Ó Sol Nascente, Justiceiro,
resplendor da Luz eterna: oh vinde e iluminai os que jazem entre as trevas e na
sombra do pecado e da morte estão sentados; oh vinde, Amante apaixonado, pois
estamos Vos esperando como a noiva espera ansiosa o Noivo!
A voz do meu amado! Vejam: vem correndo pelos montes, saltitando
pelas colinas!
Meu amado é como um gamo, um filhote de gazela.
Ei-lo postando-se atrás da nossa parede, espiando pelas grades, espreitando
pela janela.
O meu amado fala, e me diz:
“Levante-se, minha amada, formosa minha, venha a mim!
Veja: o inverno já passou! Olhe: a chuva já se foi!
As flores florescem na terra, o tempo da poda vem vindo, e o canto da rola já se ouve em nosso campo.
As flores florescem na terra, o tempo da poda vem vindo, e o canto da rola já se ouve em nosso campo.
Despontam figos na figueira e a vinha florida exala perfume.
Levante-se, minha amada, formosa minha, venha a mim!
Pomba minha, que se aninha nos vãos do rochedo, na fenda dos
barrancos...
Deixe-me ver a sua face, deixe-me ouvir a sua voz, pois a sua
face é tão formosa e tão doce a sua voz!” (Cântico dos Cânticos 2,8-14)
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