quinta-feira, 6 de maio de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 380

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 380

Dia 07/05/2021 | 5ª Semana da Páscoa | Sexta-feira

Evangelho segundo João (15,12-17)

(1)     Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se cantando: Tua Palavra é luz do meu caminho...” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de João 15,12-17

·      Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·      Também estes versículos fazem parte do “diálogo catequético” de Jesus com seus discípulos sobre o significado da ceia e da cruz

·      Jesus substituiu o grande número de mandamentos e proibições do judaísmo (mais de 600) por um único mandamento: amar como ele

·      Oferecendo-se como paradigma e medida do amor, ele inclui na relação de amor a formação, os alertas, e a companhia no caminho da felicidade

·      Jesus estabelece o amor que dá a própria vida como vértice de toda relação de amor, comunhão e amizade

·      A amizade é uma relação que tem seu fundamento na confiança, constitui a comunidade dos/as discípulos e sustenta a sua missão

·      O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Recorde no coração e deixe ressoar cada expressão ou palavra deste “discurso catequético” de Jesus

·      Medite as diversas passagens da vida de Jesus e procure identificar as expressões mais concretas e fortes do seu amor pelos discípulos

·      Em relação a Jesus, você sente-se mais como servo/a (que obedece mesmo contra a vontade e a razão, por medo) ou como amigo/a, que se relaciona com base na confiança e na estima recíproca?

·      Quais são os frutos mais duradouros da prática do amor na sua família, na sua comunidade e no lugar onde você vive?

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·    Reze agradecendo Jesus Cristo por ter amado e escolhido você como seu irmã/o e discípulo/a e ter lhe confiado seu testamento de amor

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!

·    Medite e reze com canção paulina: “Eu sou a videira, meu pai é o agricultor; vós sois os ramos: permanecei no meu amor!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=sqvAsdm9Nos)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e termina seu momento de oração

Algumas pistas sobre João 15,12-17

Depois da alegoria da videira e dos ramos, Jesus continua seu diálogo formativo com os/as discípulos/as, extraindo as consequências da metáfora da videira: como a circulação da seiva mantém a união vital entre a videira e os ramos, assim também o amor gratuito e generoso assegura a permanência do/a discípulo/a em Jesus e de Jesus nele/a.

Se, para o judeu, os mandamentos eram muitos e pesados (os escribas e doutores da lei haviam colecionado mais de 600 mandamentos que deveriam ser obedecidos!), Jesus não fica nem nos dez, e reduz tudo a um único mandamento: “Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei”. Este é o mandamento que resume toda a lei, a herança deixada por Jesus em testamento e o distintivo da comunidade cristã.

O verbo (ação, relação) amar é mais que mera expressão de um vago sentimento de bem-querer ou filantropia: é uma relação interativa baseada na confiança e focalizada na afirmação da dignidade e no atendimento das necessidades do outro. Também não tem como movente o cumprimento de uma ordem, mas um desejo profundo e intrínseco de dar-se, de ser generoso, de buscar a felicidade fazendo feliz o outro.

Jesus propõe a si mesmo como parâmetro e medida do amor: ele começa nos elegendo e chamando pelo nome, passa a dedicar-se à nossa formação, prepara-nos para as dificuldades, alerta-nos em relação aos riscos, e acompanha-nos “primeireando” no caminho que nos conduz à felicidade verdadeira e duradoura. Em síntese: é nosso amigo, e vive conosco a comunhão no amor.

Na ceia e no lava-pés ele deixou claro que não aceita a relação senhor-servo, e estabeleceu a igualdade radical de todas as pessoas, para além das funções e diferenças. Por isso, ele volta a declarar que nos trata como a amigos, e o vértice da relação de amizade/amor é o dom de si mesmo. Mas o faz “de olho” na continuidade da sua missão, com o desejo de que, vivendo uma relação de amor/amizade, seus discípulos/as deem frutos que permaneçam.

 (Itacir Brassiani msf)

Pensamento do Papa Paulo VI sobre Maria

Maria é a Virgem dada à oração. Assim nos aparece ela na visita à mãe do Precursor, quando o seu espírito se efunde em expressões de glorificação a Deus, de humildade, de fé e de esperança. O Magnificat é a oração por excelência de Maria, o cântico dos tempos messiânicos no qual confluem a exultação do antigo e do novo Israel, como também o júbilo de Abraão, que pressentia o Messias. Este cântico da Virgem Santíssima, na verdade, prolongando-se, tornou-se oração da Igreja inteira, em todos os tempos”. (Marialis Cultus, § 18)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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