Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 639
Dia 21/01/2022 | Segunda Semana Comum | Sexta-feira
Evangelho segundo Marcos (3,13-19)
(1) Coloque-se em atitude de oração
·
Escolha um momento adequado e
tranquilo/a para a meditação
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Escolha o lugar no qual você se sinta
bem e não seja interrompido/a
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Busque uma posição corporal que lhe
ajude a concentrar-se
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Acenda uma vela, e tome a bíblia em
suas mãos
·
Tome consciência de si mesmo/a e do
tempo que vivemos
·
Faça silêncio interior e ative o
desejo de ouvir a Palavra de Deus
·
Prepare-se
ouvindo a canção “Com alegria aclamemos...” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=aO_4EGnpJ3svUE)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
·
Leia com toda a atenção o texto de Marcos
3,13-19
·
Leia o texto em voz alta (se achar
necessário e for possível)
·
Jesus tem consciência de que a missão precisa
de mais gente, e por isso, constitui um grupo especial entre os seus
discípulos/as
·
Este grupo, chamado de “os doze” é criado para
ficar com Jesus, assimilar seu modo de ser e participar ativamente da sua
missão
·
É uma espécie de comunidade alternativa, de
nova família, de grupo de resistência e inovação a serviço do Reino de Deus
·
Este grupo é também simbólico e político, pois
desautoriza e substitui os escribas e fariseus, e é o germe do novo povo de
Deus
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma?
(3)
Medite a Palavra de Deus
·
Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e
meditada diz a você hoje, nesse momento?
·
Contemple a cena: o nome dos discípulos
chamados, os novos nomes que alguns recebem, a missão que lhes é confiada
·
Participe da cena, subindo à montanha com
Jesus e seus discípulos, ouvindo seu nome entre os chamados e enviados
·
O que significa concretamente e hoje, para
você e sua família, ser chamado/a por Jesus para “ficar com ele” e ser enviado
em missão?
·
Quem é que, em determinadas situações, acaba
sendo sucessor de Judas Iscariotes, aquele que traiu Jesus, sua confiança e sua
missão
·
Se achar oportuno
e for possível, leia as “pistas” (página 3)
(4)
Reze com o texto lido e meditado
·
Tome consciência de que este texto é
Palavra de Deus
·
Depois de escutar atentamente, agora é
sua vez de falar
·
Não mude de assunto, pois sua palavra é
sua resposta a Deus
·
Permita que o próprio Deus dirija a sua
oração, a sua resposta
·
Não se preocupe com raciocínios e
frases bem articuladas
·
Faça memória da sua vida passada e suas
responsabilidades presentes, e louve a Deus pela confiança que ele e a Igreja depositam
em você
·
Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz
dizer a Deus
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
·
Procure contemplar a realidade do mundo
com o olhar de Deus
·
Busque meios para colocar em prática o
que Deus lhe fala
·
Perceba o que você precisa mudar a
partir dessa meditação
·
Que passos e que atitudes nossas comunidades
eclesiais devem assumir para escolher aqueles/as que têm o carisma para
animá-las e dirigi-las?
·
Responda: O que Deus está pedindo que eu
mude ou faça?
(6) Retorne à vida cotidiana
·
Recite o Pai Nosso e a Ave Maria
·
Recite ou cante a invocação: “Jesus,
que vens ao nosso encontro com Maria e José, mantém nossa comunidade iluminada
pela fé!”
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
·
Medite a canção “Senhor,
se tu me chamas” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=gUhYcuWjSNs)
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
Pistas sobre Marcos 3,13-19
Ontem vimos que
Jesus pede que estendamos a mão a ele para que sejamos curados, para que nossa
mão se estenda para servir gratuitamente quem precisa, para lutar por causas
justas e humanas. Mas ele espera também que tenhamos a corajosa liberdade de
enfrentar e desmascarar os sistemas que oprimem os pobres, inclusive usando o
nome de Deus.
Depois de atender
as necessidades de muita gente, Jesus começa a se ocupar mais com a
evangelização e ensino e a formação dos seus discípulos. Ao redor de Jesus,
aparecem dois grupos: as multidões, que buscam ajuda; os discípulos, que o
seguem como mestre. Jesus tem consciência de que a missão de anunciar e
promover o Reino de Deus precisa de mais gente para se estender no tempo e no
espaço.
Chamando um grupo
de doze entre os muitos discípulos/as, Jesus constitui uma comunidade para
encarnar e prosseguir sua missão, um núcleo visível do Reino de Deus, uma nova
família convocada a viver de modo alternativo e contracorrente. A nova aliança
de Jesus é protagonista gera um povo novo e pede uma nova liderança, diferente
dos fariseus, sacerdotes e escribas. Com este chamamento e essa constituição,
Jesus rejeita e descarta os velhos líderes.
Na verdade, o
grupo dos doze é uma espécie de comitê revolucionário, de governo em situação
de exílio, de comunidade de resistência e alternativa na construção de um outro
mundo. É uma espécie de confederação de tribos, baseada em laços de
solidariedade e não de sangue, e que substitui a confederação das tribos de
Israel, criada depois do êxodo.
O grupo dos doze
apóstolos não está fechado, nem acima do círculo dos demais discípulos/as. Sua
identidade e missão é estar próximo de Jesus para assimilar seu modo de ser e,
quando isso estiver consolidado, ser enviado para pregar a novidade e a
liberdade do Reino de Deus, com a autoridade e a coerência de Jesus, inclusive
a com a capacidade de expulsar demônios, que é a libertação da dominação
interiorizada. Não podemos esquecer que a missão de evangelizar é um confronto
com os poderes estabelecidos.
(Itacir Brassiani msf)
Reflexão do
Papa Francisco
“O homem e a mulher são ameaçados pela insaciabilidade, são chamados a uma união
cada vez mais intensa, mas correm o risco de pretender apagar as diferenças e a
distância inevitável que existe entre os dois. Mas cada um possui uma dignidade
própria e irrepetível. Quando o bem precioso da pertença recíproca se
transforma em domínio, muda a estrutura de comunhão na relação interpessoal. Na
lógica do domínio, o dominador acaba também negando a sua própria dignidade e,
em última análise, deixa de identificar-se subjetivamente com o próprio
corpo porque lhe tira todo o significado”. (Amoris Laetitia, nº 155)
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários da Sagrada
Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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