quarta-feira, 30 de agosto de 2023

O Evangelho na vida de cada dia (94)

Ano A | 21ª Semana Comum | Quinta-feira | Mateus 24,42-51

(31/08/2023)

Estamos refletindo sobre as críticas e denúncias de Jesus contra os mestres Depois de uma longa e dura crítica aos fariseus e mestres da lei, circulando e pregando em Jerusalém, nas proximidades do templo, Jesus anuncia a total destruição do templo e do poder dos impérios, assim como dos sinais e sofrimentos que a acompanham (23,33 a 24,35). Mas Jesus não cede a qualquer especulação, e não fala da data em que isso acontecerá.

Em vez disso, Jesus chama seus discípulos/as à vigilância e estarem sempre devidamente preparado/a. Parece que, com o passar do tempo e com a demora da consolidação do Reino de Deus, a comunidade dos discípulos/as corria o risco de cair na excessiva penitência, ou então desanimar e relaxar.

Jesus insiste que é preciso viver o dinamismo discreto, mas efetivo, do Reino de Deus em meio às situações complexas e difíceis. Ele jamais deu a entender que a aventura de segui-lo e de participar de sua missão seria um mar de rosas. Esperar com lucidez e sensação o reino de Deus significa vigiar mantendo a atitude de serviço, fecundada e sustentada por essa utopia.

Para ilustrar a atitude correta, Jesus recorre à metáfora do ladrão e à parábola do servo fiel. Como o ladrão, o reino de Deus e Jesus chegam quando ninguém espera. Por isso, os discípulos/as precisam se comportar como o servo fiel e sensato, que, na ausência do patrão, cumpre fielmente sua missão de servir seus companheiros.

Ao mesmo tempo, Jesus reprova a postura do empregado que, diante da demora do patrão, pensa unicamente em seus interesses e age com violência em relação aos demais. Tais discípulos/as são equiparados aos hipócritas (fariseus e mestres da lei) que Jesus denunciara anteriormente.

Os discípulos/as sensatos/as são aqueles/as que ouvem e praticam o Evangelho, e, assim, constroem suas casas sobre a rocha. E isso significa importar-se com a vida e o bem-estar do próximo, mantendo acesa a chama da esperança, mesmo quando parece que nada acontece ou nada vale a pena.

 

Meditação:

§  Retome calmamente as duas comparações que Jesus oferece sobre a correta atitude em tempos de espera e demora

§  O que você pode fazer para ajudar a evitar que as comunidades cristãs fujam da sua responsabilidade de mudar o mundo e antecipar o reinado de Deus e se refugiem no culto e no moralismo?

§  Como você, sua família e sua comunidade tem vivido este longo tempo de espera que a pandemia passe?

§  Lembre o exemplo de tantas pessoas, de ontem e de hoje, que esperaram e preparam responsavelmente o futuro esperado

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