Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 402
Dia 29/05/2021 | 8ª Semana Comum | Sábado
Evangelho segundo Marcos (11,27-33)
(1) Coloque-se em atitude de oração
·
Escolha um momento adequado e
tranquilo/a para a meditação
·
Escolha o lugar no qual você se sinta
bem e não seja interrompido
·
Busque uma posição corporal que lhe
ajude a concentrar-se
·
Acenda uma vela, e tome a bíblia em
suas mãos
·
Tome consciência de si mesmo/a e do
momento que vivemos
·
Faça silêncio interior e ative o
desejo de ouvir a Palavra de Deus
·
Prepare-se cantando o mantra: “Tua Palavra é luz do meu
caminho!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Marcos 11,27-33
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Para Jesus, o templo de
Jerusalém estava contra Deus, e Deus não precisa dele: ele se faz presente onde
dois ou três se reúnem em nome dele
· Por isso, ele volta ao
templo, mas não para participar do culto: para continuar sua missão de
desmascarar e deslegitimar seus controladores
· Questionado pelas
autoridades que haviam decidido mata-lo, Jesus não se dá por rogado, e responde
com outra pergunta
· Trazendo para a arena do
debate a figura incômoda de João Batista, Jesus acaba forçando-as a revelar o
medo, a covardia e a fraqueza deles
· O movimento que nasce de
Jesus e continua sua missão prescinde de templos, pois deus habita na
comunidade ética dos irmã/os
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Recomponha o episódio,
relendo a cena, percebendo a tensão e a hipocrisia, penetrando nas intenções
disfarçadas das autoridades
· Você consegue perceber
como Jesus assume uma postura de relativização do templo, das autoridades e de
todas as instituições oficiais?
· Por que os cristãos
perdemos ou menosprezamos a dimensão profética e libertária da nossa fé, que
relativiza instituições e autoridades?
· Qual poderia ser a
reação dos cristãos de hoje diante de uma liderança religiosa que respondesse
como Jesus aos questionamentos oficiais?
· Onde ou em que você
fundamenta ou legitima sua autoridade para criticar a ordem social e anunciar
que um outro mundo é possível?
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
· Peça a Jesus um pouco da
sua lucidez profética, da sua coragem de enfrentar autoridades sem nenhuma
autoridade e autonomia
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como manter viva a voz
profética que se espera da comunidade de discípulos/as missionários/as de Jesus
no Brasil de hoje?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos,
iluminai-nos e congregai-nos!
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite
e reze com o cântico de Maria: “Minha
alma dá glórias ao Senhor!” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=LyT4THCudeo)
· Apague
a vela e termina seu momento de oração
Algumas pistas sobre Marcos 11,27-33
Vemos que as diversas cenas do
evangelho de ontem são uma contundente crítica ao templo como centro simbólico
da ordem social judaica. Na sua ação mais direta, Jesus expulsa os vendedores,
derruba as mesas dos cambistas, proíbe qualquer movimento e ensina. Na prática,
Jesus denuncia a rapina que o templo encobre e patrocina, e paralisa suas
atividades.
Para Jesus, sistema do templo deve
ser mudado, por mais que apareça como sólido e piedoso; o mundo pode ser
refeito, por mais que as elites digam que é o melhor dos mundos possíveis. Por
isso, entendendo muito bem onde Jesus queria chegar, as autoridades do templo
decidem matar Jesus. Mas nem isso o intimida, e ele volta ao templo.
Ali é imediatamente interceptado e
questionado pela classe dirigente e controladora do templo. Sumos sacerdote,
escribas e anciãos são a máxima autoridade na terra, e controlam o Sinédrio,
conselho que julga as questões religiosas e políticas. Como eles se entendem a
autoridade máxima, questionam a autoridade de Jesus para criticar aquilo que
eles autorizam e eles mesmos fazem. Eles já haviam suspeitado de que jesus
tinha pacto com o diabo.
A pergunta que dirigem a Jesus não
tem sequer uma pitada de boa vontade, de desejo de saber. Querem armar uma
arapuca. E Jesus também não responde, senão apresentando outra pergunta como
réplica. Eles se recusaram a responder, mas o evangelista desnuda os motivos do
silêncio: por mais que se mostrem poderosos, eles têm medo do povo; e evitam se
auto incriminar pela omissão frente à morte de João Batista.
Jesus não aposta nenhuma ficha neste
diálogo estéril e nessa discussão sobre suas credenciais. E é suficientemente
perspicaz para não produzir a prova que eles esperam para condená-lo. Não
adianta argumentar para quem decidiu não entender. Até porque Jesus não
reconhecia a eles nenhuma autoridade, mas apenas hipocrisia, rapinagem e
exploração dos mais vulneráveis e humildes em nome da religião. E ele fala,
ensina, critica, denuncia e age em nome do Deus vivo.
(Itacir Brassiani msf)
Ensinamento da
Igreja sobre Maria
“A piedade da Igreja para com a bem-aventurada Virgem Maria é
elemento intrínseco do culto cristão. Essa veneração que a Igreja tem vindo a prestar à Mãe do
Senhor, em todos os lugares e em todos os tempos, desde a saudação com que Isabel
a bendiz até as expressões de louvor e de súplica da nossa época, constitui um excelente testemunho da
sua norma de oração e
um convite a reavivar nas consciências a sua norma de fé". (Papa Paulo VI, Marialis
Cultus, § 66)
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a
Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo
nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a
vida do mundo.
Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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