domingo, 11 de setembro de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 873

 

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 873

Dia 12/09/2022 | XXIV Semana do tempo Comum | Segunda-feira

Evangelho segundo Lucas (7,1-10)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se ouvindo e cantando “Fala, Senhor!” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Sc5eyp-raOM)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de Lucas 7,1-10

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    Alternando anúncios ao povo com reflexões dirigidas especialmente aos discípulos, Jesus volta à cidade onde fixara residência

·    Alguns anciãos, que exerciam autoridade, se dirigem a Jesus pedindo em favor do servo de um oficial do exército invasor

·    Diante da atenção de Jesus, que se dirigia à sua casa, o oficial pagão foi a Jesus dizer que ele não precisaria ir à sua casa

·    E faz uma profissão de fé na força da Palavra de Jesus: uma Palavra sua seria suficiente para curar seu empregado

·    A confiança e a fé desse homem pagão impressionaram Jesus, que o elogia e coloca acima das pessoas mais religiosas de Israel

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Releia o texto, contemplando atentamente a cena, os personagens, os pedidos, as respostas, os ensinamentos

·    Os anciãos insistiram com Jesus afirmando que o oficial, mesmo sendo pagão, “merecia” a cura do empregado, pois ajudava os judeus: você acha que Deus nos trata conforme merecemos?

·    Deus considera nossos méritos ou nossa abertura e confiança nele e na sua Palavra? Ele aprecia mais os sacrifícios que a misericórdia?

·    Somos capazes de reconhecer os sinais de amor na vida de pessoas que não acreditam em Jesus ou se confessam ateias?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Reze com as palavras do oficial romano: “Senhor, eu não sou digno que entres na minha casa, mas diz uma Palavra e eu serei salvo!”

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    Como viver em nossas relações a provocação de uma relação de acolhida e reconhecimento que desconhece qualquer fronteira?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Medite e reze com a canção O viajante (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Cff2DMBGqOc)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

 

Breves notas sobre Lucas 7,1-10

O relato de hoje gira ao redor de um centurião romano de Cafarnaum cujo empregado está à beira da morte. Tem certo paralelo com a história da conversão do primeiro pagão, um centurião chamado Cornélio, que aparece relatada nos Atos dos Apóstolos.  Naquela cena, Cornélio também é elogiado como homem que respeitava o povo judeu e dava esmolas (At 10, 1-2).

O texto de hoje fala de uma comitiva de anciãos judeus que pedem que Jesus atenda o centurião porque ele tinha feito boas obras em favor da comunidade do povo judeu. Assim, eles o consideram digno de ser atendido, como se fosse judeu e não gentio impuro. Em contraste, o próprio centurião manda dizer que ele não é digno nem merece que Jesus fira a Lei de pureza entrando na sua casa.

O soldado reconhece o poder e a autoridade de Jesus, mas Jesus afirma que ele é digno de ser atendido não porque fez boas obras em favor da comunidade judaica local, mas porque ele acredita que Deus vence a morte através de Jesus e da sua palavra. Ele, mesmo estando fora da comunidade religiosa de Israel, tem essa fé enquanto os que podiam e deviam ter não a tem.

Desse modo, Jesus desafia a mentalidade muitas vezes embutida em pessoas religiosas, sem que elas notem. Mesmo quando se dá a impressão de estarmos agindo movidos pela fé, na verdade subjaz a mentalidade de “troca” ou de “merecimento”. No texto de hoje, embora os anciãos judeus tomem atitude ousada em favor do centurião pagão, fazem-no só porque “ele merece”.

A misericórdia de Deus, porém não funciona por “merecimento”, mas por gratuidade. É um grande desafio para a Igreja e para todos nós nos libertar dessa mentalidade no fundo quase que “comercial” e entrar na lógica de misericórdia e da compaixão, como o Pai e também Jesus, nas suas relações com a realidade de homens e mulheres em diversas situações de fraqueza. Esta é a grande intuição do Papa Francisco, pois é o fundamento da “Boa Nova”, e cria dificuldades para muitos cristãos que não são conscientes de quanto faltamos com a gratuidade e a compaixão. 

 (Thomas Hugues SVD)

Vocação: graça e missão

Entrar na ‘escola de Jesus’, aceitar o convite a permanecer com ele, é ser consciente de que a base do discipulado, da vocação, não é o saber, nem o ter e nem mesmo a hierarquia, mas a comunhão. Presbíteros, religiosos/as, consagrados, leigos, casados ou jovens, todos somos chamados/as a formar a grande comunidade de seguidores/as de Jesus, discípulos/as e aprendizes(Texto-Base do 3º Ano Vocacional [2022-2023], § 123).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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