sábado, 17 de setembro de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 879

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 879

Dia 18/09/2022 | XXV Semana do tempo Comum | Domingo

Evangelho segundo Lucas (16,1-13)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se ouvindo e cantando “Palavra de salvação” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=V12GZpBGNwM)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de Lucas 16,1-13

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    Diante das críticas fariseus por acolher pecadores, Jesus havia contado a parábola do pai que esbanja na festa de acolhida do filho

·    O filho mais velho protestou porque o pai estaria gastando indevidamente o capital que logo mais seria seu

·    Por isso, Jesus conta outra parábola, dirigida aos discípulos, para ilustrar a verdadeira finalidade do dinheiro

·    Note-se que o administrador esperto não beneficia quem já tem, mas quem está perigosamente endividado

·    O único jeito de “lavar” o dinheiro sujo de egoísmo e exploração é usá-lo para criar fraternidade, para criar amigos

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Retome, com todas nuances, a parábola que Jesus conta para ensinar seus discípulos o verdadeiro valor do dinheiro

·    Esta parábola lhe causa desconforto? Será que Jesus (ou o patrão) elogia a desonestidade ou a lucidez evangélica do administrador?

·    Veja como o dinheiro é usado por uma pessoa vulnerável para ajudar outras pessoas em dificuldades, e isso gera fraternidade

·    Por que será que Jesus não identifica os “dois senhores” que se opõem como Deus e o Diabo, mas como Deus e o dinheiro?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Agradeça ao Pai por ter enviado Jesus para cancelar nossas dívidas com ele e estabelecer conosco uma aliança de amizade

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    Como poderíamos traduzir o sentido desta parábola tirando as consequências para a administração dos nossos bens?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Medite e reze com a canção “A partilha começa na mesa (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=iIfCZ8_mWDc)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Feche a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração

 

Breves notas sobre Lucas 16,1-13

A parábola coloca em evidência um administrador acusado de esbanjar os bens do patrão e, por isso, ameaçado de demissão. Ciente de que não está preparado para assumir outro trabalho, e recusando-se a pedir esmolas, o administrador age com esperteza e rapidez: altera, em favor dos devedores, o montante de algumas contas, prejudicando mais ainda seu patrão!

O que surpreende é que a esperteza desonesta do administrador é elogiada pelo patrão (e pelo próprio Jesus). Há quem explique o levantando a hipótese de que o desconto dado pelo administrador corresponderia aos juros iníquos cobrados pelo credor ou à comissão à qual o administrador teria direito.

Mas será que Jesus não está propondo outra mensagem, semelhante àquela do pai que gasta sem critérios para acolher e restabelecer a dignidade do filho que havia caído ao degrau mais baixo do inferno social? A questão fundamental não seria como usar de forma evangelicamente correta os bens, as honras e o prestígio? Jesus também deixa claro que somos apenas administradores de bens que não nos pertencem e que, frente ao bem maior do Reino de Deus, o dinheiro é coisa de pouco valor e radicalmente injusta.

O administrador aparentemente desonesto é elogiado porque evita ser amigo do dinheiro (como o eram os fariseus) e se mostra amigo das pessoas devedoras insolventes. Ele ensina que o dinheiro e demais bens que passam pelas nossas mãos não nos pertencem e precisam ser usados corretamente: para construir solidariedade, para beneficiar a pessoa humana, começando pelas mais carentes.

Aquilo que parece esbanjamento e desonestidade é, na verdade, sabedoria evangélica. Precisamos desenvolver nossa vida econômica com critérios evangélicos. E o critério fundamental é este: ou os bens estão a serviço de uma convivência social sadia e solidária, ou não servem para nada! Desviar para os bens econômicos o amor e o afeto que devemos às pessoas é uma loucura que compromete nossa felicidade pessoal e destrói os laços sociais. Só o uso solidário pode lavar o egoísmo que suja nosso dinheiro.

(Itacir Brassiani msf)

Vocação: graça e missão

Não pode ser autêntica uma resposta vocacional que não se coloque nessa abertura missionária. Não há possibilidade de permanecer com ele sem sair para pregar. A transformação missionária da Igreja, no sentido de ser uma Igreja em saída, com a ousadia de ‘primeirear’, não é apenas uma opção pastoral, mas o desdobramento da graça da vocação. A alegria do Evangelho, que enche a vida da comunidade de discípulos/as, é uma alegria missionária(Texto-Base do 3º Ano Vocacional [2022-2023], § 136-137).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)


Nenhum comentário: