domingo, 2 de maio de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 376

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 376

Dia 03/05/2021 | 5ª Semana da Páscoa | Segunda

Evangelho segundo João (14,6-14)

(1)     Coloque-se em atitude de oração 

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se cantando: Tua Palavra é luz do meu caminho...” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de João 14,6-14

·      Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·      Já meditamos essa passagem no último sábado (quem não seguiu a festa de São José Operário) mas hoje ele ilumina a festa de São Filipe e Tiago

·      Filipe (que significa amigo de cavalos) é um dos Doze Apóstolos, homem muito prático, e vem da mesma cidade de Pedro e André (Betsaida)

·      Tiago Menor é filho de Cléofas, não foi seguidor histórico de Jesus nem apóstolo, provavelmente era parente de Jesus e o viu ressuscitado

·      Filipe não consegue entender a opção de Jesus e sua proposta para quem o segue, não consegue ver em Jesus o rosto e as mãos do Pai

·      Jesus insiste nisso, de modo imperativo: “Acreditai-me! Eu estou no Pai e o Pai está em mim! Acreditai ao menos por causa destas mesmas obras!”

·      E conclui com uma promessa (ou ordem?): “Quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores que estas!”

·      O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Recomponha na memória os gestos as palavras desse diálogo de Jesus com os seus discípulos

·      Será que também nós partilhamos da cegueira de Filipe, e não conseguimos reconhecer Deus naquilo que Jesus faz e pede?

·      O que o processo de crescimento e renovação do apóstolo Filipe e do discípulo tardio Tiago nos ensinam hoje?

·      Como podemos nós, em nosso tempo, recriar esta ação de Jesus, inclusive com maior alcance e eficácia?

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·    Reze: Jesus, ajuda-me a reconhecer a ação do Pai em tuas ações, tua presença nos santos e teu rosto no rosto dos meus irmãos e irmãs!

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!

·    Medite e reze com canção paulina: “O Senhor é meu pastor e nada, nada me faltará...” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=7yhNw_Izyp4)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e termina seu momento de oração

Algumas pistas sobre João 14,6-14

Esta passagem faz parte da comovida catequese que Jesus desenvolve logo depois da ceia e do lava-pés, e ilumina a festa litúrgica de São Filipe (apóstolo) e São Tiago (parente de Jesus). Filipe pede que Jesus lhes mostre o Pai. “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta”!

Jesus já havia deixado claro que é nele que temos acesso ao Pai, pois ele é o caminho, a verdade e a vida. Por isso, responde quase que lamentando a dificuldade de Filipe e dos demais: “Se me conheceis, conhecereis também o meu Pai. Há tanto tempo estou convosco e não me conheces? Quem me vê, vê o Pai. Crede, ao menos, por causa destas obras...”

O problema de Filipe é o problema da Igreja, o nosso problema. Custa-nos aceitar que o Deus que revestimos de onipotência e colocamos no altíssimo nos é dado a conhecer nas ações concretas e no corpo de Jesus de Nazaré. Não é que queremos ver mais; queremos ver outras coisas, menos concretas, mais abstratas e passíveis de manipulação; coisas mais doutrinais e menos interpeladoras, como é lavar é os pés dos/as irmã/os, alimentar os famintos, resgatar a cidadania de quem está à margem e dar a vida sem reservas.

O problema continua e se torna mais sério quando e na medida em que queremos dar a impressão de que conhecemos Jesus, e fazemos o possível para impor nossa imagem dele a quem crê diversamente. A tentação da qual não nos livramos é a de fazer Jesus vestir o figurino que de antemão preparamos para ele, de obrigá-lo a fazer aquilo que decidimos em nossas faculdades de teologia e gabinetes doutrinais.

Imagino Jesus dirigindo-se hoje a nós e dizendo em tom de advertência: “Há tanto tempo estou com vocês e vocês não me conhecem!” Crer nele é fazer aquilo que ele faz, prosseguir sua ação libertadora, entrar no caminho da compaixão, armar a tenda dos nossos sonhos e projetos no chão da humanidade ferida e sedenta de vida. O resto é culto às vaidades que passam, serviço aos poderes que oprimem, fuga da responsabilidade que nos tornam humanamente maduros/as.

 (Itacir Brassiani msf)

Pensamento do Papa Paulo VI

A reflexão da Igreja contemporânea sobre o mistério de Cristo e sobre a sua própria natureza, levou-a a encontrar, na base do primeiro e como coroa da segunda, a mesma figura de mulher: a Virgem Maria como Mãe de Cristo e Mãe da Igreja. E o acrescido conhecimento da missão de Maria transmutou-se em veneração perpassada de alegria para com ela, e em respeito de adoração para com o sapiente desígnio de Deus, que colocou na Igreja, a figura de uma mulher, que, em espírito de serviço, vela pelo seu bem e protege na sua caminhada”. (Marialis Cultus, Introdução)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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