sábado, 10 de setembro de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 872

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 872

Dia 11/09/2022 | XXIV Semana do tempo Comum | Domingo

Evangelho segundo Lucas (15,1-32)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se ouvindo e cantando “Fala, Senhor!” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Sc5eyp-raOM)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de Lucas 15,1-32

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    Diante da crítica porque acolhida “gente sem dignidade” e se confraternizava com eles, Jesus conta três parábolas

·    Se Jesus quisesse enfatizar o caminho de “conversão” do filho mais novo, bastaria uma história com ele e o pai como personagens...

·    Jesus chama a atenção para a necessidade de conversão do irmão mais velho, pois ele se considera justo, melhor, exemplar, cheio de direitos, incapaz de aceitar o outro como irmão

·    Diante de pessoas que se isolam ou são descartadas e, por isso, vivem uma “vida de porco” ninguém pode se mostrar indiferente

·    A fidelidade ao Pai e à sua vontade, a retidão diante dele, passa pelo reconhecimento e acolhida aos irmãos “diferentes”

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Leia atentamente essa parábola, considerando os versículos iniciais e a atitude do pai e do irmão mais velho

·    Qual é hoje a reação dos cristãos diante do chamado da Igreja e do Papa a uma fraternidade sem fronteiras?

·    Como você se sente diante dessa parábola? Você concorda e aceita tranquilamente a atitude do pai?

·    Com qual dos três personagens você se sente identificado? Com qual deles precisa se identificar para seguir Jesus de verdade?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Coloque-se diante do Pai, em sua verdade de filho mais velho ou mais novo, e fale com ele sobre isso

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    Como viver em nossas relações a provocação de uma relação de acolhida e reconhecimento que desconhece qualquer fronteira?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Medite e reze com a canção O viajante (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Cff2DMBGqOc)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Feche a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração

 

Breves notas sobre Lucas 15,1-32

Avançando em nossa caminhada litúrgica, a Igreja nos brinda hoje com uma das mais belas e conhecidas páginas dos evangelhos: a conhecida parábola do filho pródigo, que seria mais justo designar como parábola do pai misericordioso. Explico: partindo das tensões descritas nos versos 1-3, fica claro que o personagem central não é o filho mais novo, e sim o pai e o filho mais velho.

Enquanto os publicanos e demais categorias de gente considerada “pecadora” se aproxima e confraterniza com Jesus, os fariseus o acusam de misturar-se e aliar-se com gente suspeita. Aqueles que criticam e acusam se sente melhores, superiores, com mais méritos que aqueles que Jesus acolhe. E as parábolas têm exatamente o objetivo de ilustrar como Deus costuma tratar seus filhos e filhas.

Observemos que o pai tem dois filhos: o filho mais novo acaba caindo na miséria mais extrema, vivendo como estrangeiro e forçado a se alimentar da ração dada aos porcos (imagem dos publicanos e demais pecadores); o filho mais velho, cumpridor minucioso das leis e costumes, tem tudo e mais do que necessita (figura dos fariseus). O primeiro tem a sensação de não ser filho de Deus; o segundo, se considera cheio de direitos e não aceita a misericórdia.

O pai, que é figura e imagem do Deus do Reino, em nome de quem Jesus vem e age, trata ambos como filhos necessitados de acolhida e amparo, mesmo que não mereçam este tratamento. O pai não se interessa pela contrição do filho em situação de miséria e nem deixa que ele a termine. Deus é Pai, e não juiz ou delegado de polícia! Ele não trata ninguém como empregado, pois todos/as são seus filhos/as, e jamais deixam de sê-lo. Neste mundo, que é sua casa, ele não quer que uns fiquem com tudo e outros fiquem sem nada.

É claro que esta parábola, como também as duas outras, é um chamado contundente e urgente à assumir a atitude de Deus, que se alegra com seus filhos e filhas. Mas este pedido é dirigido ao filho mais velho, pois ele não reconhece o amor do pai, não dialoga com o irmão, não o reconhece, nega a fraternidade que torna todos/as iguais, e defende a primazia do merecimento, que nos separa.

 (Itacir Brassiani msf)

Vocação: graça e missão

O chamado de Jesus para segui-lo é um chamado pessoal. Um convite que consiste em deixar-nos conquistar por ele, enamorar-nos de Jesus, identificar-nos com seu projeto de amor a ponto de podermos ter os mesmos sentimentos dele em relação ao Pai e ao Reino. Para isso Jesus chama, congrega e escolhe homens e mulheres, pessoas simples do povo que desejam permanecer com ele e aprender dele seu jeito de ser e de amar(Texto-Base do 3º Ano Vocacional [2022-2023], § 122).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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