Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 635
Dia 16/01/2022 | Segunda Semana Comum | Segunda-feira
Evangelho segundo Marcos (2,18-22)
(1) Coloque-se em atitude de oração
·
Escolha um momento adequado e
tranquilo/a para a meditação
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Escolha o lugar no qual você se sinta
bem e não seja interrompido/a
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Busque uma posição corporal que lhe
ajude a concentrar-se
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Acenda uma vela, e tome a bíblia em
suas mãos
·
Tome consciência de si mesmo/a e do
tempo do Advento
·
Faça silêncio interior e ative o
desejo de ouvir a Palavra de Deus
·
Prepare-se
ouvindo a canção “Com alegria aclamemos...” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=aO_4EGnpJ3svUE)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
·
Leia com toda a atenção o texto de Marcos
2,18-22
·
Leia o texto em voz alta (se achar
necessário e for possível)
·
Depois do debate sobre as relações de acolhida
e respeito entre discípulos e pecadores, Jesus é provocado sobre o jejum
·
Os fariseus e os discípulos de João haviam
radicalizado o jejum: a lei pedia uma vez por ano, mas eles o faziam duas vezes
por semana
·
Para Jesus, a novidade radical do Reino de
Deus – a fraternidade sem fronteiras e a compaixão de Deus – não cabiam no
jejum
·
Reduzir a novidade cristã a velhas práticas
legais seria como pôr um remendo de pano bom numa roupa completamente esgarçada
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma?
(3)
Medite a Palavra de Deus
·
Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e
meditada diz a você hoje, nesse momento?
·
Contemple a cena: os personagens; o
questionamento sobre seus discípulos e a resposta de Jesus; as duas comparações
que ele usa
·
De onde vem a insistência de nossas Igrejas
com as penitências e jejuns e a dificuldade de viver a alegria do Reino de
Deus?
·
O que precisamos fazer, nós e nossas
comunidades eclesiais, para não remendar velhas práticas e ideologias com o
Evangelho?
·
Como poderíamos expressar e celebrar a alegria
pela aliança de Deus com a humanidade, que produz vida abundante para todos?
·
Se achar oportuno
e for possível, leia as “pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
·
Tome consciência de que este texto é
Palavra de Deus
·
Depois de escutar atentamente, agora é
sua vez de falar
·
Não mude de assunto, pois sua palavra é
sua resposta a Deus
·
Permita que o próprio Deus dirija a sua
oração, a sua resposta
·
Não se preocupe com raciocínios e
frases bem articuladas
·
Louve a Deus, com palavras
simples que brotam da sua vida, o vinho novo que a meditação do Evangelho vem
propiciando a você
·
Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz
dizer a Deus
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
·
Procure contemplar a realidade do mundo
com o olhar de Deus
·
Busque meios para colocar em prática o
que Deus lhe fala
·
Perceba o que você precisa mudar a
partir dessa meditação
·
Como poderíamos evitar que a
novidade revolucionária da vida de Jesus e seu Evangelho seja sequestrada por
morais arcaicas e rígidas?
·
Responda: O que Deus está pedindo que eu
mude ou faça?
(6) Retorne à vida cotidiana
·
Recite o Pai Nosso e a Ave Maria
·
Recite ou cante a invocação: “Jesus,
que vens ao nosso encontro com Maria e José, mantém nossa comunidade iluminada
pela fé!”
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
·
Medite a canção “Mestre,
onde moras?” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=oIS0O3pfjYs)
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
Pistas sobre Marcos 2,18-22
A passagem que
meditamos no último sábado apresentava o questionamento dos fariseus diante do
fato de Jesus e seus discípulos se sentarem à mesa lado a lado com pecadores de
diversos tipos. O texto de hoje continua com o tema da refeição, mas o
questionamento de alguns observadores críticos é sobre o jejum.
Eles observam os
discípulos de Jesus e perguntam por que eles não jejuam, enquanto os fariseus e
os discípulos de João praticam esta regra de piedade. Na verdade, a lei de
Moisés obrigava o fiel a jejuar apenas uma vez por ano (na festa da expiação),
mas o grupo dos fariseus praticava o jejum, voluntariamente duas vezes por
semana.
Nesta discussão,
o que está em questão é o caminho prático que nos leva à santidade, ou à
pureza: a penitência expressa no jejum ou o Reino de Deus, que se mostra na
alegria da fraternidade? Como no episódio de sábado (cf. Mc 2,13-17), o
questionamento se dirige ao comportamento dos discípulos, mas a intenção é
atingir o mestre.
Para Jesus, o
problema não é o jejum em si mesmo, mas o lugar que lhe dão os fariseus na
prática da fé. Ademais, Jesus discute o lugar que o jejum ocupa no tempo
especial que eles vivem com a chegada do Reino de Deus. Ninguém jejua numa
festa de casamento, mas come e bebe, participando da alegria dos noivos! E este
é o momento que vivem os discípulos: Jesus é o noivo que, em nome de Deus,
assina a aliança de compromisso com a humanidade.
Para Jesus, o
jejum exagerado que os fariseus praticavam e ensinavam não passava de um belo
remendo de pano novo numa roupa velha. E o seguimento de Jesus na perspectiva
solidária do Reino de Deus não cabia no velho barril daquela piedade social
sofisticada e mortificadora. Repetir essas práticas seria como que colocar em
risco a liberdade do Reino de Deus.
Jesus não veio
pedir para que multipliquemos promessas e ave-marias, nem para implorar ofertas
e jaculatórias, menos ainda para pedir para queimar velas e mais velas, mas
para solicitar a nossa participação na solidária e inclusive caravana da vida
nova.
(Itacir Brassiani msf)
Reflexão do Papa Francisco
“Quando o vinho envelhece, então
floresce em toda a sua plenitude a fidelidade dos momentos ordinários da vida.
É a fidelidade da espera e da paciência, cheia de sacrifícios e alegrias, que vai
florescendo na idade em que os olhos brilham com a contemplação dos filhos de
seus filhos. Foi assim desde o início, mas agora tornou-se consciente,
amadurecido na redescoberta dia após dia, ano após ano. Os velhos já não têm
aqueles fervores sensíveis nem aquelas ebulições e chamas externas de ardor,
mas saboreiam a suavidade do vinho de amor bem sedimentado na sua substância
assente dentro da alma”. (Amoris Laetitia, nº 231)
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários da Sagrada
Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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