira

Evangelho segundo João (17,1-11)

(1)     Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus]Prepare-se cantando o mantra: A Bíblia é a Palavra de Deus semeada no meio do povo...” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=YFog2GYsmJE)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de João 17,1-11

·      Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·      Estamos no início da oração de Jesus na qual ele pede ao Pai pelos seus discípulos, pouco antes da sua prisão

·      Esta oração está ligada à longa catequese que Jesus fez depois da ceia, na qual pede ao Pai que se realize a salvação pela entrega da sua vida

·      É o “encontro” de Jesus com o Pai, sua “saída” deste mundo e sua lógica de dominação, de exclusão e de vaidade

·      A vida eterna, dom de Jesus à humanidade, consiste no reconhecimento do Pai de Jesus como único Deus verdadeiro, e da ação salvífica de Jesus

·      O que a Palavra de Deus diz em si mesma?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Situe-se junto de Jesus, compartilhe seus sentimentos, e entre com ele no espírito da oração intensa que ele dirige ao seu Pai e nosso Pai

·      Perceba como ele pede, com serenidade e insistência, que sua doação na cruz (glória e salvação da humanidade) se realize

·      Identifique com clareza por quem Jesus reza e o que ele pede

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·    Repita e faça ressoar em você as palavras de Jesus: Credes agora? Eis que vem a hora em que vos dispersareis, cada um para seu lado, e me deixareis só; Mas eu não estarei só, o Pai está comigo; No mundo tereis aflições, mas tende coragem! Eu venci o mundo!

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    Repita pausadamente, e deixe que ressoem em você cada uma das palavras e expressões da oração de Jesus

·    Reze com as palavras e a intenção de Jesus, sem esquecer as vítimas do Covid-19 e a Semana de Oração pela Unidade Cristã

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Medite e reze com canção paulina: “Ide pelo mundo, evangelizai!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=S5IJ9rDdGTw)

·    Apague a vela e termina seu momento de oração

Algumas pistas sobre João 17,1-11

Estamos em plena Semana de Oração pela Unidade Cristã, uma unidade tão preciosa e urgente que não basta dedicar-lhe uma semana por ano. E hoje, na última semana do tempo pascal, começamos a meditar sobre a bela oração com a qual Jesus se entrega ao Pai, levando nos braços os/as amados/as discípulos/as. Na primeira parte do trecho de hoje (v. 1-5) Jesus pede ao Pai que se realize por ele o acontecimento salvífico. Na segunda (v. 6-11), reza pelos discípulos/as.

Jesus começa erguendo os olhos, fazendo referência à cruz, lugar da manifestação mais contundente revelação divina. Sua oração está ligada a tudo o que ele partilhou e ensinou até então: sua presença decisiva no casamento em Caná, multiplicação dos pães e peixes no deserto, cura do cego e do paralítico, ceia da aliança, lava-pés, mandamento do amor, anúncio da traição e das perseguições, promessa do Espírito. Ele tem plena consciência de que chegou a Hora esperada, anunciada nas bodas de Caná e referida na ceia.

Pedindo que o Pai o glorifique, Jesus está pedindo que o amor do Pai brilhe com intensidade no amor sem limites expresso na doação sem reservas da própria vida. A glória de Deus é o amor de Jesus e o amor dos/as discípulos/as. A união plena e perfeita de Jesus com o Pai se dá pela cruz, na qual o amor do Pai e o amor de Jesus coincidem. É a perfeita união de vontades, de interesses, de projetos. Na cruz, a nova criação que estava em curso, chega à meta.

Crer em Jesus significa colocar-se ao lado do ser humano, e a obra que honra o Pai é aquela que honra o ser humano. A santidade do Pai, do Filho e do Espírito não os afastam da humanidade, mas os implicam definitivamente com ela. E isso vale também para a santidade ou consagração dos/as discípulos/as. Por isso, Jesus não pede ao Pai por esta ou aquela necessidade específica da comunidade e nem pelo mundo, mas pede que ela permaneça responsavelmente no mundo, plantando nele a diferença evangélica, enfrentando e vencendo a lógica dominadora e excludente do mundo.

 (Itacir Brassiani msf)

Ensinamento da Igreja sobre Maria

A Igreja alegra-se ao verificar a continuidade do fato cultual da piedade mariana, mas não se liga aos esquemas representativos das várias épocas culturais, nem às particulares concepções antropológicas que lhes estão subjacentes. Ademais, compreende bem que algumas expressões de tal culto, perfeitamente válidas em si mesmas, são menos adaptadas aos homens e mulheres que pertencem a épocas e civilizações diversas". (Papa Paulo VI, Marialis Cultus, § 36)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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