quarta-feira, 26 de maio de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 400

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 400

Dia 27/05/2021 | 8ª Semana Comum | Quinta-feira

Evangelho segundo Marcos (10,46-52)

(1)     Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se cantando o mantra: Tua Palavra é luz do meu caminho!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de Marcos 10,46-52

·      Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·      Jesus se aproxima de Jerusalém, e os discípulos continuam surdos ao seu ensino, obcecados pelo brilho dos grandes e dos chefes do império

·      Já nos subúrbios da capital, Jesus é interpelado por um entre os muitos cegos que mendigavam uma ajuda aos piedosos peregrinos

·      Sua condição social fica clara tanto no nome (“filho da impureza”), como na sua condição de mendigo e de ficar à margem da estrada

·      Ouvindo que Bartimeu grita por compaixão, Jesus para e pede “o que quer que eu faça por você?”, a mesma pergunta que fez a Tiago e João

·      Os discípulos pediram status e privilégio, mas Bartimeu pede a capacidade de ver, reconhecer Jesus e segui-lo como discípulo

·      O que a Palavra de Deus diz em si mesma?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Recomponha a cena, relendo as sucessivas cenas, gesto por gesto, palavra por palavra, percebendo os sentimentos mais profundos

·      Observe bem o papel de protagonista do cego mendigo, enumere as ações que ele realiza (os verbos que as descrevem)

·      Você percebe a diferença radical entre aquilo que Tiago e João pedem e aquilo que o mendigo Bartimeu pede a Jesus?

·      Bartimeu é o primeiro personagem a chamar Jesus de “filho de Davi”; as palavras que você usa para se dirigir a Jesus falam de que?

·      Qual é seu desejo mais profundo, que queima suas entranhas, e pelo qual você seria capaz de deixar tudo o mais?

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·    Repita várias vezes: Jesus de Nazaré, tem compaixão de mim! Que eu possa ver de novo, e seguir-te pelo caminho!

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    O que geralmente pedimos a Jesus, nosso Senhor? Será que temos noção daquilo que pedimos? É compatível com o reino de Deus?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Medite e reze com o cântico de Maria: “Minha alma dá glórias ao Senhor!” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=LyT4THCudeo)

·    Apague a vela e termina seu momento de oração

Algumas pistas sobre Marcos 10,46-52

Jesus está na última etapa do seu caminho de “subida” a Jerusalém. Jericó fica a poucos quilômetros da capital cantada e idealizada, está na área suburbana. Os mendigos, dependentes das intensas e constantes peregrinações populares, aparecem cada vez mais frequentemente. Por outro lado, os discípulos continuam cegos e fechados à proposta de Jesus, e os ricos desertam desanimados com as exigências.

O cego e mendigo Bartimeu, cujo nome significa literalmente “filho da impureza”, “sujo”, ou “impuro”. Enquanto os discípulos, que pensam enxergar bem e acompanham Jesus pelo caminho, o cego e mendigo está fixo à terra e depende da boa vontade dos peregrinos; enquanto os discípulos imaginam esperam que Jesus seja um messias poderoso e vitorioso, o mendigo o invoca no horizonte de um messianismo popular, identificado com a causa dos pobres (“filho de Davi”).

E mais ainda: Jesus faz a mesma pergunta ao cego e aos filhos de Zebedeu, mas enquanto Tiago, João e, provavelmente, todos os outros 10, desejam e pedem privilégios, o mendigo e cego deseja e pede unicamente que seus olhos se abram. O jovem rico não é capaz de distribuir seus bens para seguir Jesus, enquanto que Bartimeu abandona o manto, o único bem que possuía, e põe-se a caminho. Os ricos e nobres acabam sendo os últimos, enquanto os pobres e “sujos” ocupam são os primeiros a seguir Jesus.

Bastimeu é um personagem oposto ao jovem rico, e é o absoluto protagonista nesta cena: grita, torna a gritar, não obedece quando querem que ele se cale, faz Jesus parar, desfaz-se do manto, dá um pulo, põe-se de pé, dialoga, pede, e caminha. Por isso, ele é uma metáfora de toda pessoa habitada pelo desejo de ver e conhecer, um modelo ideal ou paradigma de discípulo. E, de tabela, é também um “teólogo popular”, pois, mesmo cego, reconhece em Jesus o herdeiro de Davi, e invoca a compaixão daquele que representa o líder popular que sabe o que significa ser suspeito, excluído e marginalizado, inclusive pelo pai e pelos irmãos maiores.

(Itacir Brassiani msf)

Ensinamento da Igreja sobre Maria

Cada elemento do rosário tem a sua índole própria, e isso deve refletir-se na recitação: será grave e implorante, na Oração Dominical; lírica e laudativa, no transcorrer calmo das Ave-Marias; contemplativa, na reflexão atenta sobre os mistérios; e adorante na doxologia. E isto em todas as maneiras de recitação: privadamente, comunitariamente ou em família, por vários fiéis reunidos em grupo, publicamente, em encontros da comunidade eclesial". (Papa Paulo VI, Marialis Cultus, § 48)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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