terça-feira, 18 de maio de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 392

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 392

Dia 19/05/2021 | 7ª Semana da Páscoa | Quarta

Evangelho segundo João (17,11-19)

(1)     Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se cantando o mantra: A Bíblia é a Palavra de Deus semeada no meio do povo...” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=YFog2GYsmJE)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de João 17,11-19

·      Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·      Este texto é a segunda parte da oração de Jesus pelos seus discípulos, um pouco antes da sua prisão, ou livre entrega de si

·      Esta oração está ligada à catequese de Jesus fez depois da ceia de despedida, na qual pede ao Pai que se realize a salvação pela sua entrega

·      Nela Jesus fala da união daqueles que creem nele e da consagração dos/as discípulos/as à continuidade da missão à qual ele se dedicou

·      Em sua caminhada nas terras palestinas, Jesus cuidou ternamente dos seus discípulos/as e, agora, pede que o Pai cuide deles

·      O que a Palavra de Deus diz em si mesma?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Situe-se junto de Jesus, compartilhe seus sentimentos, e entre com ele no espírito da oração

·      Perceba como ele pede, com serenidade e insistência, pelos/as discípulos/as – por nós! – que o Pai confiou a ele

·      O que significa concretamente hoje “ficar no mundo” ou “ser enviado ao mundo”, mas sem “ser do mundo”?

·      Como isso pode estimular e dirigir as relações ecumênicas?

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·    Repita pausadamente, e deixe que ressoem em você as palavras da derradeira oração de Jesus antes da sua entrega à paixão

·    Reze com as palavras de Jesus, sem esquecer as vítimas da pandemia e a semana de oração pela unidade dos cristãos

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    Como a forma e o conteúdo da oração de Jesus pelos que o seguem pode instruir nossa oração pessoal e familiar?

·    Que invocações o próprio Jesus acrescentaria no contexto da morte e de cinismo que golpeia e envergonha os brasileiros/as?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Medite e reze com canção paulina: “Ide pelo mundo, evangelizai!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=S5IJ9rDdGTw)

·    Apague a vela e termina seu momento de oração

Algumas pistas sobre João 17,11-19

Estando prestes a fazer a travessia da cruz, e conhecendo a fragilidade e a grandeza de coração daqueles/as que decidiram segui-lo, Jesus pede ao Pai que seja guarda e protetor dos/as discípulos, especialmente na sua ausência e no enfrentamento das perseguições. “Pai santo, guarda-os em teu nome. Quando eu estava com eles, guardava-os em teu nome. E guardei-os, e nenhum deles se perdeu”.

Mas Jesus pede mais ao Pai! Ele não deseja apenas que sejamos protegidos por uma espécie de grande mãe ou grande pai, mas que a alegria dele se realize plenamente em nós. E essa alegria plenamente realizada consiste na vivência do amor generoso e incondicional com o qual ele ama a todos/as, na capacidade de doar-se sem medidas, no empenho para viver uma união de vontades e metas tão forte como aquela que une Jesus ao Pai. É a alegria de saber-se amado/a pelo Pai.

Por isso mesmo, a proteção e o cuidado que ele pede ao Pai pelos seus discípulos/as não significa tirá-los do mundo e eliminar os desafios e exigências da missão. Recebendo o Espírito, seus seguidores/as rompem com a lógica do mundo, mas a missão testemunhal os insere no mundo como uma comunidade alternativa. A perfeita união de vontades e de projeto é o pressuposto e a meta da missão, e, ao mesmo tempo, a vacina que elimina relações de dominação. E esta vacina não nos vem da China, da Índia ou da Inglaterra, mas do Espírito Santo de Deus.

Jesus também chama o Pai de “santo”, e fala de consagração de si mesmo e dos/as discípulos/as. Santidade significa aqui ruptura e distanciamento do mundo e da sua lógica de indiferença e dominação. Jesus e quem o segue são consagrados/separados para a prática do amor, a verdade que vem de Deus. São separados/as para serem enviados/as em missão no mundo, para servir à humanidade. E a bússola que nos mantém no caminho correto é a Palavra de deus. E o culto verdadeiro ao Deus verdadeiro é sempre serviço ao Homem. Nisso, Jesus não nos dá apenas o exemplo, mas também a força, o Espírito que nos move.

 (Itacir Brassiani msf)

Ensinamento da Igreja sobre Maria

A mulher contemporânea, desejosa de participar com poder de decisão nas opções da comunidade, contemplará com íntima alegria Maria, que, assumida para o diálogo com Deus, dá o seu consentimento ativo e responsável; verificará que Maria de Nazaré, apesar de abandonada à vontade do Senhor, longe de ser uma mulher passivamente submissa ou de uma religiosidade alienante, foi uma mulher que não duvidou em afirmar que Deus é vingador dos humildes e dos oprimidos e derruba dos seus tronos os poderosos do mundo". (Papa Paulo VI, Marialis Cultus, § 37)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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