Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 376
Dia 03/05/2021 | 5ª Semana da Páscoa | Segunda
Evangelho segundo João (14,6-14)
(1)
Coloque-se em atitude de oração
·
Escolha um momento adequado e
tranquilo/a para a meditação
·
Escolha o lugar no qual você se sinta
bem e não seja interrompido
·
Busque uma posição corporal que lhe
ajude a concentrar-se
·
Acenda uma vela, e tome a bíblia em
suas mãos
·
Tome consciência de si mesmo/a e do
momento que vivemos
·
Faça silêncio interior e ative o
desejo de ouvir a Palavra de Deus
·
Prepare-se cantando: “Tua Palavra é luz do meu caminho...”
(Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de João 14,6-14
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Já meditamos essa
passagem no último sábado (quem não seguiu a festa de São José Operário) mas
hoje ele ilumina a festa de São Filipe e Tiago
· Filipe (que significa
amigo de cavalos) é um dos Doze Apóstolos, homem muito prático, e vem da mesma
cidade de Pedro e André (Betsaida)
· Tiago Menor é filho de
Cléofas, não foi seguidor histórico de Jesus nem apóstolo, provavelmente era
parente de Jesus e o viu ressuscitado
· Filipe não consegue
entender a opção de Jesus e sua proposta para quem o segue, não consegue ver em
Jesus o rosto e as mãos do Pai
· Jesus insiste nisso, de
modo imperativo: “Acreditai-me! Eu estou no Pai e o Pai está em mim! Acreditai
ao menos por causa destas mesmas obras!”
· E conclui com uma
promessa (ou ordem?): “Quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e fará
ainda maiores que estas!”
· O
que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Recomponha na memória os gestos as palavras desse
diálogo de Jesus com os seus discípulos
· Será que também nós partilhamos da cegueira de Filipe,
e não conseguimos reconhecer Deus naquilo que Jesus faz e pede?
· O que o processo de crescimento e renovação do apóstolo
Filipe e do discípulo tardio Tiago nos ensinam hoje?
· Como podemos nós, em nosso tempo, recriar esta ação de
Jesus, inclusive com maior alcance e eficácia?
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
· Reze: Jesus, ajuda-me a
reconhecer a ação do Pai em tuas ações, tua presença nos santos e teu rosto no
rosto dos meus irmãos e irmãs!
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos,
iluminai-nos e congregai-nos!
· Medite
e reze com canção paulina: “O
Senhor é meu pastor e nada, nada me faltará...” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=7yhNw_Izyp4)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Apague
a vela e termina seu momento de oração
Algumas pistas sobre João 14,6-14
Esta passagem faz parte da
comovida catequese que Jesus desenvolve logo depois da ceia e do lava-pés, e
ilumina a festa litúrgica de São Filipe (apóstolo) e São Tiago (parente de
Jesus). Filipe pede que Jesus lhes mostre o Pai. “Senhor, mostra-nos o Pai, e
isso nos basta”!
Jesus já havia deixado claro que
é nele que temos acesso ao Pai, pois ele é o caminho, a verdade e a vida. Por
isso, responde quase que lamentando a dificuldade de Filipe e dos demais: “Se
me conheceis, conhecereis também o meu Pai. Há tanto tempo estou convosco e não
me conheces? Quem me vê, vê o Pai. Crede, ao menos, por causa destas obras...”
O problema de Filipe é o problema
da Igreja, o nosso problema. Custa-nos aceitar que o Deus que revestimos de onipotência
e colocamos no altíssimo nos é dado a conhecer nas ações concretas e no corpo
de Jesus de Nazaré. Não é que queremos ver mais; queremos ver outras coisas,
menos concretas, mais abstratas e passíveis de manipulação; coisas mais
doutrinais e menos interpeladoras, como é lavar é os pés dos/as irmã/os,
alimentar os famintos, resgatar a cidadania de quem está à margem e dar a vida
sem reservas.
O problema continua e se torna
mais sério quando e na medida em que queremos dar a impressão de que conhecemos
Jesus, e fazemos o possível para impor nossa imagem dele a quem crê
diversamente. A tentação da qual não nos livramos é a de fazer Jesus vestir o
figurino que de antemão preparamos para ele, de obrigá-lo a fazer aquilo que
decidimos em nossas faculdades de teologia e gabinetes doutrinais.
Imagino Jesus dirigindo-se hoje a
nós e dizendo em tom de advertência: “Há tanto tempo estou com vocês e vocês
não me conhecem!” Crer nele é fazer aquilo que ele faz, prosseguir sua ação
libertadora, entrar no caminho da compaixão, armar a tenda dos nossos sonhos e
projetos no chão da humanidade ferida e sedenta de vida. O resto é culto às
vaidades que passam, serviço aos poderes que oprimem, fuga da responsabilidade
que nos tornam humanamente maduros/as.
(Itacir Brassiani msf)
Pensamento do
Papa Paulo VI
“A reflexão da Igreja contemporânea sobre o mistério de Cristo e
sobre a sua própria natureza, levou-a a encontrar, na base do primeiro e como
coroa da segunda, a mesma figura de
mulher: a Virgem Maria como Mãe de
Cristo e Mãe da Igreja. E o acrescido conhecimento da missão de Maria transmutou-se em veneração perpassada de
alegria para com ela, e em respeito
de adoração para com o sapiente desígnio de Deus, que colocou na Igreja, a
figura de uma mulher, que, em espírito de serviço, vela pelo seu bem e protege
na sua caminhada”. (Marialis
Cultus, Introdução)
Leitura Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a
Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo
nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a
vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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