quarta-feira, 19 de maio de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 393

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 393

Dia 20/05/2021 | 7ª Semana da Páscoa | Quinta

Evangelho segundo João (17,20-26)

(1)     Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se cantando o mantra: A Bíblia é a Palavra de Deus semeada no meio do povo...” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=YFog2GYsmJE)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de João 17,20-26

·      Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·      Este texto é a última parte da oração de Jesus pelos seus discípulos, e precede sua prisão, condenação e morte

·      Esta oração está ligada a tudo o que Jesus fez e disse depois da ceia de despedida, e um pedido que se realize a salvação pela sua entrega

·      Nela Jesus fala da união dos/as discípulos/as, da continuidade à qual ele se dedicou e daqueles/as que por eles virão a crer

·      Jesus como que derrama seu coração junto ao Pai, falando da sua comunhão visceral com ele e do grande apreço que tem pelos discípulos

·      O que a Palavra de Deus diz em si mesma?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Situe-se junto de Jesus, compartilhe seus sentimentos e pensamentos, e entre com ele no espírito da oração

·      Perceba como ele pede, com serenidade e insistência, pelos/as discípulos/as – por nós! – que ainda viriam a aderir a ele

·      Identifique com clareza o que você, sua família e o povo de Deus mais necessitam hoje e faça seu os pedidos de Jesus

·      Como isso pode estimular e dirigir as relações ecumênicas?

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·    Repita pausadamente, e deixe que ressoem em você as palavras da derradeira oração de Jesus antes da sua entrega à paixão

·    Reze com as palavras de Jesus, sem esquecer as vítimas da pandemia e a semana de oração pela unidade dos cristãos

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    Como a forma e o conteúdo dessa oração de Jesus pode instruir e orientar nossa oração pessoal e familiar?

·    Que invocações o próprio Jesus acrescentaria no contexto da pandemia e cinismo que golpeia e envergonha os brasileiros/as?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Medite e reze com canção paulina: “Ide pelo mundo, evangelizai!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=S5IJ9rDdGTw)

·    Apague a vela e termina seu momento de oração

Algumas pistas sobre João 17,20-26

Os versículos propostos para hoje são a parte final dessa oração dita “sacerdotal” de Jesus, e suas últimas palavras antes da sua prisão, feita com a ajuda de Judas, membro do grupo dos/as discípulos/as. Estando prestes a fazer a travessia da cruz e antevendo a fragilidade e a grandeza dos/as discípulos/as de todos os tempos, Jesus os recomenda ao Pai e pede por eles/as, por nós.

Jesus pede ao Pai tendo diante de si a humanidade inteira e a consciência de que sua missão está chegando ao ápice e ao fim. Ele alarga o horizonte da sua oração, e pede pelos/as futuros discípulos/as, seguro de que neles/as e por eles/as sua missão continuará. É nesta perspectiva que ele insiste na unidade radical, dinâmica e profunda de todos/as aqueles/as que acreditam nele.

A unidade em torno da novidade e da ação de Jesus se baseia no conhecimento e na comunhão recíproca, que por sua vez, é fruto do amor incondicional (“como eu vos amei”). Essa unidade é condição para a união com Deus Pai e alternativa às relações de dominação ou indiferença. Sem essa unidade vivida na comunidade, o próprio Jesus Cristo será visto apenas como um sonhador ou teórico a mais.

A glória que Jesus nos revela e nos transmite não é outra coisa que o dinamismo do amor com que nos amou, prova de que ele foi enviado pelo Pai e força que nos torna filhos/as e irmãs/os. Contemplar essa glória significa reconhecer, acolher e corresponder ao amor que ele manifesta na cruz. O que brilha, o que dá “peso” e relevância, o que resplandece (=glória) é sempre o amor-doação.

Jesus manifesta seu desejo de que os/as discípulos/as estejam com ele, gozem com ele da vida plena e da filiação do Pai. Ele quer que, diante do Pai, sejamos como ele, gozemos com ele do mesmo amor com que o Pai o amou e vivamos em profunda união com ele e com todos/as os/as que nele creem. Ele mesmo se identifica conosco, vive uma união viva e dinâmica com a comunidade que reuniu.

 (Itacir Brassiani msf)

Ensinamento da Igreja sobre Maria

A Virgem Maria não desilude várias das aspirações profundas dos homens do nosso tempo, e até lhes oferece o modelo acabado do discípulo do Senhor: obreiro da cidade terrena e temporal, e, simultaneamente, peregrino solerte em direção à cidade celeste e eterna; promotor da justiça que liberta o oprimido e da caridade que socorre o necessitado, mas, sobretudo, testemunha operosa do amor, que educa Cristo nos corações". (Papa Paulo VI, Marialis Cultus, § 37)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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