segunda-feira, 10 de maio de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 384

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 384

Dia 11/05/2021 | 6ª Semana da Páscoa | Terça-feira

Evangelho segundo João (16,5-11)

(1)     Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se cantando o mantra: Louvarei a Deus seu nome bendizendo; louvarei a Deus, à vida nos conduz!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-aYxTsYWn5Q)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de João 16,5-11

·      Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·      Este diálogo de Jesus com seus discípulos está ambientando no contexto da ceia de despedida e o lava-pés, e faz parte do seu “testamento”

·      O diálogo é precedido pelo anúncio do paixão e morte de Jesus e do envio do Espírito como guia, defensor e pedagogo da comunidade cristã

·      É uma advertência dramática sobre a oposição que os discípulos/las sofrerão e uma promessa alentadora do envio de um Defensor

·      O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Coloque-se em meio aos discípulos, perturbados com o gesto extremo de fraternidade de Jesus, com o anúncio da sua morte e com a previsão da oposição que sofreriam para continuar a missão de Jesus

·      Você percebe, também hoje, sinais de oposição e resistência à missão dos seguidores/as de Jesus? Como e onde estes sinais aparecem?

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·    Tome consciência das incompreensões, resistências e oposições que os cristãos coerentes enfrentam neste grave momento da conjuntura política nacional, por se oporem às mentiras e disfarces dos grupos saudosos da tranquilidade da “casa grande” às custas da insegurança da “senzala”

·    Reze, abrindo-se à ação defensora e inspiradora do Espírito de Jesus

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    Como e onde você pode encontrar um apoio evangélico para se manter na caminhada, fiel ao caminho indicado por Jesus?

·    De que modo você poderia consolar e apoiar cristãos que sofrem incompreensões e perseguições por causa da fidelidade ao caminho de Jesus e à missão de anunciar o Reino e denunciar aquilo que se opõe a ele?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Medite e reze com canção paulina: “Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado! Jesus Cristo é quem falou... Aleluia! Aleluia!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ucsNGlBPWJI)

·    Apague a vela e termina seu momento de oração

Algumas pistas sobre João 16,5-11

Nesta semana que antecede a solenidade da Ascensão de Jesus, meditamos trechos do afetuoso diálogo de Jesus com seus discípulos. Pressentindo a iminência da sua prisão e condenação, Jesus faz questão de sublinhar que sua “saída” para o Pai, por quem foi enviado e em cujo nome falou e agiu, fará bem para o amadurecimento dos/as discípulos/as. Ele vai para voltar como inspiração, força e defesa.

Os/as discípulos/as não entendem como a paixão e morte de Jesus pode ser sua volta ao Pai e a plena e fiel presença do Pai nas dores da humanidade e nas encruzilhadas da história. Toda explicação parece-lhes supérflua. A separação continua a ser vista como escandalosa e definitiva, e por isso são acossados pelo medo e pela tristeza. Eles não conseguem entender o mistério da semente.

Como eles, precisamos entender que o envio do Espírito de Deus e a sua assimilação na caminhada de discípulos/as missionários/as depende da paixão e morte de Jesus. Sem a cruz, o Espírito seria entendido apenas em parte, privado do seu núcleo vivo que é o amor extremo, capaz de fazer descer aos infernos para regenerar o humano em nós. O Espírito é entrega generosa de si, sem “se” e sem “mas”.

Recebendo o Espírito e deixando-nos guiar por ele, passamos de uma visão de Jesus como simples “modelo de vida” para a fonte dinâmica de vida que se manifesta nele. Nele, por ele e com ele somos capazes de reconhecer no mistério da cruz tanto a manifestação da violência destruidora como do amor infinito e apaixonado de Deus Pai e do “Filho do Homem”.

O Espírito/Defensor que recebemos do Pai por Jesus move um processo contrário àquele que vitimou Jesus e condena seus discípulos/as: os/as condenados/as são inocentes, e os/as juízes/as que os condenam são os/as verdadeiros/as criminosos/as. O chefe deste mundo – personificado no grupo que dirige o judaísmo, condena Jesus e excomunga seus discípulos – não tem nenhum poder sobre os/as seguidores/as de Jesus. São livres de si mesmos/as e de tudo para amar.

 (Itacir Brassiani msf)

Pensamento do Papa Paulo VI sobre Maria

A Igreja traduz as relações que a unem a Maria em muitas atitudes diversas e eficazes: em veneração profunda, quando reflete na dignidade singular da Virgem Santíssima; em amor ardente, quando considera a maternidade espiritual de Maria; em invocação confiante, quando experimenta a necessidade de intercessão da sua advogada e auxiliadora; em serviço amoroso, quando descobre na humilde Serva do Senhor a Rainha da misericórdia; em imitação operosa, quando contempla a santidade e as virtudes da cheia de graça; em admiração comovida, quando vê nela o que ela deseja e espera com alegria ser; em estudo atento, quando vislumbra na cooperadora do Redentor a antecipação do seu futuro". (Marialis Cultus, § 22)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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