Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 648
Dia 30/01/2022 | Quarta Semana Comum | Domingo
Evangelho segundo Lucas (4,21-30)
(1) Coloque-se em atitude de oração
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Escolha um momento adequado e
tranquilo/a para a meditação
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Escolha o lugar no qual você se sinta
bem e não seja interrompido/a
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Busque uma posição corporal que lhe
ajude a concentrar-se
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Acenda uma vela, e tome a bíblia em
suas mãos
·
Tome consciência de si mesmo/a e do
tempo que vivemos
·
Faça silêncio interior e ative o
desejo de ouvir a Palavra de Deus
·
Prepare-se
ouvindo a canção “Envia tua Palavra...” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=8DSQfRdpRQ4o)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
·
Leia com toda a atenção o texto de Lucas
4,21-30
·
Leia o texto em voz alta (se achar
necessário e for possível)
·
No último domingo, contemplamos a cena do
lançamento da missão de Jesus em Nazaré, onde havia crescido e era conhecido
·
A cena de hoje nos apresenta o duro diálogo de
Jesus com aqueles que esperavam dele uma simples confirmação de privilégios
·
Recorrendo a conhecidos profetas do passado
(Elias e Eliseu), Jesus sublinha que o Reino de Deus começa por acolher os
excluídos
·
Seus conterrâneos sentem-se frustrados em suas
expectativas e, revoltados, atentam contra a vida daquele que há pouco
elogiavam
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma?
(3)
Medite a Palavra de Deus
·
Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e
meditada diz a você hoje, nesse momento?
·
Releia o texto com atenção, relacionando-o com
as a realidade que vivemos hoje em nossas famílias, comunidades e povoados
·
O que nós e nossas Igrejas tem feito com essa
abertura universal do Evangelho em direção a todos os excluídos e
marginalizados?
·
Onde costumamos buscar a fundamentação para as
escolhas mais radicais que a nossa fé nos pede? Os profetas nos ajudam?
·
Você identifica ou recorda fatos de
discriminação por ser “santo de casa” ou por não contemplar as expectativas do
seu círculo de amigos?
·
Se achar oportuno
e for possível, leia as “pistas” (página 3)
(4)
Reze com o texto lido e meditado
·
Tome consciência de que este texto é
Palavra de Deus
·
Depois de escutar atentamente, agora é
sua vez de falar
·
Não mude de assunto, pois sua palavra é
sua resposta a Deus
·
Permita que o próprio Deus dirija a sua
oração, a sua resposta
·
Não se preocupe com raciocínios e
frases bem articuladas
·
Agradeça
a Deis pelos profetas e profetizas que você conhece, aqueles/as que se recusam
a acorrentar o Evangelho a pequenos interesses
·
Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz
dizer a Deus
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
·
Procure contemplar a realidade do mundo
com o olhar de Deus
·
Busque meios para colocar em prática o
que Deus lhe fala
·
Perceba o que você precisa mudar a
partir dessa meditação
·
Como podemos recolocar a dimensão profética no
lugar que lhe é próprio na vida cristã: no mesmo patamar da liturgia e das
diversas pastorais?
·
Responda: O que Deus está pedindo que eu
mude ou faça?
(6) Retorne à vida cotidiana
·
Recite o Pai Nosso e a Ave Maria
·
Recite ou cante a invocação: “Jesus,
que vens ao nosso encontro com Maria e José, mantém nossa comunidade iluminada
pela fé!”
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
·
Medite a canção
de Zé Geraldo “O profeta” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=JRKyEhwWh_s)
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
Pistas sobre Lucas 4,21-30
Depois de ler e acolher a palavra do
profeta Isaías, Jesus se propõe a cumpri-la fielmente, esquecendo-se dos
próprios parentes e compatriotas e priorizando as pessoas mais pobres
necessitadas. Rompendo com as expectativas do seu povo e da sua família, Jesus
terá que enfrentar a oposição e a perseguição.
A profecia é dom que recebemos com
temor e tremor. Ela se desenvolve no ventre de uma comunidade que se coloca à
escuta da Palavra de Deus, pungente no clamor de todas as vítimas. Quem não se
fecha à voz de um Deus que fala e interpela, sente a Palavra queimar suas
entranhas e não consegue viver indiferente à causa de Deus, que é a causa dos
pobres, das vítimas, dos excluídos.
Um olhar atento aos evangelhos nos revela
que, por causa de seu radicalismo profético, Jesus foi experimentando uma
progressiva marginalização. Enquanto lia as escrituras, todos tinham os olhos
fixos nele e estavam maravilhados com as palavras cheias de graça que saíam da
sua boca, mas o entusiasmo logo se transformava em fúria e desejo de eliminá-lo,
quando ousava questionar o privilégio dos judeus em relação aos
pagãos.
Jesus justifica suas opções
recorrendo aos profetas que o antecederam. Elias privilegiara uma viúva
menosprezada porque era estrangeira, e Eliseu curara um pagão, que os judeus
situavam abaixo dos cães. E Jesus defendeu ardorosamente a dignidade das
mulheres, dos pecadores, dos pobres, dos doentes, dos migrantes e estrangeiros.
Esse é o caminho da profecia, que no Brasil de hoje passa pela defesa do
território dos indígenas e quilombolas, pela reivindicação de políticas
públicas em favor dos pobres, pela defesa da vacinação, pela denúncia da ação
criminosa das mineradoras...
Mas a profecia tem seu preço, e tanto a pessoa como a
instituição que a vivem devem estar dispostas a pagá-lo. Jesus recorre a um
provérbio que diz que nenhum profeta é bem recebido em sua própria terra, pois
a expectativa é que ele atue em benefício dos seus pares. Mas também é verdade
que nenhum profeta autêntico consegue permanecer preso aos estreitos muros da
raça, da nação, da religião.
(Itacir Brassiani msf)
Reflexão do
Papa Francisco
“A família alargada acolhe com amor as
mães solteiras, as crianças sem pais, as mulheres abandonadas que devem
continuar a educação dos seus filhos, as pessoas deficientes que requerem muito
carinho e proximidade, os jovens que lutam contra uma dependência, as pessoas
solteiras, separadas ou viúvas que sofrem a solidão, os idosos e os doentes que
não recebem o apoio dos seus filhos. E pode também ajudar a compensar as
fragilidades dos pais, a descobrir e denunciar possíveis situações de violência
ou de abuso sofridas pelas crianças”. (Amoris
Laetitia, nº 197)
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários da Sagrada
Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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