Senhor, eis-nos à espera.
No fundo das nossas correrias, no coração
destes dias agitados,
que nos dividem literalmente ao
meio,
entre mil pequenas tarefas e mil
pequenos pensamentos,
há um silêncio que soletra o teu nome.
há um silêncio que soletra o teu nome.
No fundo de nós sabemos que só um
Deus nos pode salvar.
Pode até aparecer, no meio de tanto ruído,
que te dispensamos.
Pode até acontecer que não tenhamos
a força dos verdadeiros gestos de Natal.
Mas eis-nos à espera.
Acredita que, por vezes, enquanto
trocamos cartões, augúrios, presentes,
há um momento em que as nossas mãos ficam vazias,
fixas no ar, como se rezassem.
há um momento em que as nossas mãos ficam vazias,
fixas no ar, como se rezassem.
É quando te pedimos que faças
brilhar em nós a estrela luminosa do teu Natal.
(José
Tolentino Mendonça, Um Deus que dança,
p. 60)
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