quarta-feira, 5 de maio de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 379

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 379

Dia 06/05/2021 | 5ª Semana da Páscoa | Quinta

Evangelho segundo João (15,9-11)

(1)     Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se cantando: Tua Palavra é luz do meu caminho...” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de João 15,9-11

·      Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·      Também estes versículos fazem parte da “catequese mistagógica” de Jesus para iniciar seus discípulos no significado da ceia e da cruz

·      A comunhão de vontade e de ação de Jesus com o Pai se expressa no verbo amar, que ele conjuga e vive em todos os tempos e modos

·      O enraizamento e a permanência de Jesus no amor do Pai se concretiza na vivência dos seus mandamentos de cuidar da vida de todos/as

·      O enraizamento e a permanência dos/as discípulos/as no amor de Jesus se expressa nas múltiplas ações de respeito e afirmação das pessoas

·      Essa dupla permanência – o/a discípulo/a em Jesus e Jesus nele/a – é a alegria verdadeira e a felicidade duradoura

·      O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Recorde no coração e deixe ressoar cada expressão ou palavra deste breve discurso de Jesus

·      Medite as diversas passagens da vida de Jesus e procure identificar quando e como Deus manifesta seu amor por Jesus

·      O que fazemos para permanecer no amor de Jesus, e para que ele permaneça em nós?

·      Quando e como experimentamos aquela alegria que não se opõe ao cansaço e à dor, mas realiza aquilo que somos chamados/as a ser?

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·    Reze pede pedindo a graça de permanecer profundamente unido a Jesus e ao seu mandamento, amando como ele ama você

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    O que precisamos mudar na nossa ideia de Deus, para purifica-la de tudo o que não se liga à ação de amar e libertar?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!

·    Medite e reze com canção paulina: “Eu sou a videira, meu pai é o agricultor; vós sois os ramos: permanecei no meu amor!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=sqvAsdm9Nos)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e termina seu momento de oração

Algumas pistas sobre João 15,9-11

Depois da alegoria da videira e dos ramos, Jesus continua sua catequese, extraindo as consequências da imagem que usou: como o Pai me amou, eu também amei vocês; eu permaneci no amor do Pai levando a sérios seus mandamentos; vocês permanecerão no meu amor se guardarem meus mandamentos; assim, minha alegria estará em vocês, e será completa.

Eis como Jesus concretizou o amor: acolheu pecadores e resgatou a dignidade deles; compadeceu-se dos famintos e multiplicou pães e peixes para eles; comoveu-se com o sofrimento dos doentes e deu-lhes condições de plena cidadania; aproximou-se das pessoas excluídas e sentou-se com elas à mesa; tomou a defesa de mulheres condenadas excluídas pelos próprios homens que as usavam; perdoou e acolheu os/as pecadores/as e estrangeiros/as...

Jesus diz que nos ama na mesma dinâmica e com a mesma intensidade com que é amado pelo seu e nosso Pai. E é nessa força e nesse espírito que somos chamados/as e capacitados para amar. O amor de Deus, que se tornou visível em Jesus Cristo, se torna em nós dom e mandamento. “O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros assim como eu amei vocês”.

Mas o amor não se confunde com o sentimento, que é sempre involuntário, e se impõe sobre a vontade. O amor está no horizonte da vontade, da decisão e da ação que nos faz próximos e solidários de quem é diferente e precisa de nós. Amar significa bem-querer, bem-dizer e bem-fazer, tudo ao mesmo tempo. Amamos por vontade, palavras e ações.

Jesus apresenta a si mesmo como medida e referência do amor: “Amem-se uns aos outros assim como eu amei vocês”. Com isso, ele quer nos libertar da tentação de colocar nossos desejos como referência para todas as relações. O amor se concretiza no relacionamento de igual para igual, na abolição de hierarquias, senhorios e servidões, na atitude de serviço gratuito e irrestrito. O próprio Jesus não nos trata como servos/as mas como iguais, pois não reserva nada para si mesmo, e comunicar tudo significa confiar irrestritamente.

 (Itacir Brassiani msf)

Pensamento do Papa Paulo VI sobre Maria

Maria é a Virgem que sabe ouvir, que acolhe a palavra de Deus com fé. Fé que foi para ela prelúdio e caminho para a maternidade divina. Acreditando, deu à luz Aquele que, acreditando, concebera. Recebida do Anjo a resposta à sua dúvida, Ela, cheia de fé e concebendo Cristo na sua mente, antes de o conceber no seu seio, disse: "Eis a serva do Senhor!” Fé com a qual ela, protagonista e testemunha singular da Encarnação, reconsiderava os acontecimentos da infância de Cristo, confrontando-os entre si, no íntimo do seu coração”. (Marialis Cultus, § 17)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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