Em sua primeira imagem, publicada em 1863 na revista Harper’s, de Nova York, Papai Noel – chamado de Santa Claus – era um gnomo gorducho entrando numa chaminé. Nasceu da mão do desenhista Thomas Nast, vagamente inspirado nas lendas de São Nicolau.
No Natal de 1930, Papai Noel foi encontrado pela Coca-Cola. Até então não usava uniforme, e em geral preferia roupas azuis ou verdes. O desenhista Habdonb Soundblon vestiu-o com as cores da empresa – vermelho vivo com filetes brancos – e deu a ele os traços que todos conhecemos.
Desde então, o ‘amigo das crianças’ usa barba branca, ri sem parar, viaja de trenó e é tão rechonchudo que não se sabe como consegue entrar pelas chaminés do mundo, carregado de presentes e com uma Coca-Cola em cada mão. Tampouco se sabe o que ele tem a ver com Jesus.
(Eduardo Galeano, Espelhos, uma história quase universal.
L&PM Editores, Porto Alegre, 2008, p. 67-68).
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