“A liberdade se corrompe no mesmo dia em que se torna
segurança, e no dia em que renunciamos a ela por amor à segurança caímos numa
escravidão incurável. No fundo, a liberdade é vivida exemplarmente somente nas úmidas
prisões, nas barricadas, nas salas clandestinas dos conspiradores. Nos
capitólios, a liberdade é posta na jaula e morre de tristeza.
Para ser livre é preciso dar-se conta de que a
liberdade é como aquela moça simpática em cuja janela cantaremos serestas
durante toda a vida: ela continuará a nos iludir não fechando a janela para nos
despedir, mas também nunca descerá à rua para se entregar ao nosso amor.”
(Arturo Paoli, La
pazienza del nulla, Milano: Chiaralettere, 2012, p. 84-85)
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