sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 877

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 877

Dia 16/09/2022 | XXIV Semana do tempo Comum | Sexta-feira

Evangelho segundo Lucas (8,1-3)

(1)Coloque-se em atitude de oração  

·     Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·     Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·     Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·     Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·     Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·     Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·     Prepare-se ouvindo e cantando “Fala, Senhor!” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Sc5eyp-raOM)

 

(2)Leia o texto da Palavra de Deus

·     Leia com toda a atenção o texto de Lucas 8,1-3

·     Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·     A mulher considerada pecadora da cena de ontem se mostrou “filha da sabedoria”, porque reconheceu em Jesus o Deus misericordioso

·     Como ela, um bom grupo de mulheres segue Jesus, aprende com ele e colabora com sua missão de anunciar o Reino

·     Elas aparecem e são citadas em nível de igualdade até com destaque junto com o grupo dos doze apóstolos!

·     Isso deixa claro que a graça do perdão e do chamado está intrinsecamente vinculado à responsabilidade do envio

·     Não há como esquecer que a comunidade de Jesus é inclusiva e não tem fronteiras de natureza política, social ou de gênero

·     O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3)Medite a Palavra de Deus

·     Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·     Você e sua comunidade eclesial têm se esforçado para reconhecer a plena dignidade das mulheres e não tem impedido que tenham lugar e importância como os homens?

·     Por que a igreja católica ainda não consegue incluir plenamente as mulheres nos seus ministérios e funções de direção?

·     O que fazer para que a Igreja seja coerente com Jesus no tratamento inclusivo das mulheres?

·     Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)Reze com o texto lido e meditado

·     Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·     Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·     Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·     Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·     Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·     Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·     Permita que ressoe nos seus lábios a oração das mulheres que dão o melhor de si pelas comunidades e pelos sofredores

·     Deixe ressoar também o grito das mulheres discriminadas na Igreja e que sofrem violência na sociedade e até na família

 

(5)Contemple a vida à luz da Palavra

·     Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·     Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·     Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·     Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·     O que nós e nossa Igreja deve fazer para fazer o que Jesus fez, com a mesma liberdade e capacidade de acolhida?

 

(6)Retorne à vida cotidiana

·     Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·     Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·     Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·     Medite e reze com a canção O viajante (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Cff2DMBGqOc)

·     Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·     Feche a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração

 

Breves notas sobre Lucas 8,1-3

No evangelho de ontem, celebrando Nossa Senhora das Dores, refletimos sobre a bela cena de Maria e João, que permaneceram de pé diante da cruz. Ali, Jesus gerou a nova família, aberta e universal, confiando-nos à sua Mãe e dando-nos como nossa.

Os três versos do evangelho de hoje nos apresentam Jesus anunciando a boa notícia do Reino de Deus, acompanhado e auxiliado pelo “grupo dos doze” e por um bom número de mulheres libertadas de um passado de medo e exclusão, beneficiadas pela misericórdia de Deus em Jesus Cristo.

Que Jesus admita mulheres como discípulas é algo bastante claro nos evangelhos, mas também muito inusitado para a cultura daquele tempo. Os pais escolhiam mestres e educadores para seus filhos, mas não para as filhas. Isso representa uma novidade e uma ruptura com os padrões judaicos. A novidade do Reino de Deus vivida por Jesus gera relações de partilha, serviço e autonomia.

As mulheres que acompanham Jesus, nomeadas ou não, não são explicitamente chamadas de discípulas, mas o são de fato. E aparecem em nível de igualdade com o grupo dos doze! Elas aparecem como servidoras eficazes – como diaconisas! – e são modelos daquilo que se espera de todo/a discípulo/a missionário/a de Jesus e do Reino de Deus.

O que congrega e caracteriza este grupo amplo e diversificado de pessoas que seguem Jesus é a plena dedicação a ele, a disposição de deixar-se educar e formar na sua “escola”, o anúncio da boa notícia do Reino de Deus e o testemunho de abertura, acolhida, partilha e irmandade. A novidade de Jesus se mostra na comunidade que o segue, e esta é uma comunidade sem fronteiras!

Que belo exemplo, e que provocação contundente, Jesus faz às nossas igrejas, ainda tão masculinas e resistentes ao pleno reconhecimento do jeito feminino de viver a missão! E isso deve ser dito mais incisivamente da nossa velha e amada Igreja Católica, que parece inamovível nesse ponto.

 (Itacir Brassiani msf)

Vocação: graça e missão

O envio, compreendido na dinâmica da graça, não deve ser pensado como um movimento cronologicamente posterior ao chamado, mas como um estado permanente na vida daqueles/as que se dispuseram a acolher este chamado da parte de Jesus: estar com ele e ser por ele enviado/a. A graça da vocação não separa estes dois movimentos perenes e intrinsecamente correlacionados da intimidade com Jesus e da disponibilidade para o envio(Texto-Base do 3º Ano Vocacional [2022-2023], § 134).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)


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