domingo, 16 de maio de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 390

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 390

Dia 17/05/2021 | 7ª Semana da Páscoa | Segunda-feira

Evangelho segundo João (16,29-33)

               

(1)     Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus]Prepare-se cantando o mantra: A Bíblia é a Palavra de Deus semeada no meio do povo...” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=YFog2GYsmJE)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de João 16,29-33

·      Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·      Este trecho é a exortação final de Jesus aos seus discípulos, antes da sua prisão e crucifixão

·      Os discípulos ainda não conseguem ver em Jesus mais que um mestre excepcional, dedicado a ensinar doutrinas

·      Eles continuam numa fé ilusória, conhecem Jesus muito superficialmente, e não conhecem sequer a si mesmos

·      Ainda não assimilaram a paixão e morte de Jesus como manifestação de amor e fidelidade, e a vêm como fracasso e derrota

·      Mas Jesus continua confiando neles e pedindo que não percam a paz que se sustenta na comunhão com ele

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Situe-se junto aos discípulos, perceba a superficialidade da fé que eles vivem e que nós, muitas vezes, vivemos

·      Acolha a ironia, a advertência e as palavras consoladoras que Jesus dirige aos seus discípulos/as de todos os tempos

·      O que significa a afirmação de Jesus “eu venci o mundo”? Quais são as consequências dessa vitória para nós, seus discípulos/as?

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·    Repita e faça ressoar em você as palavras de Jesus: Credes agora? Eis que vem a hora em que vos dispersareis, cada um para seu lado, e me deixareis só; Mas eu não estarei só, o Pai está comigo; No mundo tereis aflições, mas tende coragem! Eu venci o mundo!

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    Como repercute em você a advertência de que, diante das dificuldades, nos dispersaremos, cada um para as suas coisas?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Medite e reze com canção paulina: “Ide pelo mundo, evangelizai!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=S5IJ9rDdGTw)

·    Apague a vela e termina seu momento de oração

Algumas pistas sobre João 16,29-33

Estamos no último trecho da catequese na qual Jesus sobre o sentido da sua partida para o Pai, das perseguições que seus discípulos/as sofrerão e do envio do Espírito Consolador e animador da missão. E amanhã iniciaremos a meditação da bela oração que Jesus dirige ao Pai, diante dos discípulos, antes de ser preso e crucificado, e que há anos inspira a Semana de Oração pela Unidade Cristã.

Os discípulos demonstram que não superaram ainda uma fé ilusória e limitada. Eles pensam que Jesus adivinhou as perguntas e dúvidas que tinham, e imaginam que ele sabe tudo e, somente por isso, prova que vem de Deus. Como Nicodemos (cf. Jo 3,1-12), eles consideram Jesus um mestre excepcional, e se admiram do seu saber. Mas ignoram que ele é mestre porquê entrega sua vida por amor, lava os pés dos discípulos e se importa com todas as vítimas. Ele não é mestre somente porque ensina uma doutrina clara e oportuna.

Jesus demonstra que conhece seus discípulos mais que eles mesmos se conhecem, e reage com ironia. Por mais eles que pretendam dar a impressão de coragem, serão discípulos maduros somente depois da paixão e morte de Jesus. Por isso, Jesus os adverte que se dispersarão como um rebanho que abandona seu pastor, como já acontecera no final da multiplicação dos pães e peixes e da catequese sobre o pão verdadeiro (cf. Jo 6, 17 e 6,66). Na verdade, eles deixarão Jesus sozinho, e cada um irá para sua casa e seus interesses. E disso Pedro também é o protótipo.

Mesmo assim, realista e amigo que é, Jesus quer tranquilizar seus discípulos. Pede que eles não percam a paz, mas insiste que esta paz virá somente da permanência na união com ele, aconteça o que acontecer. Com a entrega de Jesus por amor, a ordem injusta do mundo perde sua legitimação religiosa e sua força, e fica desacreditada. A perseguição é certa, mas a vitória é segura. É essa a convicção com a qual Jesus empreende sua última e mais exigente travessia, e é isso que ele transmite aos discípulos antes de selar o livre dom de si mesmo na cruz, em maio a outros excluídos.

 (Itacir Brassiani msf)

Pensamento do Papa Paulo VI sobre Maria

A Virgem Maria foi sempre proposta pela Igreja à imitação dos fiéis, não exatamente pelo tipo de vida que ela levou, mas porque, nas condições concretas da sua vida, ela aderiu total e responsavelmente à vontade de Deus; porque soube acolher a sua palavra e pô-la em prática; porque a sua ação foi animada pela caridade e pelo espírito de serviço; e porque, em suma, ela foi a primeira e a mais perfeita discípula de Cristo. E isso tem um valor exemplar universal e permanente". (Marialis Cultus, § 35)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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