segunda-feira, 13 de março de 2023

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 1057

Ano A Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 1057

Dia 14/03/2023 | 3ª Semana da Quaresma | Terça-feira

Evangelho segundo Mateus (18,21-35)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

§ Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

§ Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

§ Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

§ Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos

§ Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

§ Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

§ Prepare-se ouvindo a canção Cada vez que eu venho para te falar (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Sc5eyp-raOM)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

§ Leia com toda a atenção o texto de Mateus 18,21-35

§ Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

§ Jesus havia apresentado aos discípulos uma metodologia evangélica para corrigir os que se desviavam do caminho

§ Intrigado com a necessidade de perdoar, Pedro pergunta se isso não tem limites, quantas vezes deve perdoar

§ Jesus prefere não quantificar, mas pede para que ele considere a própria condição e a imensidade do perdão que eles recebem

§ E insiste que a compaixão, a acolhida e o perdão recebidos de forma incondicional tem consequências na vida do discípulo/a

§ O perdão aos outros é sempre menor que o perdão de Deus, mas exige obediência e imitação à ordem do “soberano”

§ O que a Palavra O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

§ Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

§ Leia atentamente a descrição desse episódio, especialmente a parábola com a qual Jesus ilustra seu ensino aos discípulos/as

§ Em que exatamente a atitude permanente e fundamental de Deus Pai se assemelha ao comportamento do rei?

§ Por que nos custa tanto perdoar os outros/as? Será que nos falta consciência da enormidade dos débitos que nos são perdoados?

§ Quem são as pessoas a quem você deve pedir perdão, e quem são aquelas a quem você deve perdoar hoje?

§ Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

§ Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

§ Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

§ Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

§ Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

§ Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

§ Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

§ Reze repetindo: “Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido!”

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

§ Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

§ Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

§ Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

§ Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

§ Como ajudar nossas famílias e comunidades a viver o dinamismo do perdão e da reconciliação de modo confiante e permanente?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

§ Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

§ Recite a invocação: “Jesus, que mandas dar alimento a quem tem fome, fazei-nos compassivos com eles, em teu nome!”

§ Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

§ Medite e reze com a canção Paz na terra (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=lAgmswgz0VU)

§ Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

§ Feche a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração

 

Anotações sobre Mateus 18,21-35

Na meditação de ontem aprendemos que Deus não está sujeito aos interesses e expectativas de pequenos grupos, pois sua lógica é diferente: ele prioriza as pessoas e grupos sociais mais necessitados, que não contam e não valem aos olhos de quem controla o poder, aqueles/as que são “diferentes” e, por isso, menosprezados/as. Cabe-nos fazer nossa essa compaixão sem fronteiras que Deus nos revela em Jesus.

Hoje, este ensino inserido na quarta “cartilha de formação dos/as discípulos/as”, Jesus sublinha a necessidade do perdão recíproco. Depois de ter falado sobre a “pedagogia evangélica” para corrigir quem vive fora dos parâmetros do Reino de Deus, Jesus é interrogado por Pedro, em nome dos discípulos, e responde com uma parábola e uma declaração muito incisiva.

A atitude do rei é sempre problemática, e ele não representa propriamente a ação de Deus, a não ser em um único aspecto, que veremos mais tarde. O rei da parábola é igualzinho aos demais, que age oprimindo os mais fracos. A compaixão e o perdão concedidos ao escravo endividado “até o pescoço” não é incondicional nem definitivo, tanto que foi logo revogado, e o escravo foi torturado impiedosamente. Nossa atenção deve focar a atitude do escravo.

Este, tendo sido perdoado e reestabelecido em sua dignidade e liberdade, mostra-se incapaz de fazer o mesmo com seu companheiro, cuja dívida é infinitamente menor, age com crueldade inesperada e acaba provocando a violência do rei, que estava momentaneamente esquecida. Esta atitude do escravo perdoado, que mostra mais autoridade e crueldade que o próprio rei, acaba desvelando a “fraqueza” do rei, e é isso que o irrita e faz voltar atrás.

É apenas nisso – na intolerância com a falta de reconciliação com os iguais – que Deus se assemelha ao rei. Deus é pai, sua compaixão é eterna e seu perdão é irrevogável, mas “perde a estribeira” quando seus filhos e filhas se mostram incapazes de compaixão e perdão. Seu amor incondicional por nós tem consequências! Numa situação de relações frágeis, o perdão é absolutamente indispensável.

 (Itacir Brassiani msf)

 

“Dai-lhes vós mesmos de comer!”

“A progressiva crise econômica, a pandemia e o desmonte das políticas públicas, que poderia amenizar o impacto das duas primeiras, explicam o recrudescimento da insegurança alimentar e da fome entre o final do ano 2020 e o início de 2022. A piora da insegurança alimentar é a repercussão das desigualdades sociais que resultam de processos econômicos e políticos, com destruição de instituições e políticas públicas desde 2016” (Bispos do Brasil, Texto-base da Campanha da Fraternidade 2023, § 42.

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

www.msfamericalatina.org | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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