Ano A | 21ª
Semana Comum | Quinta-feira | Mateus 24,42-51
(31/08/2023)
Estamos refletindo sobre as críticas
e denúncias de Jesus contra os mestres Depois de uma longa e dura crítica aos
fariseus e mestres da lei, circulando e pregando em Jerusalém, nas proximidades
do templo, Jesus anuncia a total destruição do templo e do poder dos impérios,
assim como dos sinais e sofrimentos que a acompanham (23,33 a 24,35). Mas Jesus
não cede a qualquer especulação, e não fala da data em que isso acontecerá.
Em vez disso, Jesus chama seus
discípulos/as à vigilância e estarem sempre devidamente preparado/a. Parece
que, com o passar do tempo e com a demora da consolidação do Reino de Deus, a
comunidade dos discípulos/as corria o risco de cair na excessiva penitência, ou
então desanimar e relaxar.
Jesus insiste que é preciso viver o
dinamismo discreto, mas efetivo, do Reino de Deus em meio às situações
complexas e difíceis. Ele jamais deu a entender que a aventura de segui-lo e de
participar de sua missão seria um mar de rosas. Esperar com lucidez e sensação
o reino de Deus significa vigiar mantendo a atitude de serviço, fecundada e
sustentada por essa utopia.
Para ilustrar a atitude correta,
Jesus recorre à metáfora do ladrão e à parábola do servo fiel. Como o ladrão, o
reino de Deus e Jesus chegam quando ninguém espera. Por isso, os discípulos/as
precisam se comportar como o servo fiel e sensato, que, na ausência do patrão,
cumpre fielmente sua missão de servir seus companheiros.
Ao mesmo tempo, Jesus reprova a
postura do empregado que, diante da demora do patrão, pensa unicamente em seus
interesses e age com violência em relação aos demais. Tais discípulos/as são
equiparados aos hipócritas (fariseus e mestres da lei) que Jesus denunciara
anteriormente.
Os
discípulos/as sensatos/as são aqueles/as que ouvem e praticam o Evangelho, e,
assim, constroem suas casas sobre a rocha. E isso significa importar-se com a
vida e o bem-estar do próximo, mantendo acesa a chama da esperança, mesmo
quando parece que nada acontece ou nada vale a pena.
Meditação:
§ Retome
calmamente as duas comparações que Jesus oferece sobre a correta atitude em
tempos de espera e demora
§ O
que você pode fazer para ajudar a evitar que as comunidades cristãs fujam da
sua responsabilidade de mudar o mundo e antecipar o reinado de Deus e se
refugiem no culto e no moralismo?
§ Como
você, sua família e sua comunidade tem vivido este longo tempo de espera que a
pandemia passe?
§ Lembre
o exemplo de tantas pessoas, de ontem e de hoje, que esperaram e preparam responsavelmente
o futuro esperado
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