Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 397
Dia 24/05/2021 | 8ª Semana Comum | Maria, Mãe
da Igreja
Evangelho segundo João (19,25-34)
(1) Coloque-se em atitude de oração
·
Escolha um momento adequado e
tranquilo/a para a meditação
·
Escolha o lugar no qual você se sinta
bem e não seja interrompido
·
Busque uma posição corporal que lhe
ajude a concentrar-se
·
Acenda uma vela, e tome a bíblia em
suas mãos
·
Tome consciência de si mesmo/a e do
momento que vivemos
·
Faça silêncio interior e ative o
desejo de ouvir a Palavra de Deus
·
Prepare-se cantando o mantra: “Ensina, Maria, tua gente a
escutar! Desperta teus filhos, que o Pai quer falar!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-bCavoGjNyM)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de João 19,25-34
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Este texto é escolhido
em vista da memória de Maria, Mãe da Igreja, celebrada hoje, na segunda-feira
que se segue ao Pentecostes
· A cena faz parte da
narração da paixão e morte de Jesus, a Hora para a qual ele veio e para a qual
ele se preparou longamente
· Enquanto a maioria
absoluta dos discípulos abandona Jesus, um pequeno grupo de discípulos
permanece próximo e fiel
· Entregando sua mãe como
mãe da comunidade de discípulos, e digerindo o ódio (vinagre) dos seus
opositores, Jesus consuma sua humanidade
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Situe-se no Calvário,
aos pés da cruz, com Jesus, sua mãe, Maria Madalena e o discípulo amigo e fiel
· Permita que ressoem em
você as densas e ternas palavras de Jesus: “Este é teu filho! Esta é tua mãe!
Tenho sede! Tudo está consumado!”
· Acolha Maria como a mãe
querida que Jesus partilha conosco e pede que levemos para nossa casa
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
· Acolha confiante e
agradecido/a o dom que Jesus faz aos discípulos/as que se mantém no seu caminho
· Confie-se nas mãos de
Maria, e aprenda dela, primeira discípula de Jesus e mãe da comunidade dos/as
discípulos/as
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· No início da missão de
Jesus, sua mãe pediu que façamos tudo o que ele nos mandar; aos pés da cruz,
Jesus pede que ela cuide de nós como a filhos/as, entrega ela a nós como mãe da
Igreja: o que isso significa, e quais são as consequências para nossas
comunidades eclesiais?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Faça
um momento de silêncio, recolhendo as intuições dessa oração
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos,
iluminai-nos e congregai-nos!
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Ouça
e cante o mantra: Ave, Maria! Ave, Maria! Ave! Ave! Ave, Maria! (Acessível em: https://www.youtube.com/watch?v=DxLW6ISHXGQ)
· Apague
a vela e termina seu momento de oração
Algumas pistas sobre João 19,25-34
Com a solenidade de Pentecostes havíamos concluído
nosso caminho com o Evangelho de João. Mas hoje, em vista da memória litúrgica
de “Maria, mãe da Igreja”, continuamos com ele. Esta memória nos sugere uma
interpretação mariana dessa cena localizada no relato da paixão e morte de
Jesus.
Segundo João, a mãe de Jesus, Maria Madalena e o
discípulo amado estão de pé, diante da cruz de Jesus. Jesus os vê, e faz uma
dupla declaração, que é também um duplo pedido: “Mulher, este é teu filho!”
“Esta é tua mãe!”
No alto do calvário, diante da expressão máxima do
amor de Deus por nós, Jesus nos entrega Maria como mãe dos/as que creem, mãe da
Igreja. E nos convida a levá-la conosco, como a discípula primeira e fiel.
Nasce aqui uma Nova Família, semente de uma Nova Humanidade.
É interessante notar que o texto original não fala
da “mãe de Jesus”. O evangelista a apresenta apenas como “mãe”. Ela representa
o antigo Povo de Deus, do qual procede Jesus e a primeira comunidade de
discípulos/as. Ela é convidada a fazer a passagem, reconhecendo e aceitando o
Novo Povo de Deus nascido da nova aliança. E o discípulo amado, que representa
o discipulado fiel e perseverante, é convidado a reconhecer suas raízes e a
protegê-las.
Na sequência, Jesus diz que tem sede. É um novo
pedido de acolhida. Os representantes do judaísmo não têm água, nem vinho
(amor, acolhida), mas somente vinagre (ódio). Aceitando, sem revidar, mais este
gesto de fechamento e violência, Jesus pode dizer que consumou a demonstração
do amor do Pai pelo mundo e, em si mesmo, arrematou ou deu o toque final à
criação do Homem e da Mulher Novos.
Do
corte que o soldado faz no corpo de Jesus com sua espada escorre sangue (o amor
generoso e fecundo) e água (o Espírito que gera a Igreja). Isso não nos vem de
Maria, mas do Filho que a entrega a nós como Mãe. Neste sentido, ela é mãe da
comunidade dos/as discípulos/as. É isso se revela na sua presença no cenáculo,
no dia de pentecostes.
(Itacir Brassiani msf)
Ensinamento da
Igreja sobre Maria
“O rosário, uma oração evangélica, centrada sobre o mistério da
Encarnação redentora, é uma prece de orientação profundamente cristológica. Na verdade, o seu
elemento mais característico, a repetição litânica da saudação "Alegra-te,
Maria", torna-se louvor incessante
a Cristo, objetivo último do anúncio do Anjo e da saudação da mãe do Batista:
"Bendito o fruto do teu ventre".
A repetição da Ave-Maria constitui a urdidura sobre a qual se desenrola a
contemplação dos mistérios". (Papa Paulo VI, Marialis
Cultus, § 46)
Leitura Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a
Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo
nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a
vida do mundo.
Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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