Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 377
Dia 04/05/2021 | 5ª Semana da Páscoa | Terça
Evangelho segundo João (14,27-31)
(1) Coloque-se em atitude de oração
·
Escolha um momento adequado e
tranquilo/a para a meditação
·
Escolha o lugar no qual você se sinta
bem e não seja interrompido
·
Busque uma posição corporal que lhe
ajude a concentrar-se
·
Acenda uma vela, e tome a bíblia em
suas mãos
·
Tome consciência de si mesmo/a e do
momento que vivemos
·
Faça silêncio interior e ative o
desejo de ouvir a Palavra de Deus
·
Prepare-se cantando: “Tua Palavra é luz do meu caminho...”
(Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de João 14,27-31
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Este ensino de Jesus
ocorre logo depois da ceia, do lava-pés e da reflexão exortativa que se
seguiram, e faz parte do seu “testamento”
· Nele, Jesus faz a
promessa de enviar o Espírito da Verdade, que guiará e sustentará quem o ama no
prosseguimento da sua missão
· A paz que ele promete,
expressão que equivale ao nosso “tudo de bom para todos”, torna-se saudação e
distintivo de quem o segue
· No final, Jesus convida os
discípulos a levantarem-se e saírem, com ele, passando da mesa da eucaristia à
arena do mundo
· O
que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Recomponha na memória esta bela e sugestiva alegoria,
dando asas à imaginação para entender seu alcance
· Coloque-se mentalmente
junto com os discípulos, perturbados com o gesto extremo de fraternidade de
Jesus expresso no lava-pés, com o anúncio da sua morte e com a previsão de que
seria traído por um dos seus discípulos mais íntimos
· Acolha as palavras de
despedida de Jesus, a afirmação de que vai para voltar, vai ficando, seu “até
breve!”
· Tome consciência dos medos, fragilidades e carências
que perturbam você, sua família e sua comunidade
· Procure experimentar a alegria que nos vem da certeza
de que é bom para nós que Jesus volte ao Pai que o enviou e envia
· Deixe que a alegria e a paz, que brotam da experiência
de estar seguro nas amorosas mãos de Deus, inunde seu ser, seu dia (noite)
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos,
iluminai-nos e congregai-nos!
· Medite
e reze com canção paulina: “Eu
sou a videira, meu pai é o agricultor; vós sois os ramos: permanecei no meu
amor!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=sqvAsdm9Nos)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Apague
a vela e termina seu momento de oração
Algumas pistas sobre João 14,27-31
Estes poucos versículos são densos e intensos. É a conclusão
da primeira parte do diálogo de Jesus com os discípulos, após a ceia. Ele vê
estampado nos olhos deles o medo e a perturbação e, mesmo assim, não os poupa
da verdade: ele deve ir, ausentar-se brevemente. Mas o faz para voltar mais
tarde, e plenamente. Por isso, deixa-lhes a paz, e quer que vivam alegres e
confiantes, como discípulos maduros.
“Paz”
é a palavra de despedida da comunidade judaica. Utilizando esta saudação, Jesus
sublinha que não a faz como todo mundo costuma fazer. É sua saudação pessoal,
que não é um adeus, mas um “até breve” ou “até logo”, com reforço no advérbio
de tempo. Ele não se despede, porque ele vai para voltar, ele vai e fica, ele
vai ficando. Esta sua ida é indispensável, porque nela, na cruz por amor, ele
tornará concreto e irrefutável o amor de Deus pela humanidade.
Jesus
diz que poderá falar pouco porque deve partir, porque sua partida é iminente.
Na verdade, será preso ainda naquela noite. Por isso, ele fala da aproximação
do “chefe deste mundo”, que personifica as forças e estruturas que oprimem e
dominam, inclusive as que agem em nome da religião. Mas Jesus deixa claro que
este chefe não tem poder de mando e de intimidação sobre ele: quem tem a
Palavra é o Pai.
Jesus
decide trilhar o caminho da paixão e morte, não porque “o chefe deste mundo”
tem poder sobre ele, mas porque assim cumprirá a vontade do Pai, que o quer
compassivo e solidário com as vítimas de todos os tempos, sinal concreto do
imenso, generoso e eterno amor do Pai. Isso não deixará dúvidas sobre a
autenticidade da sua mensagem e da sua identificação com o querer e o agir do
Pai em benefício da humanidade.
Jesus
dá a vida e morre para não ceder à lógica do mundo, e, assim, o vence. Por
isso, é bom que ele vá ao Pai, passando pela cruz. Sua acolhida nos braços
daquele que “é maior” é a confirmação de que ele, humano que é, vem do Pai,
fala o que ouviu do Pai e faz aquilo que vê o Pai fazer. E convida os
discípulos a levantar e seguir com ele.
(Itacir Brassiani msf)
Pensamento do
Papa Paulo VI sobre Maria
“Ao considerarem o amor inefável com que a Virgem Mãe esperou o
Filho, os fiéis serão levados a tomá-la
como modelo e a prepararem-se, também eles, para irem ao encontro do Salvador
que vem. A Liturgia do Advento, conjugando a expectativa messiânica e a
expectativa da segunda vinda de Cristo com a memória da Mãe, apresenta um equilíbrio cultual que pode ser norma
para impedir a tendência de separar o
culto da Virgem Maria da sua necessária referência a Cristo. O Advento é um
tempo particularmente adequado para o culto da Mãe do Senhor”. (Marialis Cultus, § 4)
Leitura Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a
Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo
nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a
vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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