terça-feira, 4 de maio de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 378

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 378

Dia 05/05/2021 | 5ª Semana da Páscoa | Quarta

Evangelho segundo João (15,1-8)

(1)     Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se cantando: Tua Palavra é luz do meu caminho...” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de João 15,1-8

·      Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·      A parábola ou alegoria da imagem faz parte da “catequese mistagógica” de Jesus para iniciar seus discípulos no significado da ceia e da cruz

·      Muitos/as de nós já meditamos sobre esta passagem no último domingo, mas hoje a Igreja volta a propô-lo como Palavra que nos ilumina

·      Sem uma comunhão profunda de vontade e de ação com Jesus, os/as discípulos/as serão estéreis, nada podem fazer de bom

·      Jesus depende do amor ativo e solidário dos/as discípulos para que seu amor chegue até as pessoas de todos os tempos e lugares

·      Para que deem bons e abundantes frutos de justiça e paz, os/as discípulos devem direcionar suas energias e pensamentos (poda)

·      O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Recomponha na memória esta bela e sugestiva alegoria, dando asas à imaginação para entender seu alcance

·      Será que também nós partilhamos da cegueira de Filipe, e não reconhecemos Deus naquilo que Jesus faz e pede?

·      Quais são as ações de Jesus que expressam de modo mais eloquente e libertador a ação do Pai?

·      Como podemos nós, em nosso tempo, recriar esta ação de Jesus, inclusive com maior alcance e eficácia?

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·    Reze pede pedindo a graça de permanecer profundamente unido a Jesus e ao seu mandamento, amando como ele ama você

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    O que precisamos mudar na nossa ideia de Deus, e melhorar em nossa ação, a partir da contemplação de Jesus?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!

·    Medite e reze com canção paulina: “Eu sou a videira, meu pai é o agricultor; vós sois os ramos: permanecei no meu amor!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=sqvAsdm9Nos)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e termina seu momento de oração

Algumas pistas sobre João 15,1-8

Jesus se compara a verdadeira videira. Mas se trata de uma videira que se contrapõe e toma o lugar de uma outra videira potencialmente falsa. E videira não-verdadeira é Israel, no seu sentido de unidade política e religiosa, fechado em si mesmo e direcionado à defesa dos privilegiados.

A relação de Jesus com os/as discípulos/as é de recíproca dependência: a cepa só pode frutificar através dos ramos, e os ramos só produzem frutos se permanecem ligados à cepa. “Fiquem unidos a mim e eu ficarei unido a vocês... Porque sem mim vocês não podem fazer nada”. Mas Jesus conta com as ações de quem o segue para amar e servir.

Assim como os ramos nada produzem sem a seiva que lhes vem gratuitamente da cepa, também os/as discípulos de Jesus pouco conseguem fazer se não permanecerem profundamente ligados/as a Jesus Cristo. É uma união de atitudes de fundo e da ação, uma identificação com seu dinamismo de encarnação e de dom total. É na força dessa união que serão promotores da Justiça e da paz. Sem isso serão ramos estéreis.

Para que produza frutos bons e abundantes, o vínculo dos discípulos com Jesus Cristo, como a inserção do ramo na cepa, não é um dado estático, mas um processo ativo e vivo que conhece exigências e requer decisões, um dinamismo de permanente limpeza e poda. “Os ramos que dão fruto, o Pai os poda para que deem mais frutos ainda”, diz Jesus.

Na videira, a prática da poda tem como objetivo eliminar os fatores de debilitação e de morte e, ao mesmo tempo, direcionar as energias para os frutos. Para o/a discípulo/a, o seguimento de Jesus Cristo na ceia, no lava-pés e na cruz que leva à ressurreição é um caminho de progressiva inserção numa comunidade e de conversão do ‘eu’ para o ‘nós’.

Ficar unido a Jesus Cristo não significa apenas frequentar o culto ou a missa assiduamente. Por isso, Jesus insiste para que mantenhamos e aprofundemos nossa adesão ao seu caminho: fazer-se próximo, não perder a vida correndo atrás de ambições vazias, entregá-la a serviço dos outros.

 (Itacir Brassiani msf)

Pensamento do Papa Paulo VI sobre Maria

O culto que a Igreja universal tributa hoje à Santíssima Virgem é derivação, prolongamento e acréscimo incessante do culto que a Igreja de todos os tempos lhe rendeu. Da tradição perene e viva, a Igreja do nosso tempo extrai motivações, argumentos e estímulo para o culto que presta à bem-aventurada Virgem Maria. E a própria Liturgia, que recebe do Magistério aprovação e alento, é expressão altíssima e documento probatório dessa mesma tradição viva”. (Marialis Cultus, § 15)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

Nenhum comentário: