DOM ESTANISLAU AMADEU KREUTZ:
RETALHOS
DA BIOGRAFIA DE UM PASTOR
Natural de Santo Cristo, ESTANISLAU AMADEU KREUTZ,
filho de Jorge Kreutz e Catharina Gertrudes Puhl Kreutz, nasceu no dia 1º de
julho de 1928. Foi lhe dada a graça de viver 86 anos.
A família de Jorge e Catharina Kreutz era formada por
13 filhos. Pela graça de Deus surgiram 7 vocações religiosas franciscanas e duas
vocações sacerdotais, padres diocesanos: Estanislau e Ivo José.
Estanislau foi ordenado padre diocesano no dia 28 de novembro de
1954, em Santo Ângelo
(RS). Como padre, no ano de 1955, exerceu o
ministério de vigário paroquial em Tucunduva. De 1956 a 59 foi pároco de
Campina das Missões e de 1960
a 63, assumiu a reitoria do seminário diocesano de Cerro
Largo.
Nos anos de 1963 a 1967 dedicou-se aos estudos de pós-graduação
em Roma, estudando sociologia religiosa. Fez, também, o curso superior de
língua francesa no Instituto Católico de Paris e o doutorado em teologia
sistemática na Universidade de Santo Tomás, em Roma.
De 1968
a 69 desempenhou as funções de professor de teologia no
Seminário Maior de Viamão, RS, e em Porto Alegre , além de ser Assistente dos
Seminaristas da Diocese de Santo Ângelo. Nos anos de 1970 a 71 foi reitor e
professor no Seminário Pe. Adolfo Gallas, em Santo Cristo.
Em junho de 1972 foi nomeado bispo auxiliar de Santo
Ângelo, pelo Papa Paulo VI. Sua ordenação episcopal ocorreu no dia 17 de
setembro, na igreja matriz de Santo Cristo (RS), com o lema Alegres na
esperança (Rom 12,12).
Nomeado bispo diocesano de Santo Ângelo, em dezembro de 1973, pelo Papa Paulo
VI, assumiu o seu encargo, no dia 24 de fevereiro de 1974. Exerceu o ministério
episcopal na Diocese durante 31 anos. Seu pedido de renúncia da condição de
bispo titular da diocese foi aceito pelo Papa João Paulo II em junho de 2004; tornando-se,
então, bispo emérito na Diocese.
Nos
31 anos de exercício do ministério episcopal, Dom Estanislau, além de continuar
a dinâmica pastoral criada por Dom Aloísio, acompanhou zelosamente a caminhada
do povo de Deus e favoreceu o desenvolvimento de iniciativas pastorais
promissoras na Diocese Angelopolitana. Motivou a formação de novas comunidades.
Criou 10 novas paróquias, realizou vários roteiros de visitas pastorais às
paróquias e comunidades, ordenou 154 padres diocesanos e religiosos. Apoiou o
projeto Igrejas-Irmãs, incentivou os ministérios leigos, favoreceu a animação
vocacional, acompanhou com solicitude especial a formação presbiteral,
participou da criação do Instituto Missioneiro de Teologia, valorizou com
especial atenção a formação de lideranças pastorais. Entusiasmou a caminhada do
povo de Deus com sua presença de Pastor.
Entre os livros que escreveu merecem destaque: Três Santos Mártires das Missões, com 11
edições; Reduções Jesuítico-Guaranis,
com 3 edições.
A devoção aos Santos Mártires das Missões e o seu amor
à história missioneira é uma das preciosas heranças que Dom Estanislau nos
deixou.
ALGUMAS
MARCAS DE SUA PERSONALIDADE
Quando padre, já desde os primeiros anos de
ministério, ele se caracterizava como amigo do povo, alguém que se aproximava
com facilidade das pessoas e famílias. Foram se consolidando algumas marcas: a
alegria, o otimismo, o bom humor, a capacidade de contar histórias e estórias,
sua responsabilidade e dedicação nas missões que lhe eram confiadas!
Quando Bispo, conseguiu ser o bom pastor junto ao povo
de Deus da Diocese missioneira e missionária de Santo Ângelo, cuja história ele
tão bem conhecia, divulgava e amava profundamente. Muita gente deve ter
guardado algum relato sobre Dom Estanislau: sua bondade e generosidade, sua
gentileza em fazer visitas, sua invejável memória de lembrar o nome das pessoas
e dos acontecimentos, seu permanente exercício de ouvir, dialogar, propor,
decidir e assumir. Cabe destacar seu discernimento profético em 1988, em
situação sócio-política delicada, cedendo espaço da área do santuário de Caaró
para acampamento do MST.
Quando Bispo Emérito, a partir de agosto de 2004,
continuou sendo essa presença de fiel servidor do Reino. O testemunho de alguém
que perseverou nesse jeito de ser muito humano, de equilibrar coração e razão,
de vivência alegre de um fiel discípulo missionário. Durante o longo período de
sua enfermidade, no altar de sua cama, foi profundamente “paciente na tribulação”. Seu lema episcopal só poderia ser mesmo: alegres na esperança!
Cremos que a preciosa semente que ele espalhou
enquanto viveu frutificará abundantemente. Como diz a Escritura: seu corpo será
sepultado em paz e o seu nome viverá através das gerações. Proclamemos a
sabedoria e a bondade que ele recebeu de Deus, e celebremos juntos o louvor por sua
vida.
Histórico da vida de Dom
Estanislau proclamado na concelebração exequial,
organizado por Ir. M.
Rogéria Cadó FDC,
a partir de diversos
testemunhos
07 de julho de 2014
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