segunda-feira, 3 de maio de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 377

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 377

Dia 04/05/2021 | 5ª Semana da Páscoa | Terça

Evangelho segundo João (14,27-31)

(1)     Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se cantando: Tua Palavra é luz do meu caminho...” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de João 14,27-31

·      Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·      Este ensino de Jesus ocorre logo depois da ceia, do lava-pés e da reflexão exortativa que se seguiram, e faz parte do seu “testamento”

·      Nele, Jesus faz a promessa de enviar o Espírito da Verdade, que guiará e sustentará quem o ama no prosseguimento da sua missão

·      A paz que ele promete, expressão que equivale ao nosso “tudo de bom para todos”, torna-se saudação e distintivo de quem o segue

·      No final, Jesus convida os discípulos a levantarem-se e saírem, com ele, passando da mesa da eucaristia à arena do mundo

·      O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Recomponha na memória esta bela e sugestiva alegoria, dando asas à imaginação para entender seu alcance

·      Coloque-se mentalmente junto com os discípulos, perturbados com o gesto extremo de fraternidade de Jesus expresso no lava-pés, com o anúncio da sua morte e com a previsão de que seria traído por um dos seus discípulos mais íntimos

·      Acolha as palavras de despedida de Jesus, a afirmação de que vai para voltar, vai ficando, seu “até breve!”

·      Tome consciência dos medos, fragilidades e carências que perturbam você, sua família e sua comunidade

·      Procure experimentar a alegria que nos vem da certeza de que é bom para nós que Jesus volte ao Pai que o enviou e envia

·      Deixe que a alegria e a paz, que brotam da experiência de estar seguro nas amorosas mãos de Deus, inunde seu ser, seu dia (noite)

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!

·    Medite e reze com canção paulina: “Eu sou a videira, meu pai é o agricultor; vós sois os ramos: permanecei no meu amor!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=sqvAsdm9Nos)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e termina seu momento de oração

Algumas pistas sobre João 14,27-31

Estes poucos versículos são densos e intensos. É a conclusão da primeira parte do diálogo de Jesus com os discípulos, após a ceia. Ele vê estampado nos olhos deles o medo e a perturbação e, mesmo assim, não os poupa da verdade: ele deve ir, ausentar-se brevemente. Mas o faz para voltar mais tarde, e plenamente. Por isso, deixa-lhes a paz, e quer que vivam alegres e confiantes, como discípulos maduros.

“Paz” é a palavra de despedida da comunidade judaica. Utilizando esta saudação, Jesus sublinha que não a faz como todo mundo costuma fazer. É sua saudação pessoal, que não é um adeus, mas um “até breve” ou “até logo”, com reforço no advérbio de tempo. Ele não se despede, porque ele vai para voltar, ele vai e fica, ele vai ficando. Esta sua ida é indispensável, porque nela, na cruz por amor, ele tornará concreto e irrefutável o amor de Deus pela humanidade.

Jesus diz que poderá falar pouco porque deve partir, porque sua partida é iminente. Na verdade, será preso ainda naquela noite. Por isso, ele fala da aproximação do “chefe deste mundo”, que personifica as forças e estruturas que oprimem e dominam, inclusive as que agem em nome da religião. Mas Jesus deixa claro que este chefe não tem poder de mando e de intimidação sobre ele: quem tem a Palavra é o Pai.

Jesus decide trilhar o caminho da paixão e morte, não porque “o chefe deste mundo” tem poder sobre ele, mas porque assim cumprirá a vontade do Pai, que o quer compassivo e solidário com as vítimas de todos os tempos, sinal concreto do imenso, generoso e eterno amor do Pai. Isso não deixará dúvidas sobre a autenticidade da sua mensagem e da sua identificação com o querer e o agir do Pai em benefício da humanidade.

Jesus dá a vida e morre para não ceder à lógica do mundo, e, assim, o vence. Por isso, é bom que ele vá ao Pai, passando pela cruz. Sua acolhida nos braços daquele que “é maior” é a confirmação de que ele, humano que é, vem do Pai, fala o que ouviu do Pai e faz aquilo que vê o Pai fazer. E convida os discípulos a levantar e seguir com ele.

 (Itacir Brassiani msf)

Pensamento do Papa Paulo VI sobre Maria

Ao considerarem o amor inefável com que a Virgem Mãe esperou o Filho, os fiéis serão levados a tomá-la como modelo e a prepararem-se, também eles, para irem ao encontro do Salvador que vem. A Liturgia do Advento, conjugando a expectativa messiânica e a expectativa da segunda vinda de Cristo com a memória da Mãe, apresenta um equilíbrio cultual que pode ser norma para impedir a tendência de separar o culto da Virgem Maria da sua necessária referência a Cristo. O Advento é um tempo particularmente adequado para o culto da Mãe do Senhor”. (Marialis Cultus, § 4)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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