sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 633

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 633

Dia 15/01/2022 | Primeira Semana Comum | Sábado

Evangelho segundo Marcos (2,13-17)

(1)    Coloque-se em atitude de oração  

·          Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·          Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·          Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·          Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·          Tome consciência de si mesmo/a e do tempo do Advento

·          Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·          Prepare-se ouvindo a canção “Que arda como brasa tua Palavra” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ushj5sKNvUE)

 

(2)  Leia o texto da Palavra de Deus

·          Leia com toda a atenção o texto de Marcos 2,13-17

·          Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·          Jesus deixara os doutores da lei irritados quando declarou que um paralítico fora perdoado dos seus pecados e podia viver livremente

·          Agora, deixando sua casa e saindo com seus discípulos e em meio a uma multidão de anônimos, chama um cobrador de impostos

·          Como fizera com Pedro, Jesus “se convida” e vai à casa do coletor de impostos e se confraterniza com outros coletores e pecadores

·          Criticado pelos fariseus e escribas, Jesus afirma que, como são os doentes que necessitam de médico, ele veio para os pecadores

·          O que a Palavra de Deus diz em si mesma?

 

(3)  Medite a Palavra de Deus

·          Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, nesse momento?

·          Releia o texto, acompanhando a cena com o pensamento e o coração: o chamado de Levi e a refeição na casa dele

·          Observe a alegria dos pecadores e do povão acolhido e valorizado por Jesus, assim como o escândalo dos fariseus

·          Como você e sua comunidade se sentem diante da defesa dos direitos humanos das pessoas ameaçadas em sua integridade?

·          Em que medida sua comunidade, e a Igreja como um todo, seguem essa orientação de Jesus na sua ação pastoral?

·          Que lugar o povo mais simples e as pessoas quebradas pela vida encontra em nossas comunidades cristãs?

·          Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)  Reze com o texto lido e meditado

·          Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·          Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·          Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·          Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·          Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·          Reze, repetindo as palavras de Jesus: “Eu não vim para chamar os justos, mas sim os pecadores”

·          Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

 

(5)   Contemple a vida à luz da Palavra

·          Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·          Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·          Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·          Como tratar os grupos de cristãos, as lideranças e os padres que continuam criticando os agentes que se aproximam dos pecadores?

·          Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)  Retorne à vida cotidiana

·          Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·          Recite ou cante a invocação: “Jesus, que vens ao nosso encontro com Maria e José, mantém nossa comunidade iluminada pela fé!”

·          Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·          Medite a canção “Por causa de um certo Reino” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=88X0_wEHqOU)

·          Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·          Apague a vela e conclua seu momento de oração

Pistas sobre Marcos 2,13-17

Na cena que meditamos ontem, estando em sua própria casa, Jesus deixa bem claro que reinsere os excluídos na sociedade e o faz em nome de Deus. Por isso, depois de declarar que os pecados do paralítico estão perdoados, ordena que ele se coloque de pé, tome sua cama e vá para casa. E assim aconteceu, diante da admiração do povo, que nunca tinha visto algo assim: alguém que enfrenta a exclusão e ensina a caminhar com autonomia.

Depois disso, Jesus sai de novo à beira do mar, acompanhado pelos seus discípulos. E prossegue seu ensinamento original sobre o Reino de Deus. Caminhando, vê um coletor de impostos e o chama para ser seus discípulos. Mais tarde, na casa de Levi – assim se chamava o coletor – senta-se à mesa na qual se misturam discípulos, coletores de impostos e o povão numa confraternização alegre e profética.

Na verdade, Jesus vivia cercado de gente anônima, pertencente às classes de baixo, não educada nas academias importantes e que vivia à margem da lei judaica. Este é o sentido original de “ochlos”, expressão que a bíblia traduz por “multidão”. Eles são identificados como pecadores e são socialmente marginalizados, como os coletores de impostos, que são judeus que colaboram com os dominadores romanos, e são evitados e penalizados pelo judaísmo.

Como fizeram Pedro, André, Tiago e João, Levi atende imediatamente o chamado de Jesus e rompe com sua atividade de colaborador com os invasores e explorador do seu povo. E Jesus, como fez com Pedro, vai à sua casa e participa de uma simbólica interação fraterna e solidária com o povão, os diversos tipos de pecadores e os discípulos, sob o olhar escandalizado dos fariseus doutores da lei.

Jesus responde ao questionamento dos fariseus aos seus discípulos com uma comparação com a qual sublinha, justifica e evidencia sua opção: como são os doentes que precisam de médico, são os pecadores, e não os que se acham justos, os que precisam de acolhida e perdão. “Eu não vim para chamar os justos” (os ‘homens de bem’), diz Jesus provocativamente. Para Jesus, a Igreja jamais pode colocar barreiras ao povo e aos pecadores.

 (Itacir Brassiani msf)

Reflexão do Papa Francisco

Os filhos que crescem em famílias missionárias, frequentemente tornam-se missionários, se os pais sabem viver esta tarefa duma maneira tal que os outros os sintam vizinhos e amigos e os filhos cresçam neste estilo de relação com o mundo. Lembremo-nos que o próprio Jesus comia e bebia com os pecadores, podia deter-se a conversar com a Samaritana e receber de noite Nicodemos, deixava ungir os seus pés por uma mulher prostituta e não hesitava em tocar os doentes. E o mesmo faziam os seus apóstolos”. (Amoris Laetitia, nº 289)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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