Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 399
Dia 26/05/2021 | 8ª Semana Comum | Quarta-feira
Evangelho segundo Marcos (10,32-45)
(1) Coloque-se em atitude de oração
·
Escolha um momento adequado e
tranquilo/a para a meditação
·
Escolha o lugar no qual você se sinta
bem e não seja interrompido
·
Busque uma posição corporal que lhe
ajude a concentrar-se
·
Acenda uma vela, e tome a bíblia em
suas mãos
·
Tome consciência de si mesmo/a e do
momento que vivemos
·
Faça silêncio interior e ative o
desejo de ouvir a Palavra de Deus
·
Prepare-se cantando o mantra: “Tua Palavra é luz do meu caminho!”
(Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Marcos 10,32-45
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Nas cenas anteriores, um
jovem possuidor de muitos bens se apresentou como discípulos, mas voltou atrás
por causa do apego às riquezas
· Pedro e seus
companheiros se aventuraram nesse caminho, e Jesus observa que, com isso, já
receberam 100 vezes mais
· Mas Tiago, João e todos
eles continuam seduzidos pelas ideias de sucesso e de poder, nos moldes dos
administradores do colonialismo romano
· Eles continuam surdos ao
ensino de Jesus e cegados pelo brilho dos grandes e dos chefes do império
· Sem noção de nada,
oscilam entre a admiração, o medo, a ambição, a competição e a indignação
contra quem insinua fazer um atalho
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Recomponha a cena,
relendo as sucessivas cenas, gesto por gesto, palavra por palavra, percebendo
os sentimentos contraditórios
· Observe bem a reação dos
discípulos (o que dizem e o que fazem), especialmente dos dois filhos de
Zebedeu (Tiago e João)
· Será que também nós não
“fazemos menos” da traição, condenação, tortura e execução de Jesus, como se
fossem disfarces da sua vitória?
· Será que estamos tirando
as consequências da afirmação de que Jesus não veio para ser servido mas para
servir?
· Como as pessoas da
Igreja exercem a liderança e os ministérios: inspirados no “Filho do Homem” ou
nos “chefes” e nos “grandes”?
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
· Repita várias vezes:
Entre vocês não deve ser assim! Quem quiser ser grande, seja o servo! Quem
quiser ser o primeiro, seja o último!
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· O que geralmente pedimos
a Jesus, nosso Senhor? Será que temos noção daquilo que pedimos? É compatível
com o reino de Deus?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos,
iluminai-nos e congregai-nos!
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite
e reze com o cântico de Maria: “Minha
alma dá glórias ao Senhor!” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=LyT4THCudeo)
· Apague
a vela e termina seu momento de oração
Algumas pistas sobre Marcos 10,32-45
Todas as cenas e palavras do capítulo
10 de Marcos são intensas e densas. Depois cena do jovem que desiste de seguir
Jesus, do ensino sobre o obstáculo da riqueza e da catequese sobre os frutos do
despojamento, a reação dos discípulos é confusa e ambivalente: admiração, medo,
ambição, competição e indignação. No centro da cena de hoje está o modelo de
liderança ensinado por Jesus e a luta pelo poder que envolve a maioria dos
discípulos.
Enquanto Jesus fala abertamente das
consequências da sua fidelidade ao Reino de Deus e ao Deus do Reino – traição,
julgamento, tortura, execução, ressurreição – os discípulos se envolvem em
disputas pelos lugares de honra e pela herança da liderança de Jesus. Parece
que Tiago e João imaginam que Jesus dará uma espécie de golpe messiânico, e que
a aparente derrota da cruz é substituída por uma estrondosa vitória. Por isso,
ambicionam privilégios.
É outra a lógica do Reino de Deus,
vivida e ensinada por Jesus. Ele não transfere sua liderança a uma espécie de
dinastia ou delegação. O poder ambicionado e disputado por Tiago e João – e por
todos os demais, que ficam indignados por eles terem saído na frente – é aquele
que impõe a Jesus a traição, o julgamento, a tortura e a execução. A liderança
e a honra de Jesus estão no serviço, em ser o último. Jesus representa a
liderança exatamente contrária ao poder exercido pelos administradores
coloniais impostos por Roma.
A atitude dos dois irmãos denuncia
que, na verdade, eles não haviam abandonado tudo por Jesus. Eles continuavam
acorrentados aos seus ideais de poder nos moldes colonialistas. Eles não se
envergonham de se dizer preparados para enfrentar as oposições como Jesus, mas
a resposta de Jesus a eles é cheia de ironia. Eles estão cegos pela ambição e
surdos à proposta alternativa de Jesus. Não sabem ou não têm noção do que pedem
a Jesus. Depois de tudo, os discípulos continuam inspirando-se nos grandes e
nos chefes que oprimem e tiranizam, e não conseguem entender que Jesus encarna
uma liderança alternativa e não violenta.
(Itacir Brassiani msf)
Ensinamento da
Igreja sobre Maria
“Não há quem não veja
ser o Rosário um pio exercício que tem
na a sua motivação e que, se for praticado de acordo com a sua inspiração
originária, a ela conduz, sem transpor o seu limiar. A meditação dos
mistérios do Rosário, ao tornar familiares à mente e ao coração dos fiéis os
mistérios de Cristo, pode constituir uma
ótima preparação e um eco prolongado da celebração dos mesmos mistérios nos
atos litúrgicos. Mas é um erro recitar o
Rosário durante a ação litúrgica". (Papa Paulo VI, Marialis
Cultus, § 48)
Leitura Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a
Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo
nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a
vida do mundo.
Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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