quarta-feira, 1 de março de 2023

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 1045

Ano A Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 1045

Dia 02/03/2023 | 1ª Semana da Quaresma | Quinta-feira

Evangelho segundo Mateus (7,7-12)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

§ Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

§ Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

§ Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

§ Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos

§ Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

§ Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

§ Prepare-se cantando: Louvor e glória a ti, Senhor!” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=zWobJxhD_iI)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

§ Leia com toda a atenção o texto de Mateus 7,7-12

§ Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

§ Depois de propor a verdadeira felicidade (as bem-aventuranças), de pedir uma justiça superior à dos fariseus, de pedir uma atitude como a do Pai e de ensinar como partilhar, rezar e jejuar corretamente, Jesus pede aos seus discípulos que confiança no Pai

§ Como as flores do campo e os pássaros do céu são revestidos de beleza e alimentados amorosamente, o/a discípulo/a precisa confiar no Bondade e na Providência de Deus

§ Confiando, o/a discípulo/a do reino precisa buscar (bater) e pedir corretamente (venha o teu Reino!), e sem desânimo

§ Sem essa absoluta confiança no Pai, na sua Palavra e no seu Reino, o amor fica sem base e a partilha não acontece

§ O que a Palavra O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

§ Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

§ Leia atentamente, palavra por palavra, este ensino de Jesus sobre a atitude de confiança na oração e na missão

§ Você que teve a sensação de que Deus fechou os ouvidos e as portas aos seus pedidos e necessidades?

§ Aquilo que costumamos pedir a Deus na oração é realmente aquilo que é indispensável para a realização do Reino de Deus?

§ A imagem que fazemos de Deus tem os traços e cores do amor e da compaixão, ou ainda tem resquícios de onipotência e ameaça?

§ Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

§ Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

§ Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

§ Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

§ Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

§ Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

§ Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

§ Reze o breve Salmo 13, oração de uma pessoa serena e confiante, que estimula nossa confiança naquele que nos ama

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

§ Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

§ Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

§ Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

§ Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

§ O que precisamos mudar ou melhorar para nossa relação com Deus e com os irmãos seja pautada pela confiança?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

§ Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

§ Recite a invocação: “Jesus, que mandas dar alimento a quem tem fome, fazei-nos compassivos com eles, em teu nome!”

§ Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

§ Ouça e cante “Dai-nos hoje o nosso pão de cada dia” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=BPfS61CdaHY)

§ Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

§ Feche a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração

 

Anotações sobre Mateus 7,7-12

Ontem meditamos sobre o texto que nos ensina que Jesus, no dom generoso de si numa vida e numa morte absolutamente solidárias, tornou-se o sinal mais eloquente do amor de Deus pelas suas criaturas. Nele, com ele e por ele recebemos tudo, e não nos é tirado nada. Com a vida e a palavra, ele nos ensina que, da confiança na bondade do Pai, brota a liberdade para se dedicar ao Reino.

É sobre a bondade do Pai e a necessidade de confiar plenamente nele que Jesus nos fala no texto de hoje. Ele já havia dito que trazia uma Boa Notícia de Deus: Deus não é inimigo, cobrador, juiz e general, mas pai que acolhe, socorre e perdoa, especialmente aqueles/as que se encontram em situação de maior vulnerabilidade ou são discriminados e excluídos, como são as pessoas que passam fome.

Ele havia ensinado a rezar ativando o desejo da vinda do Reino de Deus, e convidado a olhar para a confiança e a liberdade que sustentam as aves dos céus e embelezam os lírios do campo. E agora, ainda em pleno “Sermão da Montanha”, Jesus sublinha de novo a atitude de confiança que se espera do/a discípulo/a, tanto ao rezar como no desempenho da missão. Confiar, pedir, lutar e perseverar: isso é o essencial; o resto vem depois, como acréscimo.

Jesus nos convida a refletir sobre nossa experiência comum. Será que alguém, em sã consciência, seria de dar uma pedra a quem nos pede um pão, ou cobra a quem nos pede carne? Jamais, se ainda não abdicamos do nível mais raso da nossa cota de humanidade! E Deus, que é Pai e é bom, seria indiferente às nossas necessidades, ou capaz de sentir prazer em ver-nos em desespero? O segredo é pedir corretamente, como Jesus ensinou no Pai-Nosso, e confiar.

Qual é o fundamento da nossa relação com Deus? “A relação correta com Deus funda-se na confiança absoluta. Sem ela, será impossível entregar-se nas mãos do Pai e se deixar guiar por ele, como se espera dos/as discípulos/as do Reino. O/a discípulo/a confiante está convencido/a da fidelidade do Pai, sempre pronto a atender às súplicas que lhe são dirigidas. Só quem tem confiança absoluta vai se comportar com docilidade” (Pe. Jaldemir Vitório SJ).

 (Itacir Brassiani msf)

 

“Dai-lhes vós mesmos de comer!”

“Os discípulos foram realistas e responderam: ‘Só temos aqui cinco pães e dois peixes’. Eles tinham pouco, apenas o suficiente para eles. Era pouco, mas entregaram tudo o que tinham. Jesus não se importa com a quantidade, e pede aos discípulos que entreguem a ele com tudo o que têm. O problema começa a ser solucionado quando Cristo pede que que os discípulos coloquem à disposição tudo o que têm, apesar de ser pouco. É isso que Jesus espera das comunidades de todos os tempos” (Bispos do Brasil, Texto-base da Campanha da Fraternidade 2023, § 23).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

www.msfamericalatina.org | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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