Os poderes e
tronos passarão, mas o Evangelho de Jesus permanecerá | 546 |29. 11.2024 | Lucas 21,29-33
Faltam dois dias para concluirmos o
ano litúrgico, e, no penúltimo trecho do nosso conhecido “discurso
escatológico” que Jesus pronunciou em pleno templo. Por mais que sua linguagem
nos assuste, Jesus fala do fim de um tempo, de um mundo, e do começo de outro
mundo e de outro tempo, muito melhores: o tempo em que o Reino de Deus
se mostra mais claramente e mais ativamente.
Depois de falar simbolicamente de sinais nos céus e na terra, de
divisões e traições nos círculos mais íntimos das nossas relações, de ocupação
e destruição de Jerusalém e do seu templo por povos pagãos, Jesus recorre a uma
metáfora (o rebrote das árvores anunciando nova estação) para dizer que tudo
isso é sinal jubiloso de algo bom que se desenha no horizonte e que está
pedindo para nascer.
Na verdade, os acontecimentos e sinais históricos ou imaginários aos
quais Jesus se refere são sinais e antecipações proféticas do fim de uma
história: a história feita pelos grandes e poderosos, de cima para baixo, com
recurso ao poder e à intimidação, assegurando privilégios a uns poucos e
excluindo ou perseguindo as maiorias. E o Reino de Deus está cada vez mais perto,
e vem para reverter tudo isso! O Reino de Deus não é um território, nem uma
nova autoridade, mas relações novas.
Jesus convoca seus discípulos e discípulas de todos os tempos e
quadrantes a acompanhar atentamente estes acontecimentos e a discernir neles os
sinais do Reino que está em gestação, agindo como fermento na massa, como
semente enterrada no chão e como sal nos alimentos. Como os brotos novos da
figueira prenunciam a proximidade e a certeza da chegada do verão, há sinais
anunciando a certeza e a iminência do Reino de Deus.
Aqueles que rejeitam e perseguem
Jesus e seus discípulos (“esta geração”) verão estupefatos a novidade
acontecendo, e eles sim devem temer. A Boa Notícia de Deus, que Jesus encarna e
anuncia, é segura e estável apenas para quem, como Jesus, põe nele a sua
confiança e tem nele o seu escudo. O Reino de Deus (a nova humanidade, os novos
céus e a nova terra) é mais seguro e estável que o templo, mais que o
firmamento, mais que os alicerces da terra. Deus ama o direito e a justiça e
defende os pobres e indefesos: essa é a Palavra que nos dá alento e que jamais
passará.
Meditação:
§ Leia atentamente esta cena e as palavras de
Jesus, dando atenção à metáfora dos brotos de figueira
§ Você mantém a esperança em um país, o mundo e
uma Igreja melhores, ou já “entregou os pontos” e não crê em mais nada?
§ Você consegue identificar pequenos sinais da
manifestação certa e segura do Reino de Deus em nosso meio?
§ Onde você encontra as forças que necessita para
continuar lutando e sonhando em meio às dificuldades?
Um comentário:
Por Meio D Deus ,Noss Senhor Jesus Cristo. Que Nós Anima Com Nossa. Fé Nós Sejamos felizes Amém.
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