Ano A Roteiro de Leitura Orante
do Evangelho Nº 1045
Dia 02/03/2023
| 1ª Semana da Quaresma | Quinta-feira
Evangelho
segundo Mateus (7,7-12)
(1) Coloque-se em atitude de oração
§ Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
§ Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
§ Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
§ Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
§ Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
§ Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
§ Prepare-se
cantando: “Louvor e glória a ti, Senhor!” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=zWobJxhD_iI)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
§ Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 7,7-12
§ Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
§ Depois de propor a
verdadeira felicidade (as bem-aventuranças), de pedir uma justiça superior à
dos fariseus, de pedir uma atitude como a do Pai e de ensinar como partilhar,
rezar e jejuar corretamente, Jesus pede aos seus discípulos que confiança no
Pai
§ Como as flores do campo
e os pássaros do céu são revestidos de beleza e alimentados amorosamente, o/a
discípulo/a precisa confiar no Bondade e na Providência de Deus
§ Confiando, o/a
discípulo/a do reino precisa buscar (bater) e pedir corretamente (venha o teu
Reino!), e sem desânimo
§ Sem essa absoluta
confiança no Pai, na sua Palavra e no seu Reino, o amor fica sem base e a
partilha não acontece
§ O
que a Palavra O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
§ Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
§ Leia atentamente,
palavra por palavra, este ensino de Jesus sobre a atitude de confiança na
oração e na missão
§ Você que teve a
sensação de que Deus fechou os ouvidos e as portas aos seus pedidos e
necessidades?
§ Aquilo que costumamos
pedir a Deus na oração é realmente aquilo que é indispensável para a realização
do Reino de Deus?
§ A imagem que fazemos de
Deus tem os traços e cores do amor e da compaixão, ou ainda tem resquícios de
onipotência e ameaça?
§ Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
§ Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
§ Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
§ Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
§ Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
§ Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
§ Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
§ Reze o breve Salmo 13,
oração de uma pessoa serena e confiante, que estimula nossa confiança naquele
que nos ama
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
§ Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
§ Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
§ Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
§ Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
§ O que precisamos mudar
ou melhorar para nossa relação com Deus e com os irmãos seja pautada pela
confiança?
(6) Retorne à vida cotidiana
§ Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
§ Recite
a invocação: “Jesus, que mandas dar alimento a quem tem fome, fazei-nos compassivos
com eles, em teu nome!”
§ Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
§ Ouça e cante “Dai-nos hoje o nosso pão de cada
dia” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=BPfS61CdaHY)
§ Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
§ Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Anotações sobre Mateus 7,7-12
Ontem meditamos
sobre o texto que nos ensina que Jesus, no dom generoso de si numa vida e numa
morte absolutamente solidárias, tornou-se o sinal mais eloquente do amor de
Deus pelas suas criaturas. Nele, com ele e por ele recebemos tudo, e não nos é
tirado nada. Com a vida e a palavra, ele nos ensina que, da confiança na
bondade do Pai, brota a liberdade para se dedicar ao Reino.
É sobre a bondade
do Pai e a necessidade de confiar plenamente nele que Jesus nos fala no texto
de hoje. Ele já havia dito que trazia uma Boa Notícia de Deus: Deus não é
inimigo, cobrador, juiz e general, mas pai que acolhe, socorre e perdoa,
especialmente aqueles/as que se encontram em situação de maior vulnerabilidade
ou são discriminados e excluídos, como são as pessoas que passam fome.
Ele havia
ensinado a rezar ativando o desejo da vinda do Reino de Deus, e convidado a
olhar para a confiança e a liberdade que sustentam as aves dos céus e embelezam
os lírios do campo. E agora, ainda em pleno “Sermão da Montanha”, Jesus
sublinha de novo a atitude de confiança que se espera do/a discípulo/a, tanto
ao rezar como no desempenho da missão. Confiar, pedir, lutar e perseverar: isso
é o essencial; o resto vem depois, como acréscimo.
Jesus nos convida
a refletir sobre nossa experiência comum. Será que alguém, em sã consciência,
seria de dar uma pedra a quem nos pede um pão, ou cobra a quem nos pede carne?
Jamais, se ainda não abdicamos do nível mais raso da nossa cota de humanidade!
E Deus, que é Pai e é bom, seria indiferente às nossas necessidades, ou capaz
de sentir prazer em ver-nos em desespero? O segredo é pedir corretamente, como
Jesus ensinou no Pai-Nosso, e confiar.
Qual é o
fundamento da nossa relação com Deus? “A relação correta com Deus funda-se na
confiança absoluta. Sem ela, será impossível entregar-se nas mãos do Pai e se
deixar guiar por ele, como se espera dos/as discípulos/as do Reino. O/a
discípulo/a confiante está convencido/a da fidelidade do Pai, sempre pronto a
atender às súplicas que lhe são dirigidas. Só quem tem confiança absoluta vai
se comportar com docilidade” (Pe. Jaldemir Vitório SJ).
(Itacir Brassiani msf)
“Dai-lhes vós mesmos de comer!”
“Os discípulos foram
realistas e responderam: ‘Só temos aqui cinco pães e dois peixes’. Eles tinham
pouco, apenas o suficiente para eles. Era pouco, mas entregaram tudo o que
tinham. Jesus não se importa com a quantidade, e pede aos discípulos que
entreguem a ele com tudo o que têm. O
problema começa a ser solucionado quando Cristo pede que que os discípulos
coloquem à disposição tudo o que têm, apesar de ser pouco. É isso que Jesus espera das comunidades de
todos os tempos” (Bispos do Brasil,
Texto-base da Campanha da Fraternidade
2023, § 23).
Leitura Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus
encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
www.msfamericalatina.org | Passo Fundo/RS
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