sábado, 3 de setembro de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 865

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 865

Dia 04/09/2022 | XXIII Semana do tempo Comum | Domingo

Evangelho segundo Lucas (14,25-33)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se cantando o mantra: Alma missionária” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ojebAa9yR6I)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de Lucas 14,25-33

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    Jesus dissera que a vontade de Deus é que a mesa do Reino fique cheia, que nela sejam recebidos os pobres excluídos

·    Hoje ele sublinha que não se pode aderir à novidade do Reino pela metade, mantendo compromissos com a velha ordem

·    Quem se coloca no seu caminho deve fazer bem as contas, para que não comece uma obra que ficará pela metade ou fracassará

·    No centro de tudo, está a liberdade e o desapego em relação às riquezas e todas as estruturas que as mantém e multiplicam, inclusive o modelo de família patriarcal

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    A maioria de nós iniciou a caminhada da fé cristã sem reflexão e consciência sobre as exigências que ela comportaria

·    O que tínhamos presente era apenas um conjunto de obrigações e proibições de ordem moral, que não tocavam nos bens

·    Hoje, com a aguda consciência que temos, precisamos renovar essa opção avaliando bem os custos e as nossas possibilidades

·    O que é que está nos pressionando mais e tornando menor nossa adesão ao Evangelho, dificultando a nossa perseverança?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Faça sua a oração sincera, pedindo que o Pai melhore seu engajamento no Reino e os obstáculos a uma perseverança consequente e generosa

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    O que fazer para ajudar nossas comunidades a perseverar e aprofundar sua adesão ao Evangelho de Jesus Cristo em tempos exaltação do patriotismo e de eleições políticas?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Medite e reze com canção: “A partilha começa na mesa” (https://www.youtube.com/watch?v=iIfCZ8_mWDc)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Feche a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração

 

Breves notas sobre Lucas 14,25-33

A ligação desta cena com a anterior parece ser as desculpas da elite religiosa e econômica para não aceitar o convite à festa do Reino: “Acabei de casar e, por isso, não posso ir; comprei um campo, e preciso ir vê-lo; comprei cinco juntas de boi, e vou experimentá-las”. Os interesses individuais parecem ser álibi suficiente para não se engajar na obra de Deus e não participar daquilo que é bem comum.

Diante de uma relativa multidão que manifesta interesse por ele, Jesus volta a enfatizar a prioridade do Reino de Deus sobre vínculos familiares e interesses pessoais, pedindo que cada um/a avalie os riscos e as exigências do seguimento de Jesus, a fim de “não fazer feio” e “cair fora” logo depois de ter iniciado com entusiasmo.

Para deixar isso bem claro para todos/as os/as seus ouvintes, Jesus recorre a duas parábolas: a construção de uma torre; a preparação para uma batalha. Em ambos os casos, o sujeito em questão deve analisar bem os recursos e forças que dispõe, fazer os cálculos e concluir se consegue ou não levar a obra ou a luta até o fim.

Jesus já havia advertido seus discípulos sobre o risco de sofrer uma morte violenta e ignominiosa, inclusive em nome da religião. É como se agora ele quisesse dizer aos candidatos/as a discípulo/a: segui-lo é uma decisão muito comprometedora. Usando um ditado popular, não se trata de entrar na omelete como a galinha (dando os ovos) mas como o porco (dando a carne).

É claro que, com essas parábolas, Jesus não pretende desencorajar os/as discípulos/as. O que ele quer é advertir-nos que não é possível aderir ao Reino de Deus pela metade, que não podemos iludir-nos com a possibilidade de servir a dois senhores, que a perseverança pressupõe uma decisão lúcida e consciente, que precisa sempre contar com as renúncias e riscos.

Lucas conhecia a inconstância e os sinais de retrocesso das comunidades diante das dificuldades que estavam enfrentando. O núcleo dos perigos era o apego às riquezas, das quais a família patriarcal era um dos elos importantes.

 (Itacir Brassiani msf)

Vocação: graça e missão

O chamado de Jesus ao seu seguimento é uma ação amorosa de Deus, é graça transformadora. Não depende dos méritos, dos estudos, da instrução própria ou da família, nem das riquezas, como nos mostra o chamado aos pescadores. Não acontece por sermos bons no que fazemos, sequer por sermos os melhores. O chamado se dá apenas pelo amor gratuito de Deus, que deseja perdoar, libertar, salvar e plantar em todas as partes as sementes do mundo novo(Texto-Base do 3º Ano Vocacional [2022-2023], § 101).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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