domingo, 9 de maio de 2021

Uma homenagem às "mães da pandemia"

Não esqueçamos as “mães da pandemia”!

No segundo domingo de maio de cada ano, sempre procuro pensar em todas as mães, principalmente nas distantes do foco dos anúncios que ensinam detalhadamente aos filhos como transformar esse domingo num feliz Dia das Mães.

Desde o ano passado, porém, esse dia mudou. Às inúmeras categorias de mães que desfilavam diante dos meus olhos – as jovens e as idosas; as bem-de-vida e as despossuídas; as felizes e as tristes; as realizadas e as abandonadas; as que festejavam com os filhos e as que os visitavam nos presídios ou nos hospitais – somou-se mais uma: a daquelas que perderam a batalha contra o inimigo invisível e insidioso, que não desiste de ceifar vidas.

Muitas viram suas perspectivas de futuro sepultadas por terem perdido para o vírus o pai de seus filhos; outras tiveram o coração transpassado porque o vírus levou seus próprios filhos; outras viram-se repentinamente afastadas de todos porque o vírus as escolheu para suas vítimas.

Por isso, neste segundo domingo de maio, quero desejar que o Criador abençoe todas as mães da pandemia: as que tiveram que trabalhar dobrado, as que se desdobraram na linha de frente da luta contra o vírus, as que ainda derramam lágrimas por suas perdas e as que, da janela de sua nova morada, no céu, espiam com carinho aqueles de quem sequer conseguiram despedir-se. E que este seja, para todas, um domingo de paz.

Maria Elisa Zanelatto (09.05.2021)

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