quinta-feira, 13 de maio de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 387

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 387

Dia 14/05/2021 | 6ª Semana da Páscoa |São Matias

Evangelho segundo João (15,9-17)

                                                                          

(1)     Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se cantando o mantra: Louvarei a Deus seu nome bendizendo; louvarei a Deus, à vida nos conduz!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-aYxTsYWn5Q)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de João 15,9-17

·      Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·      Este diálogo de Jesus com seus discípulos está ambientando no contexto da ceia de despedida e o lava-pés, e faz parte do seu “testamento”

·      Este diálogo de Jesus com seus discípulos está ambientando no contexto da ceia de despedida e o lava-pés, depois da sugestiva alegoria da videira e dos ramos, e faz parte do seu “testamento”

·      O diálogo é precedido pelo anúncio da paixão e morte de Jesus e do envio do Espírito como guia, defensor e pedagogo da comunidade cristã, consolação e dinamismo da missão

·      O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Tome consciência das incompreensões e resistências que os cristãos enfrentam nesse grave momento da conjuntura política nacional

·      Coloque-se em meio aos discípulos, perturbados com o anúncio da oposição que sofreriam para continuar a missão de Jesus

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·    Repita calmamente, respirando fundo: Eu não quero que você seja meu servo, mas meu amigo/a! Eu escolhi você!

·    Peça a Jesus a alegria permanecer nele, de dar muitos frutos, de amar como ele ama você

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    Quais poderiam ser, em tempos de distanciamento social, as mediações mais úteis e eficazes para cultivar nossa amizade com Jesus e para não regatear o amor devido ao nosso próximo, para crescer na capacidade de dar frutos na missão?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Medite e reze com canção paulina: “Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado! Jesus Cristo é quem falou... Aleluia! Aleluia!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ucsNGlBPWJI)

·    Apague a vela e termina seu momento de oração

Algumas pistas sobre João 15,9-17

O texto de hoje, já meditado nos últimos dias, tem a função de iluminar a festa de São Matias, o 13° apóstolo, escolhido para substituir Judas Iscariotes. Estes versículos são a segunda parte da meditação de Jesus inspirada alegoria da videira e dos ramos. O tema da fecundidade missionária da adesão a Jesus continua como fio condutor, mas Jesus nos convida a deslocar o olhar da videira às relações de amor e amizade. O que ele destacava com a imagem da união do ramo à cepa agora é enfatizado como vínculo e relação de amor e amizade com ele e com os/as condiscípulos/as.

Para o cristão, o amor de Jesus está garantido. Não há lugar para o medo, e nada precisa ser feito para merecê-lo. O que Jesus pede de quem o segue é que seja capaz e esteja disposto a amar o próximo da mesma maneira, sem “se” nem “mas”. Se é verdade que ninguém é constituído senhor, para estar acima dos outros, também ninguém está em condição inferior, e deve se comportar como escravo. Jesus jamais tratou seus discípulos como servos, sempre os teve como amigos.

A união amistosa com Jesus e a assimilação da sua mensagem se revela plenamente na entrega à missão, nos frutos de solidariedade, que devem durar e se estender no tempo. Do vínculo de amizade e confiança com Jesus brota a liberdade de doar-se sem medida, de amar de modo incondicional os irmãos e irmãs. Esta é a glória do Pai e a alegria indestrutível do/da discípulo/a. O amor constitui a comunidade cristã e fundamenta a missão. Mas somente a entrega amorosa aos outros pode nos dar a certeza de que somos objetos do amor de Deus.

A alegria cristã não é apenas o resultado final do sucesso apostólico, da vitória sobre as adversidades, da sensação de força e competência, mas o dinamismo libertário que nos livra da necessidade de vencer e obter sucesso, que nos capacita a esquecer-nos de nós mesmos para ser tudo para todos. A alegria cristã não vem no fim da missão, é o dinamismo que a deflagra e alimenta. Mesmo que, num momento, estejamos no “banco de reservas”, como São Matias!

 (Itacir Brassiani msf)

Pensamento do Papa Paulo VI sobre Maria

O amor pela Igreja traduzir-se-á em amor para por Maria, e vice-versa, pois uma não pode subsistir sem a outra, como perspicazmente observava São Cromácio de Aquiléia: "Reuniu-se a Igreja na parte superior (do cenáculo), com Maria que foi a Mãe de Jesus e com os irmãos d'Ele. Não se pode, portanto, falar de Igreja senão quando estiver aí Maria, Mãe do Senhor, com os irmãos d'Ele". (Marialis Cultus, § 28)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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