Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 384
Dia 11/05/2021 | 6ª Semana da Páscoa | Terça-feira
Evangelho segundo João (16,5-11)
(1) Coloque-se em atitude de oração
·
Escolha um momento adequado e
tranquilo/a para a meditação
·
Escolha o lugar no qual você se sinta
bem e não seja interrompido
·
Busque uma posição corporal que lhe
ajude a concentrar-se
·
Acenda uma vela, e tome a bíblia em
suas mãos
·
Tome consciência de si mesmo/a e do
momento que vivemos
·
Faça silêncio interior e ative o
desejo de ouvir a Palavra de Deus
·
Prepare-se cantando o mantra: “Louvarei a Deus seu nome
bendizendo; louvarei a Deus, à vida nos conduz!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-aYxTsYWn5Q)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de João 16,5-11
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Este diálogo de Jesus
com seus discípulos está ambientando no contexto da ceia de despedida e o
lava-pés, e faz parte do seu “testamento”
· O diálogo é precedido
pelo anúncio do paixão e morte de Jesus e do envio do Espírito como guia,
defensor e pedagogo da comunidade cristã
· É uma advertência
dramática sobre a oposição que os discípulos/las sofrerão e uma promessa
alentadora do envio de um Defensor
· O
que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Coloque-se em meio aos
discípulos, perturbados com o gesto extremo de fraternidade de Jesus, com o
anúncio da sua morte e com a previsão da oposição que sofreriam para continuar
a missão de Jesus
· Você percebe, também
hoje, sinais de oposição e resistência à missão dos seguidores/as de Jesus?
Como e onde estes sinais aparecem?
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
· Tome consciência das
incompreensões, resistências e oposições que os cristãos coerentes enfrentam
neste grave momento da conjuntura política nacional, por se oporem às mentiras
e disfarces dos grupos saudosos da tranquilidade da “casa grande” às custas da insegurança
da “senzala”
· Reze, abrindo-se à ação
defensora e inspiradora do Espírito de Jesus
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como e onde você pode
encontrar um apoio evangélico para se manter na caminhada, fiel ao caminho
indicado por Jesus?
· De que modo você poderia
consolar e apoiar cristãos que sofrem incompreensões e perseguições por causa
da fidelidade ao caminho de Jesus e à missão de anunciar o Reino e denunciar
aquilo que se opõe a ele?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos,
iluminai-nos e congregai-nos!
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite
e reze com canção paulina: “Amai-vos
uns aos outros como eu vos tenho amado! Jesus Cristo é quem falou... Aleluia!
Aleluia!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ucsNGlBPWJI)
· Apague
a vela e termina seu momento de oração
Algumas pistas sobre João 16,5-11
Nesta semana que antecede a solenidade da
Ascensão de Jesus, meditamos trechos do afetuoso diálogo de Jesus com seus
discípulos. Pressentindo a iminência da sua prisão e condenação, Jesus faz
questão de sublinhar que sua “saída” para o Pai, por quem foi enviado e em cujo
nome falou e agiu, fará bem para o amadurecimento dos/as discípulos/as. Ele vai
para voltar como inspiração, força e defesa.
Os/as discípulos/as não entendem como a paixão
e morte de Jesus pode ser sua volta ao Pai e a plena e fiel presença do Pai nas
dores da humanidade e nas encruzilhadas da história. Toda explicação
parece-lhes supérflua. A separação continua a ser vista como escandalosa e
definitiva, e por isso são acossados pelo medo e pela tristeza. Eles não
conseguem entender o mistério da semente.
Como eles, precisamos entender que o envio do
Espírito de Deus e a sua assimilação na caminhada de discípulos/as
missionários/as depende da paixão e morte de Jesus. Sem a cruz, o Espírito
seria entendido apenas em parte, privado do seu núcleo vivo que é o amor
extremo, capaz de fazer descer aos infernos para regenerar o humano em nós. O
Espírito é entrega generosa de si, sem “se” e sem “mas”.
Recebendo o Espírito e deixando-nos guiar por
ele, passamos de uma visão de Jesus como simples “modelo de vida” para a fonte
dinâmica de vida que se manifesta nele. Nele, por ele e com ele somos capazes
de reconhecer no mistério da cruz tanto a manifestação da violência destruidora
como do amor infinito e apaixonado de Deus Pai e do “Filho do Homem”.
O Espírito/Defensor que recebemos do Pai por
Jesus move um processo contrário àquele que vitimou Jesus e condena seus
discípulos/as: os/as condenados/as são inocentes, e os/as juízes/as que os
condenam são os/as verdadeiros/as criminosos/as. O chefe deste mundo –
personificado no grupo que dirige o judaísmo, condena Jesus e excomunga seus
discípulos – não tem nenhum poder sobre os/as seguidores/as de Jesus. São
livres de si mesmos/as e de tudo para amar.
(Itacir Brassiani msf)
Pensamento do
Papa Paulo VI sobre Maria
“A Igreja traduz as relações que a unem a Maria em muitas
atitudes diversas e eficazes: em
veneração profunda, quando reflete na dignidade singular da Virgem
Santíssima; em amor ardente, quando
considera a maternidade espiritual de Maria; em invocação confiante, quando experimenta a necessidade de
intercessão da sua advogada e auxiliadora; em
serviço amoroso, quando descobre na humilde Serva do Senhor a Rainha da
misericórdia; em imitação operosa,
quando contempla a santidade e as virtudes da cheia de graça; em admiração comovida, quando vê nela o
que ela deseja e espera com alegria ser; em
estudo atento, quando vislumbra na cooperadora do Redentor a antecipação do
seu futuro". (Marialis Cultus, § 22)
Leitura Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a
Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo
nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a
vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
Nenhum comentário:
Postar um comentário