segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 867

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 867

Dia 07/09/2022 | XXIII Semana do tempo Comum | Terça-feira

Evangelho segundo Lucas (6,12-19)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se ouvindo e cantando: A Palavra está perto de ti, em tua boca e em teu coração” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=BU9zUi4N3Yc)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de Lucas 6,12-19

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    Para Jesus, a escolha dos “porta-vozes” é um momento muito relevante, por isso se prepara com uma noite de oração

·    Jesus escolhe seus discípulos em comunhão com o plano de Deus, que é a emancipação e a vida plena dos seus filhos/as

·    Jesus não se importa com a perfeição moral ou com a fama daqueles que escolhe, mas da disponibilidade de cada um

·    A escolha e constituição do grupo dos Doze Apóstolos simboliza o chamado e a constituição do novo povo de Deus

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Acompanhe passo a passo o retiro orante, a escolha nominal e o envio dos Doze Apóstolos, embaixadores do Reino de Deus

·    Deixe que ressoe também em você e hoje o chamado e a escolha de Jesus: “Eu te amo, te chamo, te formo e te envio!”

·    Desça da montanha com Jesus, e perceba a multidão que vem ao encontro dele, abandonada e ferida pelos falsos “messias”

·    Como a multidão, procure tocar Jesus, e deixar-se tocar pela

Palavra e pela liberdade solidária e destemida que ele nos ensina

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Reze pedindo a Jesus que liberte você do tormento do patriotismo vazio e da exaltação hipócrita daqueles que dizem colocar “Deus acima de tudo”

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    Como você e sua família podem, dentro das suas possibilidades e da sua realidade, dar continuidade à missão confiada por Jesus ao grupo dos Doze apóstolos?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Medite e reze com canção: “A partilha começa na mesa” (https://www.youtube.com/watch?v=iIfCZ8_mWDc)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Feche a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração

 

Breves notas sobre Lucas 6,12-19

Estamos lendo e meditando o capítulo 6 do evangelho segundo Lucas. E o fazemos no dia 6 de setembro, num clima de nacionalismo tosco e exacerbado, capa ideológica que encobre preconceitos e ódios arcaicos e anti-evangélicos, cuidadosamente promovidos e enxertados na vida cristã, e assumidos ardorosamente por vários setores das igrejas.

Mesmo que alguns dos 12 discípulos escolhidos e enviados sejam pouco conhecidos, Jesus os “escolheu a dedo” e os chamou pelo nome. Antes de escolher, passou uma noite em oração, para que não se enganasse na escolha, e eles fossem símbolo do novo povo de Deus. Ser Apóstolo significa ser enviado, ser porta-voz de Jesus e seu Evangelho, que, decididamente, não significa proclamar “Deus acima de todos, Brasil acima de tudo”. 

Os Doze participam da missão do próprio Jesus Cristo, fazem o que ele fez, desfrutam da sua dignidade, assumem sua meta e trilham seu caminho. Eles recebem a missão de manter a Palavra de Jesus sempre viva, atual, compreensiva e relevante. São chamados “pelo alto”, mas enviado ao mundo. São convocados pela Palavra e consagrados a serviço dela. O fruto dessa missão é o desejo de encontrar Jesus e de acolher seu Evangelho como a boa terra acolhe a semente e cria as condições para que germine.

José A. Almeida comenta: “A vocação dos Doze nasce da noite de oração de Jesus sobre a montanha. A Igreja, que tem nos Doze a sua semente e o seu núcleo inicial, nasce da comunhão com o pai que avança noite adentro, quer dizer, que nasce daquela obediência e daquele amor do Pai que não recua diante da morte, simbolizada na noite. A vocação dos Doze é igualmente chamado à comunhão, que é o objetivo de todo apostolado”.  

Nossas comunidades e cada um/a de nós somos convocados/as a renovar nosso ardor missionário, a potencializar nosso testemunho, a dar nossa resposta concreta e engajada ao Senhor que nos chama através dos clamores e esperanças do nosso povo ameaçado. Estamos respondendo com a vida “Eis-me aqui, envia-me”?

 (Itacir Brassiani msf)

Vocação: graça e missão

“Todas as formas de autorreferencialidade, tanto aquela vivida por uma Igreja fechada em si mesma quanto aquela pessoal e egoísta, inibem a verdadeira escuta do Espírito de Jesus. Por isso a urgência em superar o individualismo e desenvolver um estilo de vida alternativo, que torne possível mudanças pessoais e no interior da Igreja, atenção aos irmãos invizibilizados, cuidado do meio ambiente, construção de um mundo para todos” (Texto-Base do 3º Ano Vocacional [2022-2023], § 108).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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