O Natal do comércio chega de um dia
para o outro.
Fácil, tilintante, confuso,
pré-fabricado.
É um Natal visual, um amontoado de símbolos,
um ar do tempo.
Dentro de nós, porém, sabemos que não
é assim.
Para ser verdade, o Natal não pode
ser só isto.
Não pode servir apenas para uma emoção
social, para um rodopio de compensações, compras e trocas.
Para ser verdade, o Natal tem de ser
fundo, pessoal, despojado, interpelador, silencioso, solidário, espiritual.
Acorda em nos, Senhor, o desejo de
um Natal autêntico!
(José Tolentino Mendonça, Um Deus que dança, p. 57)
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