quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 891

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 891

Dia 30/09/2022 | XXVI Semana do tempo Comum | Sexta-feira

Evangelho segundo Lucas (10,13-16)

(1)Coloque-se em atitude de oração  

·     Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·     Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·     Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·     Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·     Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·     Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·     Prepare-se ouvindo ou cantando “Palavra de salvação somente o céu tem pra dar” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=V12GZpBGNwM)

 

(2)Leia o texto da Palavra de Deus

·     Leia com toda a atenção o texto de Lucas 10,13-16

·     Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·     No início do capítulo 10 de Lucas, Jesus oferece uma espécie de metodologia da missão e estatuto dos seus discípulos/as

·     Ele os envia como cordeiros em meio a lobos, mas nada justifica uma reação violenta da parte deles

·     Nos versos de hoje, Jesus usa palavras fortes para que os povoados que conhecem ele e seus discípulos não se fechem e se percam

·     Jesus diz que se as pessoas que se consideram perfeitas mas se fecham ao Evangelho, são piores que os pagãos

·     Nossa condição de “benditos do Pai” ou de “malditos” se define na acolhida ou na rejeição do Evangelho e dos/as evangelizadores/as

·     O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3)Medite a Palavra de Deus

·     Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·     Releia atentamente o texto, retomando também os versículos que o antecedem e escutando atentamente as fortes palavras de Jesus

·     Não caia na tentação de imaginar que as advertências de Jesus são dirigidas a outras pessoas, cidades e comunidades

·     Você sente-se atingido/a pelas palavras de Jesus, interpelado/a a não fazer pouco caso do Evangelho e das suas testemunhas?

·     Você vê algum sinal indicativo de que estamos correndo o risco de reproduzir na Igreja a atitude do povo de Cafarnaum e Corazim?

·     Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)Reze com o texto lido e meditado

·     Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·     Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·     Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·     Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·     Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·     Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·     Recorde o rosto e o nome de pessoas conhecidas suas que sofrem rejeição por aquilo que pregam e da vida evangélica que vivem

 

(5)Contemple a vida à luz da Palavra

·     Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·     Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·     Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·     Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·     O que precisamos mudar ou melhorar em nós e em nossas Igrejas para evitar que essa advertência caia sobre a nossa cabeça?

 

(6)Retorne à vida cotidiana

·     Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·     Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·     Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·     Ouça e reze com a “Canção dos imperfeitos” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=W5U1WXzRv70)

·     Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·     Feche a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração

 

Breves notas sobre Lucas 10,13-16

No episódio do envio dos 72 discípulos, que meditamos na última terça, Jesus nos apresentava uma espécie de cartilha ou guia da ação missionária. Jesus deixa claro, desde o início, que rejeição e a perseguição estão no horizonte. A casa é o ponto de apoio da missão, e a pobreza de recursos não é uma dificuldade, mas a garantia da autenticidade do anúncio. Na vida dos discípulos/as missionários/as não pode haver lugar para qualquer reação violenta.

Os versículos de hoje prosseguem o tema anterior. Betsaida era a cidade de origem de alguns discípulos. Cafarnaum havia sido escolhida por Jesus para ser a cidade referencial de onde partia em missão e para onde voltava. Estes povoados tiveram a oportunidade de ver de perto a ação libertadora e formativa de Jesus. Conheciam ele e o estilo de vida dos seus discípulos não apenas por ouvir dizer.

É por isso que, mesmo não autorizando seus discípulos a fazer mais que bater o pó das sandálias quando seu anúncio fosse rejeitado, Jesus pronuncia palavras duras contra estas duas cidades. Entretanto, estas palavras não são uma condenação, mas um contundente apelo à acolhida e à conversão. Ele não veio para julgar e condenar, mas para que o mundo seja salvo.

Jesus compara a postura destes povoados com aquilo que aquilo ocorreu em dois outros povoados, considerados como típicos inimigos do povo de Israel: Tiro e Sidônia. E afirma que se estes últimos dois povoados tivessem a oportunidade de ver e ouvir o que as pessoas de Cafarnaum, Corazim e Betsaida viram e ouviram, teriam se convertido. Os povos que os judeus consideram seus arqui-inimigos são melhores que eles, diz Jesus!

Este contundente apelo de Jesus à acolhida e à conversão termina com uma importante afirmação teológica, pastoral e espiritual: Jesus está presente na pessoa e na ação daqueles/as que ele envia, assim como o Pai está presente nele. Acolhê-los/as ou rejeitá-los/las, escutar e levar a sério o que eles/as dizem ou manter-se indiferente ou com “sua própria versão das coisas” é a “prova dos nove” da justiça e da santidade dos discípulos/as missionários/as.

 (Itacir Brassiani msf)

Vocação: graça e missão

Somos chamados/as a promover espaços que favoreçam a participação efetiva de todos/as, para que possibilitem o exercício do poder compartilhado e de escuta das múltiplas subjetividades dos membros da nossa instituição religiosa, do nosso grupo, proporcionando espaços que viabilizem essa abertura para outras pessoas que ainda não fazem parte do nosso grupo, de nossa comunidade(Texto-Base do 3º Ano Vocacional [2022-2023], § 173).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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