sexta-feira, 28 de maio de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 402

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 402

Dia 29/05/2021 | 8ª Semana Comum | Sábado

Evangelho segundo Marcos (11,27-33)

(1)     Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se cantando o mantra: Tua Palavra é luz do meu caminho!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de Marcos 11,27-33

·      Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·      Para Jesus, o templo de Jerusalém estava contra Deus, e Deus não precisa dele: ele se faz presente onde dois ou três se reúnem em nome dele

·      Por isso, ele volta ao templo, mas não para participar do culto: para continuar sua missão de desmascarar e deslegitimar seus controladores

·      Questionado pelas autoridades que haviam decidido mata-lo, Jesus não se dá por rogado, e responde com outra pergunta

·      Trazendo para a arena do debate a figura incômoda de João Batista, Jesus acaba forçando-as a revelar o medo, a covardia e a fraqueza deles

·      O movimento que nasce de Jesus e continua sua missão prescinde de templos, pois deus habita na comunidade ética dos irmã/os

·      O que a Palavra de Deus diz em si mesma?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Recomponha o episódio, relendo a cena, percebendo a tensão e a hipocrisia, penetrando nas intenções disfarçadas das autoridades

·      Você consegue perceber como Jesus assume uma postura de relativização do templo, das autoridades e de todas as instituições oficiais?

·      Por que os cristãos perdemos ou menosprezamos a dimensão profética e libertária da nossa fé, que relativiza instituições e autoridades?

·      Qual poderia ser a reação dos cristãos de hoje diante de uma liderança religiosa que respondesse como Jesus aos questionamentos oficiais?

·      Onde ou em que você fundamenta ou legitima sua autoridade para criticar a ordem social e anunciar que um outro mundo é possível?

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·    Peça a Jesus um pouco da sua lucidez profética, da sua coragem de enfrentar autoridades sem nenhuma autoridade e autonomia

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    Como manter viva a voz profética que se espera da comunidade de discípulos/as missionários/as de Jesus no Brasil de hoje?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Medite e reze com o cântico de Maria: “Minha alma dá glórias ao Senhor!” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=LyT4THCudeo)

·    Apague a vela e termina seu momento de oração

Algumas pistas sobre Marcos 11,27-33

Vemos que as diversas cenas do evangelho de ontem são uma contundente crítica ao templo como centro simbólico da ordem social judaica. Na sua ação mais direta, Jesus expulsa os vendedores, derruba as mesas dos cambistas, proíbe qualquer movimento e ensina. Na prática, Jesus denuncia a rapina que o templo encobre e patrocina, e paralisa suas atividades.

Para Jesus, sistema do templo deve ser mudado, por mais que apareça como sólido e piedoso; o mundo pode ser refeito, por mais que as elites digam que é o melhor dos mundos possíveis. Por isso, entendendo muito bem onde Jesus queria chegar, as autoridades do templo decidem matar Jesus. Mas nem isso o intimida, e ele volta ao templo.

Ali é imediatamente interceptado e questionado pela classe dirigente e controladora do templo. Sumos sacerdote, escribas e anciãos são a máxima autoridade na terra, e controlam o Sinédrio, conselho que julga as questões religiosas e políticas. Como eles se entendem a autoridade máxima, questionam a autoridade de Jesus para criticar aquilo que eles autorizam e eles mesmos fazem. Eles já haviam suspeitado de que jesus tinha pacto com o diabo.

A pergunta que dirigem a Jesus não tem sequer uma pitada de boa vontade, de desejo de saber. Querem armar uma arapuca. E Jesus também não responde, senão apresentando outra pergunta como réplica. Eles se recusaram a responder, mas o evangelista desnuda os motivos do silêncio: por mais que se mostrem poderosos, eles têm medo do povo; e evitam se auto incriminar pela omissão frente à morte de João Batista.

Jesus não aposta nenhuma ficha neste diálogo estéril e nessa discussão sobre suas credenciais. E é suficientemente perspicaz para não produzir a prova que eles esperam para condená-lo. Não adianta argumentar para quem decidiu não entender. Até porque Jesus não reconhecia a eles nenhuma autoridade, mas apenas hipocrisia, rapinagem e exploração dos mais vulneráveis e humildes em nome da religião. E ele fala, ensina, critica, denuncia e age em nome do Deus vivo.

(Itacir Brassiani msf)

Ensinamento da Igreja sobre Maria

A piedade da Igreja para com a bem-aventurada Virgem Maria é elemento intrínseco do culto cristão. Essa veneração que a Igreja tem vindo a prestar à Mãe do Senhor, em todos os lugares e em todos os tempos, desde a saudação com que Isabel a bendiz até as expressões de louvor e de súplica da nossa época, constitui um excelente testemunho da sua norma de oração e um convite a reavivar nas consciências a sua norma de fé". (Papa Paulo VI, Marialis Cultus, § 66)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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