André trocou
o mar pelas estradas e a pesca pelo discipulado | 547 |30. 11.2024 | Mateus
4,18-22
No finalzinho da última semana do
tempo comum, somos convidados a contemplar a figura do Apóstolo Santo André, um
dos Doze chamados a estar com Jesus e enviados pessoalmente por ele, no início
do seu ministério na Galileia. Seu nome, de origem grega, significa “homem”,
masculino, viril. Contemplemos esta figura basilar da comunidade cristã no
horizonte do fim do ano litúrgico.
André e seu irmão Simão Pedro foram
discípulos de João Batista. Foi ele que, segundo o evangelista João, no deserto
e diante do povo faminto, indicou a Jesus o menino que levava cinco pães e dois
peixes. Foi também ele que, junto com Filipe, apresentou Jesus aos pagãos que
desejavam conhecê-lo, depois da ressurreição de Lázaro e um pouco antes da
última ceia e do lava-pés.
São João Crisóstomo escreve: “Tendo
André permanecido com Jesus e aprendido com ele, não escondeu o tesouro só para
si mas correu à procura do seu irmão para fazê-lo participar da sua descoberta.
Demonstra assim o valor do Mestre que o persuadira, como também o zelo daqueles
que, desde o princípio, já estavam atentos”. Eis o dinamismo fundamental da
missão cristã.
No evangelho que ilumina esta festa
memorável, André e Pedro, sendo atentos por profissão – eram experientes
pescadores! – reconhecem naquele pregador itinerante que vinha de Nazaré a
promissora novidade que as sagradas escrituras anunciavam. Eles deixaram
imediatamente seus barcos e suas redes e seguiram Jesus, pois se descortinou
diante deles uma missão intransferível e inadiável.
Eles descobriram que a nobreza de um
pescador está em se lançar nos mares do mundo para atrair, reunir e inserir as
pessoas no Reino de Deus, na dinâmica que leva à vida abundante. Como o mar,
que se apresenta calmo ou revolto, convidativo ou assustador, o campo da missão
tem seus desafios, possibilidades e riscos de fracasso. Mas eles não esboçam
sequer um sinal de dúvida diante do convite de Jesus. Que eles nos estimulem a
conhecer, acolher e aderir a Jesus.
André e Pedro, assim como os outros apóstolos, não mudam
apenas de ofício: de pescadores a discípulos missionários. Eles também mudam de
endereço e constituem uma nova pertença: deixam o pai, passam a viver com Jesus
e a ter as estradas como endereço e, como nova família, a comunidade dos
discípulos missionários. A novidade anunciada por Jesus começa a ser realidade
na comunidade dos discípulos.
Meditação:
§ Procure colocar-se na cena,
à beira do lago, acompanhando os pescadores, visualizando Jesus que se aproxima
e observa
§ Observe como Jesus demonstra
apreço por aqueles quatro trabalhadores da pesca, e valoriza a experiência
deles
§ Veja Jesus chamando-os,
escute Jesus chamando você hoje, e procure dar sua resposta pronta e integral,
como fizeram eles
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