sábado, 15 de janeiro de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 634

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 634

Dia 16/01/2022 | Segunda Semana Comum | Domingo

Evangelho segundo João (2,1-11)

(1)     Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do tempo do Advento

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se ouvindo a canção “Com alegria aclamemos...” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=aO_4EGnpJ3svUE)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·        Leia com toda a atenção o texto de João 2,1-11

·        Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·        Com este texto de João, a Igreja nos propõe o segundo passo da caminhada do tempo ordinário, tempo da semeadura e da espera

·        João nos apresenta a Mãe de Jesus presente na vida do seu povo, partilhando suas alegrias, atenta às suas necessidades

·        Ela não chama a atenção sobre si, mas sobre a tragédia que ameaça arruinar a alegria do seu povo

·        E nos ensina que a solução para as crises e carências que ferem está em fazer o que Jesus fez e pede que façamos

·        O que a Palavra de Deus diz em si mesma?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, nesse momento?

·        O que Maria disse silenciosamente ao Brasil que escravizava os negros quando encontraram sua imagem de cor negra?

·        O que Maria está dizendo hoje, quando a indiferença, intolerância e a violência contra negros, indígenas, migrantes e outras minorias brotam por todos os lados?

·        Daquilo que Jesus fez e pede que façamos, o que é indispensável para resgatar a dignidade dos marginalizados e oprimidos?

·        Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·        Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·        Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·        Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·        Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·        Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·        Reze a Ave Maria, recordando as cenas evangélicas às quais se referem e deixando que cada palavra da oração ressoe profundamente em você

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·        Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·        Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·        Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·        O que poderíamos fazer para evitar que nossas liturgias e pastorais se tornem vazias, incapazes de suscitar esperança e alegria?

·        Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·        Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·        Recite ou cante a invocação: “Jesus, que vens ao nosso encontro com Maria e José, mantém nossa comunidade iluminada pela fé!”

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Medite a canção “Quanto teu filho contigo vier” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Wl7IJXDpqDs)

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Apague a vela e conclua seu momento de oração

Pistas sobre Marcos 2,1-11

Este casamento narrado pelo evangelho de João é um entre tantos que aconteciam no tempo de Jesus, e Caná é um lugar insignificante. Mas Jesus, seus discípulos, seus parentes e sua mãe estavam lá, o que confere importância à cena. A mãe de Jesus percebe a carência e avisa o filho. Seu olhar é justo e adequado, e não manifesta nenhum resquício de ironia ou crítica.

Notar que o vinho acabou significa perceber a esterilidade da velha aliança, revelar que a crise entre o povo e Deus chegara ao seu ápice. Na observação de Maria ressoa a voz desolada de um povo inteiro que percebe que a alegria da aliança está se exaurindo e as lideranças não se dão conta. Respondendo à mãe, Jesus sublinha que ele é um simples convidado, e com o substantivo “mulher”, parece não dar importância pública aos laços de parentesco.

Maria é uma mulher totalmente seduzida pelo mistério de Deus e do seu Reino. A ele e à sua vontade havia dado seu consentimento quando da anunciação pelo anjo. Ela nos ensina que, para ser discípulos/as de Jesus, é necessário aderir a ele, aprender com ele, e fazer o que ele pede. É preciso passar da nossa vontade à vontade de Deus, permitir que nossa vida seja radicalmente transformada.

Jesus lança mão de seis jarras de pedra (a pedra simboliza a Lei, e o número seis remete aos seis dias da criação), mas aparentemente não faz nada. Os serventes fazem sem questionamento e sem demora o que Jesus pede, e a água acaba misteriosamente transformada em vinho. Fazendo isso, Jesus se revela como o verdadeiro noivo, e é a humanidade inteira que se beneficia das antigas promessas. Em Jesus, Deus faz aliança com a humanidade e comunica a ela a vida abundante.

Este é o primeiro sinal que Jesus realiza publicamente. Na verdade, ele não faz nada, a não ser orientar os serventes. O segredo da vida abundante e da festa da vida está em fazer o que Jesus diz: amar como ele nos amou; adorar a Deus em espírito e verdade; reconhecer as próprias culpas antes de apedrejar os outros; nascer de novo e do alto (do amor crucificado); cuidar das suas ovelhas...

 (Itacir Brassiani msf)

Reflexão do Papa Francisco

A liturgia nupcial é um evento único, que se vive no contexto familiar e social duma festa. Jesus começou os seus milagres no banquete das bodas de Caná: o vinho bom do milagre do Senhor, que alegra o nascimento duma nova família, é o vinho novo da Aliança de Cristo com os homens e mulheres de cada tempo. Frequentemente, o celebrante tem a oportunidade de se dirigir a uma assembleia formada por pessoas que participam pouco na vida eclesial ou pertencem a outra confissão cristã ou comunidade religiosa. Trata-se, pois, duma preciosa ocasião para anunciar o Evangelho de Cristo”. (Amoris Laetitia, nº 216)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)


Nenhum comentário: